Literatura de Cordel
Luisa
Quando vi Luisa nascer
A criança sabia que a pequena
Infante, princesa ia ser
Nasceu sob o luar de uma família de poetas, de cabelos escorridos
Como escorrem palavras pelo nosso caderno de emoção;
Olhinhos amendoados, sofisticados,
De quem nasceu para reinar absoluta nas graças dos versos
De uma menina solta, doce,
Que virou mulher forte,
Com sorriso de boneca,
Mas voz e olhares de sedução
Onde meu suspiro e o sentimento
Do mundo balançam
Por essa menina que nasceu para
Ser da lua, com a alma do sol,
Onde a discrição se desnuda
Para cobri-la com cifras e acordes
Que deixam tão poetinha
Até o mais duro coração.
(Aniversário de Luisa Ramos Martins [Drummond], em noite escorpiana de músicas e encontros)
E de minha janela eu assisti tudo,
o brilho nascia junto com o Sol
e o sino indicava o rumo desse caminho;
vivendo de escolhas e acertos;
Estávamos escrevendo essas linhas, preenchendo-as de histórias;
Você me trouxe de volta a esse contexto;
Como um suave assoprar em minhas feridas;
Sonhando com um ser constante;
Eu juro, apenas feche os olhos;
E como um gigantesco ciclo isso sempre acontecerá;
Como ideias vazias tentando preencher um infinito branco
e todas as apagadas palavras recitadas no auge momento entre nós
O fortalecimento do novo acordo internacional para a difusão da língua portuguesa no século XXI, só dará um passo largo e efetivo quando for implementado um Festival Internacional da Canção da Língua Portuguesa entre todos os países signatários.A música tem está qualidade e capacidade de diminuir as enormes diferenças linguísticas e literárias por meio dos sons, ritmos, instrumentos e movimentos corporais.
Transtorno de domingo
Aos olhos de todos - as vísceras - completamente expostas. Expostas feito quadros, feito instalações contemporâneas nas ruas da periferia. Sacadas ao meio dia na frente de todos, na porta da padaria. E o corpo, sem identidade ou cor revirado às avessas, a revelia de sua vontade. Caído de ponta a cabeça na sarjeta, após tamanha tormenta.
De repente, um grande alvoroço! As sirenes do carro de resgate interrompem o silêncio local - chegam primeiro que a polícia - essa chega instantes depois com todo seu aparato.Mas já é tarde demais!
Todos observam calados, incrédulos com o ocorrido. Ninguém fala nada, ninguém vai embora. E como se ainda esperassem acontecer algo permanecem no local, velando o corpo. O sangue encarnado que escorre do corpo já roxo, segue pela guia da calçada em linha reta, na direção do esgoto.
Já se passam das sete da noite e o corpo permanece ali, no mesmo lugar! Só que agora coberto com uma manta de papelão improvisada, feita de caixas de óleo de soja, doadas pelo dono da padaria. Ninguém parece ter pressa de tirá-lo daquele lugar. Só o dono da padaria se preocupa com o corpo, pois já é hora de baixar as portas, de fechar o comércio e acabar com todo aquele grande transtorno de domingo.
Quando as palavras são benditas, elas são como fontes de água viva regando os sonhos que estão plantados em terras secas.
É tão incrível a sensação de um texto escrito, quando as palavras lhe chegaram aos ouvidos narradas pela voz do coração.
Quando os sentimentos se distanciam, a saída é mudar a direção e prosseguir na caminhada, porque se existem as flores, elas não possuem perfumes e as cores são invenções do inconsciente.
Existe um lugar onde palavras não tem importância nenhuma. É quando elas vão embora e ninguém olha. Aí as palavras ressentidas voltam e ficam.
Tenho medo das pessoas que temem a volta de Cristo: o que será que elas têm de tão terrível dentro do coração para temer Sua volta?
O meu pai só pensava em livros (livros e mais livros!), mas a vida não era da mesma opinião, a vida dele pensava noutras coisas, andava distraída, e ele teve de se empregar. A vida, muitas vezes, não tem consideração nenhuma por aquilo que gostamos.
O sonho é o impulsionador de nossa vida. Por ele conseguimos força para lutar! Quando paramos de sonhar, deixamos de viver.
Quando alguém especial entra em nossa vida traz muita alegria, mas quando parte sem dizer o motivo é como se levasse um pedaço de nós.
Se você não acredita em sonhos, guarde sua incredulidade para você e não compartilhe do seu pessimismo. Quem tem FÉ não só acredita, mas já visualiza acontecer.