Literatura de Cordel
Eu te deixo ir,
te deixo bater
as suas asas de cobre
mundo afora, vastidão.
Te deixo levar parte
do que restou
desse coração
velho e fatigado.
Eu te amarei à distância,
sofrerei
por discrepância,
mas tudo certo.
Aprendi
a manter o riso ereto.
Aprendi a silenciar o coração,
essa pedra que escondo
a sete chaves.
"Vai"
Por: Roney Rodrigues
Queria ser como as flores que crescem perto da rodovia. Elas suportam todo o lixo jogado pelos motoristas, todo o veneno espalhado pelos escapamentos, todo o barulho da ira humana. Elas resistem e crescem coloridas e imponentes. Enfim, uma bela qualidade: suportar o caos à sua volta.
"Resiliência"
Por: Roney Rodrigues
De boas ideias a boas intenções, infindáveis críticas e utopias são erguidas e sobrepostas por incrustações de outros devaneios.
(Do texto: A insensatez Adquirida)
Às vezes temos que parar, respirar fundo, colocar um sorriso no rosto e voltar a andar... Mesmo que seja em uma direção diferente.
Quando os pensamentos invadem a minha mente, a realidade vira ficção e a imaginação alimenta o desejo para que o sonho torne-se real.
Quando as atitudes dizem não, mas os olhos revelam o que sente o coração, não adianta desviar o olhar.
Poderia o mundo viver sem poesia? É possível, mas haveria apenas tristeza, como estivesse a ver um palhaço que nunca ri.
Transmutar as “maiores dores” alheias em conto, é homenagear quem as sofre. Só os chatos se incomodam de ter suas histórias roubadas pela literatura.
Escrever leva tempo. Além do tempo da escrita propriamente dita, há também o tempo de ociosidade, necessário para se compor uma pré-escrita mental, antes de vir bater as teclas.
Thales, não o de Mileto, mas o amigo de Oswald, também de Andrade.
Homem de letras e muita representatividade.
Quem gosta de Lobato, do sítio, Emília e sua festa deve já saber que antes teve "A filha da floresta".