Literatura de Cordel
Fomos todos dotados de três grandes pilares:
*A inteligência que nos permite pensar, construir ideias, projetos, cálculos sejam eles embasados em razão ou sonhos.
*A força motora que nos impulsiona ao mais, ao grande, ao crescer, mover, seguir.
*E o amor que de todo é o mais simples, subjetivo e invisível e que veio para provar a força do frágil, o estupendo do inexplicável e por fim, colocarmo-nos no devido lugar e inegável condição de que, nada SOMOS!
O fato de estarmos vivos nos coloca, a todos, em situação de insatisfação. É esse quase de tudo, esse pouco de nada, essas certezas volúveis e essas ideias perturbadoras que nos mantém enérgicos em movimento, nessa busca constante do que não se sabe bem o que.
Nem sempre um sorriso é permitido, tão pouco as lagrimas de todo é proibido.
Existem dias que valem uma vida de descoberta, já noutros basta sobreviver.
E de pouco em tudo, de nada em restos, do medo em grandeza se fazem historias que, sabidas em contar se tornam memoráveis àqueles que apenas ouvem.
E a vida se completa entre Josés e Marias que negam para si o obvio que ignoramos.
A verdade não pertence ao homem, não há verdade onde habita tanta estupidez. Quem não conhece a si não sabe de ninguém.
Um brinde aos nossos sonhos. As nossas sandices que nos diferencia uns dos outros. As nossas crises existenciais e todo e qualquer brilho, raio de luz, foguete, energia, raio, choque, faísca que nos impulsiona a sermos LUZ!
O amor é assim, nos faz reconhecer a quem pertencemos.
Permite-nos adentrar lugares e sem que percebamos deixamos do lado de fora todos os outros espaços do mundo, por identificarmos para o que, de fato, fomos feitos.
Diante do ex-amante proponho um batuque, um samba, uma pausa na coreografia. tomo mais um gole do perigo que eu mesmo interpretei.
Você criou asas enquanto eu despencava do meu próprio andar de um metro & oitenta, então resolvi escrever um livro sobre a pós-modernidade que oprime, deprime & que não manda flores no dia seguinte.
Geralmente pessoas que ficam muito conhecidas por seus feitos literários ou filosóficos, interprete como quiser, tiveram uma vida difícil. Difícil, eu digo, não foram felizes no amor.
AS LÁGRIMAS DA ALMA
Ontem despertei de madrugada
Com as lágrimas caindo dentro de mim
Era a minh’alma que em meu corpo chorava calada
Porque meu Deus eu tenho de sofrer tanto assim?
Quando eu despertei perplexo e sem saber de nada
Com uma tristeza maciça e sem fim
Senti a minha alma vazia e abandonada
Debruçando-se numa mesa de marfim
Ás vezes saio a esmo contemplando o vago
E deparo-me contigo tentando acender as chamas que apago
Sem razões para sorri peço socorro imploro...
Pois as tristes lágrimas que choro
Continuam perturbando a minha calma
Continuam inundando a minha alma.
Livros são investimentos, são companheiros, são tantas coisas que não dá para resumir em poucas palavras. São mais do que simples produtos.
Em geral, eu acho que você deve escrever biografias sobre aqueles que admira e respeita, e romances sobre seres humanos que você acha que estão redondamente enganados.
Daqui, dessa trincheira – é assim que gosto de chamar o meu local de trabalho, com suas camadas e camadas de livros e papéis, formando um recife à minha volta – daqui, como Hades, planejo tudo sozinha. Não há outros sócios ou parcerias possíveis. Sou o vórtice que leva os personagens ao seu destino. Sou responsável por cada gesto e cada fala.