Literatura de Cordel

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⁠Do lado de lá, a França, o continente. Deste lado, a grande ilha, o Reino Unido. No meio, neste oceano, tantos medos, tantas esperanças, tantos sonhos. Que nenhum naufrague. Que cheguem todos à terra tranquila e nela façam morada, criando raízes profundas como uma árvore que só quer deixar bons frutos em jardins que contém nossas histórias futuras.

⁠“Nunca gostei de Senhor dos Anéis e similares, nem dos livros de Tolkien. Temáticas fantasiosas são alegorias sem conteúdo. Sendo assim, confesso: prefiro enredo de escola de samba.”

⁠"Tanta beleza em meio a tanta falta de interesse."

⁠Livros: o melhor antídoto contra o gás metano do tédio e do vazio.

É preciso ter forças para seguir em frente
quando o chão desaparece debaixo dos pés.
É preciso ter coragem para encarar o sol da manhã
quando a noite ainda mantém seu peito no breu.
É preciso ter coração para lutar pelos seus sonhos
quando todos dizem que você nunca vai conseguir.
É preciso ter fibra para reconhecer os erros e desvios de rota
quando todos te apontam o dedo julgador.
É preciso ter pulso para se perdoar e
assumir que nem todas as escolhas foram acertadas.

É preciso
mesmo que não baste.

A liberdade é ... o direito de escrever as palavras erradas.

Minha arte é como um jardim, onde qualquer pessoa pode passar e pegar uma flor, pode dar para alguém, pode receber de alguém. Por enquanto é assim que tem sido, o jardim está crescendo, e ficando cada vez mais perfumado.

Toda leitura é válida, o que é inválido é você não ler sendo alfabetizado.

Somos apenas uma raiz da cultura

Abri portas há tempos trancadas. Deixei que o peito apertasse e as palavras me fugissem da boca. Derrubei muralhas concretas e flui como água de rio corrente. Baixei a guarda, corri o risco e, antes da batalha começar, perdi. Não há como lutar. O inimigo tem armas maiores, melhores, longínquas... Deixei-me sangrar sem revidar. Um escudo me protegeria. De quem se o inimigo mora em mim? O gostar é assim... vulnerável.

Sinto o que não sentia
Quero o que não queria
Penso no que não podia
Desejo o que não devia

Eu sei

Uma noite. Uma única noite. Será que foi só isso? Talvez para você tenha sido, mas para mim não. Ah... pra mim significou muito mais. Aquela taça de vinho, aquela lua cheia (de vida), aquele olhar que sorria, as palavras que voavam... detalhes assim não saem da minha retina. Ficam cravados.
Eu ainda posso sentir o cheiro, a mão na nuca, sua boca na minha, o gosto de álcool e de desejo. Ainda posso sentir o coração pulsando acelerado, os pelos arrepiados e a cabeça perdida em pensamentos. Eu ainda posso sentir você aqui porque a intensidade de uma noite dura muito mais que doze horas. Foram toques que dançaram ao som de sussurros, beijos que gritaram em liberdade, sorrisos genuínos. Ainda que breve, foi real. E não posso acreditar que tenha sido unilateral. Seus olhos me contaram, seu corpo comprovou, as palavras não mentiram e um sorriso se abriu. Confessa, vai, você também sentiu.
Foi um espetáculo. Não, talvez só um ensaio, mas no palco da sorte. Não gosto de falar em sorte, mas não sou capaz de dizer o que aconteceu ali. Sorte, azar, acaso, destino, loucura... É foi uma loucura, mas não foi só uma noite. E ainda que não se repita, não foi só uma noite. Não foi.

Fantasia é poder surtar, rir, chorar, gritar escrevendo.

O silêncio precisa estar dentro da sua mente, não ao redor.

Existem histórias que acontecem. Histórias que são escritas. Histórias que merecem ser ouvidas. Histórias que devem ser conhecidas. E histórias que tem que ser vividas. E cada um de nós deve descobrir em que categoria sua história se encaixa.

⁠"Vamos mudar o mundo através das palavras!!"

No embrião de todos os romances, bule uma inconformidade, late um desejo.

Eu sempre consigo, facilmente, me colocar no lugar dos outros, por assim dizer, e ver o mundo através do olhar deles.

Eu quero escrever o romance do nada. Eu quero mostrar a mais secreta das suspeitas humanas: a de sua própria inutilidade.

Escreve-se para não ser solitário e por amor aos outros; se você não tiver essa solidariedade, é bobagem escrever.