Literatura de Cordel
Uma pergunta que me fez: o que mais me importava – se a maternidade ou a literatura. O modo imediato de saber a resposta foi eu me perguntar: se tivesse que escolher uma delas, que escolheria? A resposta era simples: eu desistiria da literatura. Nem tem dúvida que como mãe sou mais importante do que como escritora.
A Bíblia e é um arremedo de literatura. Uma bosta com merdas escritas e mal traduzida, feitas por imbecis e idiotas de eras passadas, apreciadas pelos de uma era contemporânea.
Isso só prova que a Ignorância é maior força da humanidade, e chama-se burrice. É ela que transcende ao tempo, e atemporal, sobrevive a todos eles também.
FACULDADE
Minha faculdade é a rua!
Formei-me em Letras,
História e Geografia.
Fiz letra de samba,
Letra de rap,
Letra de forma,
Letra de mão,
Letra de pixo,
Letra de grafite.
Fiz histórias nas ruas!
Contei histórias da vida,
Histórias de manos e minas,
Histórias do cotidiano…
Histórias de miliano,
Histórias verídicas.
Andei pelos guetos, becos,
Observei os terrenos baldios,
Construí poemas de madeira,
Barracos de papel.
Observei os arranhas céus
Os córregos poluídos.
Minha faculdade é a rua!
Formei-me em Letras,
História e Geografia.
Máquina
Às vezes a vida parece
Uma espécie de máquina agressiva
Uma máquina livre
Feito um pássaro
Cria asas, voa alto.
Perde-se
Deixando mágoas
Em formas de cachoeiras:
Bate e rebate
Nos seixos
Desmancham-nos,
Aos poucos diminuem,
Os torna um ser pequeno
E aos poucos se sentem pisoteados.
Porém, não bem somos
Uma máquina
Mas somos um ser
Capaz de se aperfeiçoar.
Nó de Forró
Sou de Caruaru
mas não sei dançar forró
sei que é dois pra la dois pra ca
mas se eu faço isso as perna da nó
e ainda dou uns písão no pé
que é pra coisa ficar pior
mesmo sem saber dançar
eu ainda me atrevo
me agarro com uma nega xerosa
no seu gangote logo me perco
se num for xerosa eu tambem danço
que é pra depois eu num sair com nome feio
Ja tentaram me ensinar a dançar
mesmo assim não aprendi
ja vi aula até no youtube
mesmo assim num consegui
como é que pode eu não dançar o forró
se na terra dele eu nasci ?
Mesmo quando a lei dos homens
Perde o rumo, perde o tino,
Há leis que foram criadas
Por um decreto divino
E crimes que são julgados
No Tribunal do Destino.
A palavra mãe veio do latim mater
Mas a sua essência veio do amor
É a criatura mais sublime e primorosa
Que o nosso bom DEUS nos enviou
A maravilha mais bem maravilhosa
A guerreira mais valente e corajosa
Quão inestimável é o seu valor.
Já cantou pra a gente dormir
Sinônimo de amor ela faz jus
Tantas noites passou acordada
Fazendo carinho cheia de luz
Seu colo pronto para acalentar
Não importa qual seja o lugar
Sempre com fé em nosso Jesus
Seja qual for a estação
Todo dia é seu dia de fada
Nós te amamos por tudo
A senhora nos ama por nada
DEUS lhe conceda muitos anos
Morada forte cheia de planos
Estrela perfeita, alma iluminada
Mãe é bem mais que progenitora
Tem a bela função da maternidade
Quer o melhor para os seus filhos
Enfrenta lutas e toda necessidade
É leoa das eternas crianças
Que dela herdaram semelhanças
E aprenderam a ter: dignidade.
O Grito de Piripá
Quero aqui em alguns versos
Fazer também meu protesto
De uma causa
Que precisa de amplidão
Não preciso subir em palanque
Nem fazer xingamento
Só vou trocar algumas rimas
Sem nenhuma enrolação
Já faz algum tempo
Que o meu povo padece
Com sede carece
De justiça e sofreguidão
As promessas são feitas
Por políticos indigestos
Que não conhecem, nem vivem
A realidade da minha região
Entra ano e sai ano
Sempre a mesma ladainha
A gente não aguenta mais
Até parece picuinha...
A seca virou indústria
Onde muita gente enriqueceu
Principalmente os defensores
Que a gente mesmo elegeu...
Só quem vive aqui
Conhece o meu dilema
Prometi não estender muito
O assunto desse poema
Então vamos direto ao ponto
Para o senhor compreender
Precisamos de sua ajuda
Para um assunto enobrecer...
Devido a grande seca
Que nesse ano foi de lascar
A barragem de Canabrava
A fonte que nos sustentava
Infelizmente veio a secar
E a única solução
Foi trazer água de caminhão
De outro município para cá
Veja só o que veio a suceder
Devido ao mal planejamento
De uma empresa mercenária
Que só visa faturamento
A água mal dava pra beber...
E pra piorar a situação
A única que dava era salobra
Com risco de desidratação...
Essa notícia foi muito propagada
Tanto que até na TV saiu
A tal empresa pra não ficar queimada
Olha só o que decidiu:
“Vou fazer uma adutora e trazer
Água do Champrão pra cá”
Como se essa situação
Fosse adiantar...
Mas o povo percebeu
Que não tinha cabimento
Política de meia boca
Só aumenta sofrimento
E o povo de Condeúba
Entrou nessa jogada
Fez até protesto
Pra impedir essa palhaçada...
Mas o nosso caso
Ninguém pensa em resolver
A falta d’água ainda é um problema
Mesmo que se por aqui chover...
Eu grito cada vez mais forte
Precisamos de solução
Piripá ainda tem sede
De água e transformação!
Ao invés de uma adutora
Queremos nossa barragem...
Precisamos de políticas sérias
Não de trairagem...
Não queremos essa adutora
Nem encrenca com vizinhos
Queremos mesmo a prometida
Barragem dos Morrinhos...
Pra que maquiar o Brasil
Só pra inglês ver
Se verdadeiros problemas
Precisam se resolver?
A seca não é uma indústria
A miséria não é um produto
Nós sabemos senhores políticos
Que em galho podre não dá fruto...
Mas nem tudo está perdido
Os tempos estão mudados
Meu povo está mais sabido
Que se cuidem os deputados!
Tem muita gente boa
Procurando solução
Falo de ti, amigo Pena
Um excelente cidadão!
E vou ficando por aqui
Porque já dei o meu recado
Além do mais, prometi
Não alongar o comunicado...
Para quem não me conhece
Eu convido a me visitar
Mesmo com problemas
Tenho coisas boas a ofertar...
Obrigado meu poeta
Pelas rimas que emprestou
Numa oitava de cordel
Para dizer quem eu sou
Se você não adivinhou
Vou aqui me revelar
Brasileiro, sertanejo
Prazer, sou Piripá.
ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO
Muito obrigada, meu Deus,
Por mais um ano de vida
Pela família e os amigos,
Que me fazem sentir querida.
Pelo vosso imenso amor,
Onde está minha guarida!
Tenho tanto a agradecer
Por tudo que eu já passei
Por tantos altos e baixos
E as lutas que eu travei,
Que muito valeram a pena
Pois vitórias eu conquistei!
Derrotas, não vou citar,
Pois estas não existiram
Nalguns deveres, falhei,
E as dores me perseguiram,
Mas a minha fé e coragem
Em mim, fiéis persistiram!
Não sei por mais quanto tempo
Neste mundo irei viver
Se for pouco ou se for muito,
Vou louvar e agradecer
A este Deus maravilhoso,
Que me permitiu renascer
Este mundo é uma escola;
Nossa vida, um aprendizado.
Tudo fica bem mais fácil
Com o Senhor ao nosso lado
Dobram as chances de vencer
Caem, as de ser reprovado.
Te quero pertinho, Senhor,
Porque eu sou tua fã
Me ensinando a melhorar
Pra que eu me sinta sã
E que um dia venha a ser
Uma boa alma cristã!
Quando vou a um baião
e escuto dois cantadores
em gemedeiras, louvores,
falando sobre o sertão
de Mãe Preta e Pai João,
na minha mente solfejo
as notas que só eu vejo
na minha longa jornada
e a saudade faz morada
no peito do sertanejo.
A ESTRADA DA VERGONHA
Num ponto sujo do mapa
Em pleno século vinte e um
Há uma estrada abandonada
Que não tem sentido algum
É um trecho importante
Que liga Condeúba a Caculé
Virou o símbolo do retrocesso
Acredite quem quiser
Se você tem automóvel
Melhor nem passar por lá
É tanta buraqueira
Que seu carro vai enguiçar
O pior é que no mapa
Essa estrada é asfaltada
Agora de concreto mesmo
A gente nunca viu nada...
A verdade, meu amigo
É que nós fomos enganados
Votando em político corrupto
Que nunca foi do nosso lado
Só aparece por aqui
Em época de eleição
Faz um monte de promessa
E desaparece desde então...
Temos que nos unir
Para acabar com essa situação
Político que nada faz por aqui
Não merece votação
Vamos exigir nosso direito
Correr atrás do prejuízo
Essa estrada, por exemplo,
É um projeto que eu valorizo
Devido à importância
Que a mesma tem na região
Imagine os benefícios
Se for feita a pavimentação...
O comércio melhoraria
As rodovias se interligariam
Quanta gente não se beneficiaria
Pelo progresso que viria?
Seria um salto pro futuro
Em direção ao desenvolvimento
Uma grande recompensa
A essa região sem investimento
Imagine como ficaria
Ir á Caculé, Caetité
Condeúba, Guanambi
Vitória da Conquista, Jacaraci...
Tudo ali...
Bem pertinho da gente
Com estrada asfaltada
Para seguir sempre em frente...
Imagine o pessoal de Itumirim,
Guajerú, Jânio Quadros...
Pense no que isso representaria
A esse povo necessitado...
Seria uma obra
Importante na região
Muita gente se beneficiaria
Sobretudo a nossa população
Portanto, se algum político
Vier lhe torrar a paciência
Mostre que tem consciência
E sabe bem o que quer
Se for político de verdade
Vai discutir com humildade
Sobre a estrada da vergonha
De Condeúba a Caculé...
Só depois desse trajeto
Que ele vai lhe entender
É o caminho que ele precisa
Para chegar até você...
MEU INTERIOR
Eu banhava de cuia
E sabão d`cuada
O barro do riacho
Encardido ficava
Desnuda na praia
Só passava a boiada
Eu tibungava nos açudes
Saia da água renovada
Chovia em mim chuva de versos
Minha alma saia lavada
Nas ribanceiras caçava ingá
Manducava todo o jatobá
Depois eu pegava caminho
No atalho do carreirinho
Apreciava o casulo
E o ninho do passarinho
Atravessava a cerca de arame farpado
Pra catar canapum do mato
Quando eu chegava à casa de vó
Era hora do arroz pinicado
Parecia infindo o caminho do riacho
Era hora de acender as candeias.
Como eu vivia um lado avesso
Tudo em mim já estava aceso!
CHEGA LOGO SÃO JOÃO!
Ta chegando a melhor época
Chega acelera meu coração
O Nordeste fica em festa
Quando começa o São João
Tem forró, tem pé de serra
Xaxado, xote e baião.
A concertina arrebenta
Nós arrasta o pé no chão
Faz levantar a poeira
Até cobrir todo o salão
É farra, festa e folia
Clamo com toda alegria
CHEGA LOGO SÃO JOÃO!
Vamos acender fogueira
Comer milho assado na brasa
Pamonha, abóbora, macaxeira
Com uma boa cachaça
Depois dançar com a quadrilha
Fazer festa todo dia
Embelezando a Praça.
Nesses dias de São João
São Pedro e Santo Antônio
Quem não marcou matrimônio
Ainda tá bem arranjado
Pode ir pra festa solteiro
Ou cuidar nos presenteiro
De dia dos namorados.
O São João da Paraíba
É o melhor do Brasil
Mas me causa um arrepio
O São João de Alagoas
O da terra das canoas
E também o do Ceará
Do RN potiguar
Do Pernambuco e Bahia
No Piaui tem alegria
Então vamos forrozar.
Chega logo meu São João
Te espero desde a virada
A turma ta toda animada
Te aguardando com alegria
Chega logo mês da folia
Pra acalmar meu coração
Pra nós pular na fogueira
Atirar faca no tronco da bananeira
E VIVA MEU SÃO JOÃO.
BURACO NEGRO
No horizonte de eventos
nem a luz vai escapar,
centro, Sagittarius A,
bem massivo e violento,
distorção do espaço-tempo,
não há relatividade,
tudo é singularidade!
No cosmos, buraco negro
guarda mistério e segredo,
uma outra realidade!
SEXTA-FEIRA 13
Sexta, treze, que tensão!
Será data de má sorte?
Vai lhe causar dor ou morte?
Histórias de maldição:
Crendices, superstição?
Passar sob a escada...
Quebrar espelho é furada?
Gato preto, nem pensar...
Passa longe, seu azar!
Jason não vai dar facada.
O encontro do menino apaixonado com dona morte
Caros colegas de classe
Não sou do sertão nascida
Por isso peço licença aos mestres
Para falar da cultura escolhida
Vou lhes contar sobre uma arte
Que também imita a vida
Essa arte com o tempo
Vem sofrendo mudanças
O cordel da nossa lembrança
Já está nos livros e no computador
E até nas universidades,
Na mesa do professor doutor!
Mas muita gente ainda canta
Muita gente ainda gosta de pendurar
Suas histórias em um varal
Pra o povo poder comprar
E quem duvida pode ir buscar
Na terra de painho que vai encontrar
Em toda minha pesquisa
Pra fazer essa lição, surgiu uma questão
Se o sapo pula não é por boniteza
E sim por precisão
E se o povo ainda canta
É porque não se cala o coração
Se num mundo com tanta tristeza
O sapo continua a pular, tenho algo a declarar
Como diria um grande mestre
Que também é grande artista
Se não acreditássemos num futuro melhor
Ninguém iria ao dentista.
E foi pensando nisso que eu decidi contar
A história de um menino
Que botou dona morte pra correr
Lhe contanto das maravilhas
Que a vida pode ter
Magro, franzinho, briguento e calado
De cara fechada, sozinho e invocado
Vivia no sertão e morava na estrada
Brincava de bola com os meninos da vila
E quando se machucava fingia que não doía.
O menino era forte, corria em disparada
Se a bola ia descendo os barrancos da chapada
Era um menino sozinho, o menino do agreste
Que conhecia todos os passarinhos
Que cantavam nesse nordeste
Ele se exibia dizendo:
Quiriri, Sabiá azulão e maguari
Jaçanã, Tuim, Beija flor e Saí
Bico-chato-de-orelha-preta
Biguá e bem-te-vi
Talhamar , Xexéu, Sacua, Siriri
Pica-pau , Mão da lua, Savacu e Sanhaçu
.
Tinha boa memoria, gostava de lembrar
O nome das belezas da natureza do seu lugar
Ele mesmo não tinha nome
E por ser magro e nanico,
Chamaram o menino
De zézinho tico-tico
Não tinha outro nome
Então ficou assim mesmo
Brincando na estrada,
Andando a esmo
Sonhar enquanto trabalhava a enxada
Era seu jeito de espantar o medo
Não tinha chinelo de dedo
Mas ia pra escola sem ninguém mandar
Achava ruim bronca de professora
Sem saber o que o futuro iria guardar,
Até que o menino sem pai nem mãe
Foi de vez pra roça trabalhar
Acabou-se a brincadeira nessa vida sofrida
Ele trabalhava pra ganhar
Um prato de comida
E um teto pra dormir
Com um buraco pra ver as estrelas
Depois que a noite cair.
Um dia sozinho, andando no mato
Muito cansado pelo dia de trabalho
O menino viu uma dona de preto
E como menino, se viu sozinho e com medo
A dona morte se aproximou
E de espreita ao menino perguntou:
“Ainda não está cansado da vida?
Trabalha, trabalha e quase não tem comida!
O que o mundo tem pra te dar
Se é sozinho sem família e sem lar?
Achei boa hora vir te buscar
Anda, conhecer o lado de lá”
O menino pensou bastante
Não sabia por que vivia,
Porque ir adiante? Se nada de bom acontecia?
Mas então lembrou do céu de estrelas
No buraco em cima da cama
Tinha coisa mais bonita
Do que o céu que a gente ama?
“Dona morte eu não quero
Tem alguém a me esperar
As estrelas em cima da minha cama
Que eu tenho que espiar
E de dia tem os passarinhos e as belezura do sertão
A gente pensa que tá ruim
E depois que olha fica bão
A vida eu vô levando
Acho que tá meio cedo pra eu morre
Quero ver mais um pouquinho
As estrelas e o sol nascer
Tudo tem sido ruim
Mas eu sei que vai miora
Até já me disse um conselheiro
Que o sertão vai virar mar
Parece que hoje em dia
Tá mais pro mar virá sertão
E eu nem sei como ajudar
No meio dessa confusão
Só lhe peço dona morte
Não me leve agora não
Eu ainda tenho que namorar
As estrelas do sertão
Te peço de coração
pois minha vida tem valor
Que ver eu lhe provar?
Posso lhe dizer com amor
As beleza desse lugar”
E o menino pois se a falar
Do pé de laranjeira boa de chupar
Falou do buriti do caju e do sapoti
Do pequi do bacuri do umbu e do oiti
Falou da fruta pão, da manga, do cajá
E também do caju, fruta boa pra amarra
Falou da cana caiana
e da mandioca que dá farinhada
do milho do arroz e da fava
Dos coqueiros e das palmeiras
Onde a sabiá cantava
Contou do babacá e da carnaúba
Do tucum preto e da macaúba
Do voo do bem-te-vi
Que descansa e cantarola
Na palha do miriti
Ao som de sanfona e viola
O menino explicou pra morte
Que tinha muito pra aproveitar
E que nessa terra tinha sim
Uma família para cuidar
E que estava ameaçada
Precisando dele com certeza
Pois sua mãe de verdade era mãe natureza
Que muito tinha o ajudado
Até a mostrar pra Dona Morte
As belezas desse seu lado
“Te peço não me leve embora Dona Morte
Pois amanhã cedo tenho que estar acordado!”
Dona morte foi-se embora
Pois descobriu o menino apaixonado
Pelas riquezas da natureza
E pelas belezas do seu estado
E hoje ele agradece por ser nordestino
E viver seu destino, nesse chão abençoado
Essa foi minha narrativa
De vocês eu me despeço
Como a mensagem positiva
De um menino muito esperto
Espero que a gente
Sempre possa valorizar
O privilégio que é a vida
Amando e cuidando do nosso lugar
Sempre será criticado
Mote
Faça você algo ou não
Sempre será criticado.
Voltas
Quando tiver atitude
E a ação for bela e exitosa
Ouvirá crítica rude
Fala ferina e maldosa.
Mas se não tem compromisso
Dirão que é um sujeito omisso.
Então empreenda a ação
Faça o intento desejado.
Porque
Faça algo ou não
Sempre será criticado.
Mire a linha do horizonte
A dica é do Galeano
Planeje meta que aponte
O êxito de seu plano.
Persiga sua utopia
Com trabalho, fé e alegria.
Siga a sua intuição
E efetive o planejado.
Porque
Faça você algo ou não
Sempre será criticado.