Literatura de Cordel
Rimando.
Pelos confins da literatura...
Rimo eu sem querer...
Não rimo para esquecer...
Rimo para dia passare chegar logo o anoitecer....
Rimo por horas...
Rimo testando minhas trovas...
Rimo sem pensar...
E não me preocupo no que vai dar...
Rimo almoçando...
Rimo amando...
Rimo debruçado...
Rimo em pé ou sentado...
Rimo para os amigos...
Rimo para quem quer seguir comigo...
Rimo até na cozinha...
Rimo e não chamo a atenção da vizinha...
Rimo para minhas irmãs...
Rimo para os meus fãs...
Rimo para o meu irmão....
Se ele não gostar...
Invento pra ele outro refrão...
Vou pelas beiras...
Vou nas esfolas....
Rimo sem falar besteiras...
Rimo dedilhando minha viola...
Rimo para as mulheres...
Rimo para os homens...
Mas não rimo para o lobisomem...
Rimo para filhas...
Para minha esposa...
Eu rimo e dedico um verso apaixonado...
Com meu talento...
Entrego a ela meus escritos bem elaborados...
Ela é calma e esquentada...
E como escritor...
Olho pra ela e dou uma piscada...
Rimo para as mamães...
Rimo para as tias e os tios
Por dias...
Rimo também riscando o pavio...
E com um pedaço de fio...
Ligo na tomada...
E rimo para os primos...
Como poeta menino...
Escrevo seguindo meu destino...
Rimo até para os que duvidam...
Caso eu feche meus olhos...
Agradeço a Deus e aqueles que me convidam...
Pego minha sacola...
Coloco letras na caçarola...
Congelo água e esfrio minha cachola...
Sem plateia na arquibancada...
Jogo um pouco de bola...
Dizem que o Pelé é o rei do gol...
Será...?
Não acredito muito nesse vovô...
Dou asas para o minha inspiração...
E se rimei até aqui...
Não é para satisfazer o meu ego não...
Rimei porquê eu quis...
E se ninguém fala nada....
É porque sabem o motivo que fiz...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Ela é linda e tem cultura, adora literatura
O sorriso dela é a magia mais pura
Inteligente, superdecente
Ela é dona de todo pensamento em minha mente
Fronteiras da inspiração.
Com alguns itens em mãos...
Cruzei as fronteiras da literatura...
Anulei o poema oprimido...
Minha alegria...
Era chegar nos livros vizinhos....
Conhecer outros povos...
Outras origens...
Outros costumes...
Ah coração cantador...
Tu cantas de verdade , adentro de meu peito...
Então...
Uní eu e minhas tralhas...
Subi montanhas e vales...
Lá...
Encontrei com escritores...
Conheci outros doutores....
Fraudei as correntes da imaginação...
E na magia de uma escrita...
Dei arranjos para as melodias...
Fiz cabanas nos penhascos...
Deitei e me agasalhei...
E com minha alma de poeta...
Atravessei rios...
A nado braços...
Quis chegar do outro lado dos meus versos..
Oh poesia inspiradora...
Suas fendas não são de chagas...
Tem verbos e sacadas...
Atrevo-me em continuar...
Nas fronteiras da minha inspiração...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Cabedelo Paraíba.
Banhada em literatura
pelas águas da Miramar
Cabedelo é a moldura
da cultura popular
obra prima da pintura
dos pincéis azuis do mar.
Cabedelo é uma cidade
de beleza e sedução
de amor e de amizade
de respeito e de união
seguindo nesses planos
faz sessenta e quatro anos
de sua emancipação.
Cabedelo do pescador
do povo rogado em fé
do incansável estivador
do mangue e da maré
do prestativo arrumador
do portuário trabalhador
e do pôr do sol em Jacaré.
Cabedelo tua beleza
é algo espetacular
das pedras da Fortaleza
os encantos do quebramar
do folclore vem a riqueza
e das águas a sutileza
das praias desse lugar .
Aqui vivemos em paz
temos muito a oferecer
dos mistérios dos corais
ao pôr do sol no entardecer
e nossas belezas naturais
ainda esperam por você.
A literatura é a arte dos mortos que nunca partiram, que mesmo ficando entre os vivos, retratam tudo o que vivem no além em forma de poesia ou trova.
A literatura é o ar que respiramos, é o bálsamo colocado sobre as feridas proporcionadas pelo tempo e pela vida.
A literatura é a dor dos que verteram suor e lágrimas pelo seu povo e pela sua pátria a troco de nada.
A literatura é o cheiro que tonifica o nosso olfato em tempos de crise ... É a vida que vivemos em dias de solidão.
A literatura não é apenas a vitamina para os cérebros que se encontram deteriorados pelo tempo; é antes, a essência decente da vida e do viver de um ser pensante.
"A grande literatura de ficção mostra-nos como é a vida humana, mas não pode nos explicar o porquê. Para fazê-lo, teria de subir um grau na escala de abstração, tornando-se análise e teoria, abandonando portanto a contemplação da vida concreta, que é o seu terreno específico."
Eu gosto tanto de literatura! Ela me enche de entusiasmo e esperança, me faz imaginar e escrever coisas alegres e reflexivas.
Escrever é uma forma de colaborar com a natureza de todas as coisas, é descrever o que cada vida tem de importante na composição de sua essência.
Contar histórias é mergulhar nessa beleza existente em tudo o que faz parte da criatividade humana, o leitor e o ouvinte, as enfeita e decora com sua imaginação.
Rozilda Euzebio Costa