Literatura de Cordel
A literatura é o lugar onde muitas culturas desenvolvem suas vidas imaginativas, seus sonhos, esperanças e valores.
DA LITERATURA
Tem aquele que sabe ler,
mas não entende.
E tem aquele que entende
sem ao menos saber ler.
A literatura de caserna as vezes nos surpreende. Vou escrever um livro com algumas passagens encontradas nos trechos de alguns Boletins Policiais...
Nem mesmo Tim Burton teria tanta imaginação.
A partir da década de 80, a literatura brasileira desaparece. A complexa e rica imagem da vida nacional que se via nas obras dos melhores escritores é então substituída por um sistema de estereótipos, vulgares e mecânicos até o desespero, infinitamente repetidos pela TV, pelo jornalismo, pelos livros didáticos e pelos discursos dos políticos.
No mesmo período, o Brasil sofreu mudanças histórico-culturais avassaladoras, que, sem o testemunho da literatura, não podem se integrar no imaginário coletivo nem muito menos tornar-se objeto de reflexão. Foram trinta anos de metamorfoses vividas em estado de sono hipnótico, talvez irrecuperáveis para sempre.
Pensei que só a literatura salvasse. E não salva nada! Acho que se eu tivesse feito outra coisa, estaria mais salva.
Há três razões pelas quais o amor é absolutamente indissociável da literatura amorosa. A primeira é que a gente aprende a amar e a declarar o amor pela literatura. A segunda é que o amor se tornou relevante em nossa vida à força de ser descrito e idealizado pela literatura. A terceira é que o amor, como sentimento, é um efeito das palavras que o expressam: a literatura nos instiga a amar tanto quanto nossas próprias declarações amorosas.
Originalidade e regras não existem na literatura, quem arruma tretinha com isso são os invejosos que não conseguem emplacar nada e começam arrumar desculpas porque o colega está mandando bem!
Uma conversa de uma hora sobre literatura entre duas mentes ardentes com uma devoção comum a um poeta negligenciado é um caminho milagroso para a intimidade.
O ponto principal da literatura, eu acho, é que é a melhor tecnologia que temos para comunicar como é a vida de outra pessoa, a partir do seu interior.
A literatura é o lugar do impossível: do impossível que a gente torna possível e do impossível que permanece impossível...
A literatura possui o papel de refletir não só o inconsciente coletivo, como também o inconsciente pessoal, as organizações da psique. O entendimento da vida humana, dos relacionamentos, os significados e as complexidades dos nossos conflitos são matéria de um espaço de liberdade, de troca, que não está atrelado, necessariamente, à venda de algum produto.
Nenhum povo culto pode viver sem literatura. Os indivíduos para viver e satisfazer ao seu destino hão-de comunicar as suas ideias e traduzir na linguagem as manifestações da sua inteligência. A expressão das nações, a sua conversação, o desafogo do seu espírito, é a literatura de cada época e de cada sociedade. Um povo sem letras não vive muito tempo, e se vive, é uma excepção privilegiada.
Aliás, me incomoda até, e muito, que a literatura seja tema da literatura, que o protagonista de uma obra seja o escritor, levando a maior parte do tempo uma vida tão solitária e mortificante, escrevendo a duras penas um livro sempre na iminência do fracasso, num processo contínuo de autoflagelação.