Literatura de Cordel
CORDEL NA SALA DE AULA
Ajuda o aluno aprender
Se falar da sua vida presente
Retratando o seu lugar
De uma forma diferente
Ele vai ter interesse
De conhecer essa gente.
Imagine que beleza seria
Falar de cada lugar
Da sua rica grandeza
Descrevendo cada lar
Cada um se conhecendo
E com certeza se empolgar.
O bom é com ele construir
Falar da sua história
Se aprende com brincadeira
Nunca mais sai da memória
No final construa o livrinho
Será uma bela vitória.
Mostre ao aluno a importância
Do cordel na literatura
Imagine se ele aprender
Essa forma de cultura
Amanhã com certeza
Terá melhor desenvoltura.
Irá Rodrigues
http://iraazevedo.blogspot.com.br/
CORDEL INFANTIL (sextilha)
Bela, a abelhinha sem asas Yáscara Samara
Eu vou contar uma história
De um assunto delicado
Na primavera, em setembro
Que dia mais encantado!
Uma abelhinha sem asas
Desse jeito memorado.
Vou falar da poesia
Que a poetisa comemora
No passado tem vestígio
Ao lembrar a gente chora
Um fato de quem escreve
Desde o romper dessa aurora.
De onde o vento me inspira
Me levando a escrever
O que houve no jardim
Ninguém podia prever
Nem uma mente poética
Poderia descrever.
Nascida numa manhã
A abelha esperava com gosto
Bela era o seu lindo nome
O sol já estava posto,
Mas quando sua mãe a viu
Sumiu sorriso do rosto.
Bela estava diferente
Lhe faltava sua alegria
A colmeia não aceitava
Tudo era desarmonia
Decidiram abandonar
E se mudar de moradia.
E deixada numa rosa
Bela ficou a dormir
Uma vespa foi passando
Pegou ela para si
Aconchegou em seu braço
E Bela voltou a sorrir.
A vespa a levou pra casa
Bela agora tinha lar
Não importa a diferença
O importante é amar
Lhe receberam com amor
Todos iam superar.
Bela bem inteligente
Apesar de não voar
Seus pais adaptaram tudo
Para ela se integrar
Fizeram um jardim baixinho
Para lá Bela brincar.
Bela tinha bons amigos
Mesmo não tendo asa
Todos achavam ela igual
Era o que sua mãe esperava
A lagarta era boa amiga
E todo mundo a amava.
Bela feliz foi crescendo
Quinze anos de espera
Seu padrinho a apresenteou
Fez umas asas muito esmera
Em suas costas colocou
Foi um vôo de longa espera.
Bela estava tão feliz
Com sua superação
As asas vieram juntar
As forças no coração
O diferente não é ruim
Quando existe a inclusão.
Mas Bela queria mais
Queria viver emoção
Sobrevoar as montanhas
Vê a constelação
Ser dona da sua vida,
Palpitar seu coração.
Não se achava diferente
E logo se adaptou
Botou prótese para a vida
E a sua vida florou
Viveu como todo mundo
E esqueceu que já chorou.
Bela saiu a estudar
E conheceu muitas flores
Virou especialista
Logo perdeu seus temores
E com a ajuda de todos
Veio a fé e os amores.
E o tempo foi passando
Ela criou uma fundação
Pra crianças diferentes
Foi trabalhar a inclusão
Ninguém iria deixar
uma criança "na mão".
Tinha diversas crianças;
Sem ver, andar, ou voar,
Mas Bela ensinou a todas
Não podia vacilar
A vida é pra ser vivida
o que importa é amar.
Criou também uma fábrica
Fazia asas, pernas e braços
Devolvendo a alegria
A quem buscava abraços
Trabalhando as diferenças
Enfrentando os embaraços.
Ver as crianças felizes
Era o que Bela esperava
Tentando mudar um pouco
Que a realidade negava
Da conquista ao apogeu
Tudo isto lhe agradava.
Quando se recuperou
Viveu, amou, cresceu
Conquistou a superação
Ela nunca esmoreceu
Viveu sempre adaptada
Se superou e floresceu.
Essa abelhinha era doçura
Mostrava felicidade
Não viveu no desamor
Alcançou a mocidade
Com sua mãe adotiva
Conheceu a liberdade.
Conviveu com o abandono,
Mas se tornou bem florida
Entre flores que ela amava
Escolheu a margarida
E sempre amando as flores
Viu sua história colorida.
Muito bela e bonita
Sem as asas de verdade
Isto não era defeito
Pois mostrou foi a igualdade
Era bem rica de amor
Com muita simplicidade.
A inclusão é apaixonante
Assim exclamava Bela,
Vivia sempre incluindo
Convivendo com sequela
Pois o mundo é muito amplo
Pintado com aquarela.
Por isso aqui vos falo:
Respeitamos a inclusão
O diferente só existe
Para quem não estende a mão,
Pois é bom sempre entender
Como é viver com paixão.
Cordel do preguiçoso
Preguiçoso é bicho mala
Arredio e aletrado
Só arruma encrenca
Um tremendo safado
Tem a cara doCapeta
É doidinho por uma treta
Faz-se de abestado.
Entra e sai ele apronta
Com quem vê na frente
Vive na mordomia
A labuta não enfrenta
Trabaiá é uma agonia
Seja noite seja dia
Preguiçoso ninguém aguenta.
Wilamy Canreiro) Zé dos Sonhos
05 de maio de 2021
Cordel do preguiçoso!
Preguiçoso é bicho mala
Arredio e aletrado
Só arruma encrenca
Um tremendo safado
Tem a cara doCapeta
É doidinho por uma treta
Faz-se de abestado.
CORDEL DO PREGUIÇOSO!
Entra e sai ele apronta
Com quem vê na frente
Vive na mordomia
A labuta não enfrenta
Trabaiá é uma agonia
Seja noite seja dia
Preguiçoso ninguém aguenta.
Cordel Pedagogia
Um dia disse a minha mãe:
Eu entrei na faculdade
Ela não acreditou
Falou que não era verdade
Mas depois que eu provei
Pude ver sua alegria
Que não durou muito
Pois também contei no mesmo dia
Que o curso que eu escolhera
Era o de Pedagogia
Eu ouvi ela falar
Filho deixe de agonia
Professor trabalha tanto
Não tem hora, não tem dia
E, ainda, no fim do mês
Tá com a carteira vazia
Retruquei: mãe deixe disso
Essa é a minha vocação
Pois sei que quem ensina, aprende
Com sua própria lição
E não há nada mais lindo
Isso eu pude aprender
Do que ver alguém sorrindo
Depois que o ensinou a ler
O Cordel...
(...)
O cordel tem medida
o cordel tem métrica
Nele tem rima, oração
Ele tem uma estética
E juntando tudo isso
Acha a beleza poética.
@noeli4.d4nt4s
Nesse pequeno cordel
Cravo e rosa não brigaram
Numa grande primavera
Outras flores se juntaram
Lírio, lótus e bromélia
Margarida e camélia
No campo elas brilharam
Cordel da segurança
“Se liga aqui nessa idéia que vai te arrepiar
Clica aqui é rapidinho e o prêmio você já vai ganhar.
Deposita duzentinhos pro seu dinheiro nós multiplicar,
Dinheiro facinho que você ganha do sofá sem sair do lugar.”
Mas se cair nessa conversa sem dinheiro vai ficar
É um papo espertinho que o criminoso usa pra te roubar.
Nesse mundo digital cibercriminoso está pra tudo que é local.
Rede pública é cheia de marginal, é um clique e pode dar adeus
Pra sua vida pessoal, financeira e até espiritual.
Vão ser tantos problemas que você pode parar até no hospital.
Vamos ser mais espertinho e olhar todos os sinais,
Se tem erro na escrita já não é bom sinal.
Se a página não tem o cadeado de segurança
Corre de lá pra não se dar mal,
É bom olhar com cuidado pra não ser prejudicado
Se tem dúvidas sobre o site vamos procurar que sabe,
Corre lá no amigo ou conhecido pra saber se o site é inimigo.
Pesquisa direitinho para sua compra chegar certinho.
Não divulgue senhas de cartões para não sofrer decepções.
Se tiver tudo certinho pode sentar e respirar tranquilo.
Cordel de Natal:Foi por amor
Foi por amor que Deus o enviou,
Nosso Deus um dia viu,
Que o homem se afastou.
E como andava longe,
Ele um dia planejou.
Enviar seu filho amado,
Para o homem se voltar.
Mandando um anjo,
A falar com Maria,
Que na sua barriga iria carregar.
Uma criança tão linda.
Com o nome de Jesus,
Para o homem salvar.
Cordel: pai e o disco voador
Vou contar uma historia
que meu pai me contou
do dia que ele vinha bebo do bar
e entrou no disco voador
levaram ele pra dar uma volta,
ele não sabe como escapou !
já era quase meia noite
o bar já tinha fechado
pai vinha bebo sozinho
tombando pra todo lado
quando viu uma forte luz
brilhando no meio do mato...
colocou a mão nos olhos
disse que luz forte do cão
será que é farol de trator
ou farol de caminhão?
gritou bem alto apaga essa luz ,
que não to vendo nada não
a luz não apagou
pai ficou encabulado
foi em direção a luz
pra ver o que tava errado
quando viu uma coisa grande
era um objeto não identificado.
pai não ficou com medo
porque todo bebo é valente
disse, vou entrar nessa merda
e ver se ai dentro tem gente
vou puxar minha pexeira,
to bebo não inconsciente
pai entrou no objeto
com a faca na mão
quando ele viu uns seres estranhos
a faca caiu no chão
esfregou seus olhos e disse,
vala meu frei Damião
era uns bichos estranhos
dos olhos bem arregalados
a cabeça bem grande
os braços bem esticados
pai queria correr
mais a porta tinha se fechado
eles pegaram meu pai
amararam em uma Cadeira
o objeto começou a subir
para perto das estrelas,
e começaram a fazer perguntas
sobre pai e nosso planeta
perguntaram como é seu nome?
pai respondeu é joão
quantos anos o senhor tem?
pai respondei lembro não
só sei que sou bem das antigas
do cangaço de lampião
o bicho olhou para pai
com os olhos arregalado
e disse fale sobre você
que você vai ser estudado
quero ver se nesse planeta
tem gente com QI elevado
pai disse eu sou joão
gosto de tomar umas cachaças
sou formado em medicina
sou astronauta da nasa
sou professor de historia
e professor de matemática
o bicho olhou para pai
com uma vontade de rir
e disse o seu Qi é elevando
mais é pra mentir
ou humano mentiroso
vamos embora daqui
pai acordou no outro dia
jogado no meio do mato
chegou em casa falando
do objeto não identificado
mãe disse ainda tai bebo
bicho mentiroso safado
APRENDER COM PRAZER
O cordel dentro da escola
Trabalhando com ciência
Envolve outras disciplinas
Isso se chama inteligência
Despertar o prazer de aprender
Desde a sua adolescência.
Na linguagem popular
Experimenta na matemática
Vai ser fácil aprender
Agora pense na gramática
Na história e geografia
Brinca ensinando na prática.
O cordel contém magia
Fica mais fácil ensinar
Todo assunto em poesia
E ainda pode narrar
No final bons resultados
E o aluno vai amar.
Isso é fazer a diferença
Ao aluno poder ajudar
Conteúdos trabalhados
A turma vai participar
O envolvimento é tão bom
De fora, ninguém quer ficar.
Então saia da rotina
Pense numa boa história
Mostre a importância do cordel
A aula não sairá da memória
O aluno fica tão envolvido
No final é só vitória.
Autoria Irá Rodrigues.
A MULHER NO CORDEL
.
O cordel sem a mulher
É pinga sem tira-gosto,
É namoro virtual
Sem amasso sem encosto.
Feijoada sem toucinho
Panelada sem ossinho
Ir à praia com sol posto!
Num canto de cordel eu vou cantar,
De amor, de dor, de querer bem,
"Você é fogo que chama", hei de começar,
"É água da minha sede", ao seu desdém.
É o suspiro que escapa sem avisar,
No vasto mar do amar, ao luar eu sou refém,
Seu nome é doce que não posso parar de chamar,
Com sabor de dendê, amor que a vida contém.
Eu sou a luz a guiar por onde tu vais,
Mas sua sombra me cobre, escura e furtiva,
Na senda do amor, sempre dou mais,
Na espera de um carinho, minha alma cativa.
Abraço o vazio, esperando um sinal,
Ligo e recaio no silêncio de tua ausência,
Mensagens flutuam em um espaço virtual,
Sem retorno, sem eco, só a minha insistência.
Amo sem garantias, coração na mão,
Será que aceitas este amor, ou é em vão?
Foi sorte ou esperança, essa minha condição,
De te ter na minha vida, ou apenas ilusão?
Devo eu persistir, ou abrir meu coração,
Para um novo amor, outra direção?
A sinceridade, dizem, é a chave da libertação,
Ser só, mas ser inteiro, sem viver de expectação.
Em versos de cordel eu ponho meu sentir,
Entre linhas de esperança e de desistir,
Amor que seja livre, pronto a partir,
Que a vida é pra frente, é preciso decidir.
O APÓSTOLO DA BÉLGICA NO CORAÇÃO POTIGUAR
Autora: Nivania Helena - Trecho do Cordel
No dia vinte e três de outubro,
De mil novecentos e trinta,
Na cidade de Namur,
Uma nova vida se pinta.
Chegava ao mundo um menino,
Na Bélgica de terras frias,
Sob um céu de nuvens e estrelas,
Uma linda história que se cria.
De seu Joseph e Dona Anna,
O caçula Jacques Theisen nascia,
Um brilho no olhar e um sonho,
Que o destino logo revelaria.
Esse foi o começo de uma vida,
Que a muitos irá inspirar,
De um homem que levou o amor,
Para longe, onde quis chegar.
Por uma família cristã foi criado,
Obedecendo sempre à doutrina,
De inteligência admirável,
Com uma força que ilumina.
Com doze anos de vida
uma guerra estourou,
Passou medo, fome, e cirurgias,
Com bravura enfrentou.
Em mil novecentos e quarenta e dois,
Fiel aos sacramentos de coração,
Três dias antes do Crisma,
Fez sua primeira comunhão.
Apesar das dificuldades que passou,
Dizia que teve uma infância feliz,
Assistia às missas com devoção,
Na igreja da Matriz.
Aos dezenove anos,
Um homem de fé e amor,
Atendeu o chamado de Deus,
E no seminário entrou com fervor.
Com coragem e dedicação,
Jacques Theisen se preparou,
Para uma vida de missão e serviço,
Que com amor sempre abraçou.
Deixou sua terra natal
E seguiu para o Brasil,
Para levar a palavra divina,
Como ninguém nunca viu.
Em mil novecentos e sessenta e oito
Embarcou na viagem naval
conheceu Dom Nivaldo Monte
Ao invés de Ribeirão preto atracou em Natal.
Cordel minha terra.
Eu sou filho do mato
Da terra da cultura
E quem não a entende
Sem ter desenvoltura
E fala do nordeste
Nem sabe da fartura
Lembra de pouca chuva
Poeira, chão rachado,
Mandacaru e palma
(Coroa de frade) espinhado
Caatinga, capoeira
(Unha de gato) estirado
Se chove o ano todo
Estrada é agonia
Buraco em buraco
E todo carro chia
Vamos falar do tempo
Tudo logo esfria
Mas assim é que é bom
Neblina no distrito
Nem dá pra ver escola
Fica logo aflito
As crianças na chuva
De bota faz bonito
Já vi frio de quatorze
Sensação térmica 8
Tem quem acha, é quente
Vigi, povo afoito
Tem aquele que treme
Só levanta no açoito.
De touca na cabeça
Cachecol no pescoço
Doze meses tem o ano
E vale o esforço
Um quarto é de sol
Chuva no resto moço
Já consegue decifrar
Com quê foi revelado
Nada é melindroso
Não está disfarçado
Pra não ficar nervoso
Já volto arretado.
-Quando não tiver afeto, e muito menos intelecto, pegue caneta e papel e busque o cordel.
-Quando estiver na pesquisa de campo, e o cansaço amolar, te invadir, e você se sentir sucumbir, busque ainda no cordel para não desistir.
-Quando aquilo for falado, ouvido, mal compreendido, não fizer sentido, tome nota, tome tento e extravase seu tormento
- Quando o corpo deixar de codificar e a razão duvidar, siga na epistemologia seja noite ou seja dia, é assim que eu faria, sem cozinhar em banho-maria.
Damião o roceiro do Sol(poesia de cordel 2006)
Damião vivia bem
Em Minas Gerais
Pois dele se esperava ser um grande capataz
Defensor dos oprimidos
Nas terras dos Generais
Todos na fazenda eram paus mandados
Faziam o que não queriam
Para não serem condenados
A cada tarde traziam dois
Para serem castigados!
Ele escreveu a carta:Fica agora como justo
Os roubos do Senado
Pois reuni o povo Para o nosso liberado
Enquanto o senhor diretor vive na cadeira sentado
Nosso povo todo dia
Vive sendo castigado
Damião não se calou
Diante da injustiça
Pegou sua espingarda
E enfrentou a milícia
Que veio para reprimir
A sua audácia e rebeldia
Mas ele não se rendeu
Lutou com coragem e valentia
O povo se levantou
Ao lado de Damião
E formou uma resistência
Contra a opressão
Eles queriam liberdade
E justiça no sertão
E não aceitavam mais
Serem tratados como escravos não
O diretor se enfureceu
Com a revolta de Damião
E mandou chamar reforços
Para acabar com a rebelião
Mas ele não contava
Com a força da união
Que fez o povo vencer
A batalha da libertação
Damião o roceiro do sol
Ficou na história do lugar
Como um herói popular
Que soube se levantar
E defender os seus direitos
Sem medo de lutar
E inspirar as gerações
A nunca se acomodar
CORDEL DA DESCONHECIDA
Contam uma história
De uma moça granfina
Que apareceu certa vez
Com a sua cintura fina
As pernas eram tortas
Seu nome era Josefina.
Gostava de um forró
Apaixonada por um vaqueiro
Com o sangue nordestino
O moço era forasteiro
Ela chegava, se apresentava
Como filha de fazendeiro.
O homem era conhecido
Como aventureiro José
Certo dia sem avisar
Na estrada meteu o pé
Foi viver na capital
Levou na bagagem a fé.
Josefina se lamentava
Por ter sido abandonada
O amor lhe dominou
Estava apaixonada
O mais triste da vida
Não podia fazer nada.
Chorava de noite a dia
Pior não tinha dinheiro
Parabéns correr o mundo
Atrás do seu vaqueiro
A alegria foi embora
Seu amor era verdadeiro.
O tempo foi passando
A moça era só tristeza
Desenganada do amor
Saiu pela redondeza
Chorando a desilusão
Pelo destino foi presa.
Autoria Irá Rodrigues.
Para torar meu tédio.
O cordel é bom remédio.
Se você me insultar.
Mostro a ocês um jucá.
Um jeito simples de cá.
No meu torrão Ceará.
Terra de povo valente.
Com sua vida contente.
Pra doutô nium reclamar.
Wilamy Carneiro – Poeta cearense
26/04/2022