Literatura de Cordel
Nas páginas de um livro, os corações ganham asas e voam para mundos desconhecidos. Quem se entrega à leitura desafia o tempo , tornando-se viajante da eternidade. As palavras são mágicas, transformam o silêncio em conversas profundas, tornam os sussurros dos autores em conselhos íntimos.
Aquele que gosta de ler constrói um abrigo na imensidão das histórias, onde cada virar de página é um passo em direção a novas aventuras . As letras ganham vida, os personagens se tornam amigos, e os sentimentos pulsam como se fossem nossos.
No refúgio dos livros, somos imortais. A cada obra, um pedaço do leitor se entrelaça com as palavras, e a conexão se eterniza. Quem se apaixona pela leitura tece um laço com a essência humana, conecta-se com mentes brilhantes do passado e do presente. Assim, a alma se torna uma estrela que brilha mesmo depois que o livro se fecha.
Trama
No enfeitar das palavras, traço a cena,
Fios de sonhos tecendo realidades,
Fofocas mal contadas, a mente ordena,
Em versos e rimas, brotam as verdades.
Cartas nunca encaminhadas, guardam segredos,
Pensamentos gravados na tinta da pena,
Nas linhas, afloram desejos e medos,
Histórias do coração que a alma sustenta.
Ideias não retomadas, esperam seu tempo,
Como sementes plantadas, aguardam a luz,
No papel, florescem, eis o seu alento,
Crescendo em versos, cada uma reluz.
Dois quartetos, as tramas entrelaçam com graça,
E dois tercetos, a conclusão do soneto abraça.
Escolher amigos por valores é como cultivar um jardim de flores perenes, enquanto amizades por gostos em comum são como cultivar flores de uma estação.
Amizades por gostos em comum são como notas dispersas, enquanto amizades por valores em comum são como uma escala harmoniosa que formam uma melodia.
Valores sólidos são o fio condutor de amizades autênticas, que conectam pessoas de todas as partes do mundo, que estão indo para uma mesma direção, enquanto gostos em comum são como pontos isolados em um grande quadro que não levam a lugar algum.
Prefiro desvendar universos chamados Humanos, uns em sua micro sapiência outros em sua macro ignorância
O VELHO MENDIGO Mendiguei á vida inteira, sou velho que sou, eu nunca tive alguém que me amou verdadeiramente nessa vida, nunca tive e nem filhos tenho se não as barbas brancas.
Eu não sei cuidar mesmo da minha própria vida e se um dia eu tiver que partir que não seja o coração de ninguém porque eu não pertenço nem mesmo á vida inteira. Vivi, amei, vi um pouco de tudo e as vidas ceifadas em segundos é oque mais vi, só nunca vi o bem mas houve um dia em que eu julguei ter visto tudo.
As minhas barbas são grandes, brancas, sujas e fortes, tornaram-se assim naturalmente e eu gosto, eu gosto porque é o que pelo menos não faltou em mim.
Os meus olhos são cansados, como se eu quisesse dormir. As minhas unhas são fortes e são mais velhas que os meus desejos. Não falo do amor, porque não tenho além do meu próprio e a única coisa que me acompanhou em toda minha vida e sempre esteve comigo, foi a minha sombra.
Consideraram me luz só no primeiro dia em eu nasci, e hoje aos olhos de outrém sou um sismo. Coitado de mim que nunca fui revelado sobre o meu futuro com os olhos abertos que nunca viram o bem nem a perfeição.
Esverdeados montes do oriente, melhores refúgios para qualquer sobrevivente, onde clamam as vozes dos que rogam sem esperança, hoje campos da batalha, abençoados sãos vocês que nunca envelhecem, têm vida eterna e nunca morrem. EU NÃO SEI MUDAR DE POSTURA.
Poema de Rosário Bissueque
O VELHO MENDIGO
Que a poesia continue a ser um meio de libertação
Se for a Igreja buscar falhas humanas certamente as encontrará
Mas se for buscar a Jesus encontrará primeiro as tuas
Não se espante se muitos escravos trocaram a vida de seus semelhantes por uma hospedagem na baia de porcos da Casa Grande.
Amor e guerra
Marte rubro, por lutas fervoroso
Tanto sangue por ele derramado
Em Batalhas tão forte e belicoso
Não pensou que seria derrotado
Venus áurea, de corpo gracioso
Tantos homens e deuses tendo amado
Teve seu coração belo e formoso
Pelo Senhor da guerra apaixonado
Como podem tais deuses se juntarem?
Venus amar quem causa tanta guerra?
E marte abandonar grande rancor?
Não podem paixão e guerra se apartarem
Pois não há força maior nesta Terra
Que leve a disputa senão o amor
Sentado na cadeira,
Vejo uma linda estrela.
Olhando aquela clareira,
Sinto você aqui na beira.
Mas, que besteira,
Maneira, na eira,
Da Leira, com sol na moleira.
Literatura brasileira,
Quero deixar meu nome na mesa,
Chubsco, é nação hospitaleira,
Afro-brasileira, Maçarico-de-coleira,
Pauleira, só não tenho vida fuleira,
Filho de arrumadeira,
Levamos na leveza,
Tipo prateleira,
Maria-cavaleira,