Literatura Brasileira
“Ser professor é somar expectativas
É subtrair as dúvidas
Multiplicar os conhecimentos
Dividir com o próximo a esperança”.
“Seus olhos são azuis como o céu
Sua pele é branca como a neve
Seus lábios são vermelhos como uma flor.
Essas são as cores
Da bandeira de seu país.”
“Um amor separado
Pelo infinito oceano.
Eu não entendo sua Língua
Apenas a que fala o seu coração.”
“E me dói que desconheça
Minha existência.
O seu coração pertence
À outra mademoiselle
Não a mim, Roselle.”
“Tu já tens uma aliança no dedo
E um Palácio com requintes
De ouro como lar
Eu não tenho nada,
Nada para poder lhe dar.”
“Se me for concedida a graça de te ver
Com meu olhar te direi o que quero
Que nos teus braços é o meu lugar
E onde quero estar.”
“Mostre-me sua língua monsieur
E deixe-a dentro de minha boca
Desate os nós de meu cabelo
Enquanto eu desabotoo os botões
Do colete de seu terno.”
“És este um amor proibido
Um sonho que sonho acordada
Aos pés do Cristo Redentor
Sonhando que no Arco do Triunfo
Possamos triunfar.”
“Dizem que só se ama uma vez
E uma vez eu amei
Mas tanto esse homem amei,
Que a mim mesma deixei de amar.”
“Eu era apenas uma criança carente
Sem esperança à minha frente
Eu queria amar e ser amada
Uma paixão por Deus amaldiçoada.”
“Lembro-me dela na escola
Chorando de decepção
Com uma xícara de café na mão
Uma senhora ao seu lado lhe dizia:
- Fique calma!
Foi naquele instante que
Partiu-se minha doce alma.”
“Meu coração encheu-se de dor
O ódio delicadamente matou o amor.
O Inferno instaurou-se na Terra
Em meu interior havia uma silenciosa guerra.”
“Ajoelhava-me pedindo para ser poupada
Sentir-me-ia viva
Se não houvesse mais nada.
Hoje o que me resta é o que já não há
Perdoa-me, ó Senhor, por amar.
Eu tinha tão poucos anos...
Esses tempos, ó Senhor, eram insanos.”
Gostava de tudo que era ruim, o mau me agradava. desde a poesia ao amor, num looping continuo e doloroso. Arrancavam-me a pele, destruíam o meu ser. Devoravam-me viva. Qual seria a graça, senão, de sentir além da camada exterior, aquilo causado pelo caos interior de cada um?
Afinal, o mundo é uma grande cracolândia onde somos responsáveis por escolhermos a droga pela qual morreremos. Eu estou entre o álcool, ou a ponta afiada de sua língua me despindo.
Hoje é uma noite fria de uma quarta feira.
ainda não tenho a minha
resposta, então, por favor, diga-me.
você aguentaria carregar
o fardo lancinante da minha morte em suas mãos?
Quero dizer, foi você quem me ensinou o sinônimo de amar e todos os antônimos de odiar: querer, gostar, venerar.
Todos os dias de manhã quando eu acordava com o cabelo mais bagunçado que os sentimentos no meu peito, e você dizia como eu estava linda, tão linda quanto meus olhos naquela tarde de domingo quando me conheceu. Eu sorria, envergonhada. ''está maluco por falta de cafeina.'' Eu disse uma vez, e você com toda graça e maestria recitou pelos próximo vinte segundos uma ideia contra aquela. Sempre foi teimoso demais...como quando estávamos naquela biblioteca uma vez, e teimou em dizer que Fernando Pessoa não era tão bom quanto Carlos Drummond. Me emburrei. Bati o pé e disse o quão insano era por pensar aquilo, todavia sua citação aniquilou o meu argumento em menos de um segundo: Entre a dor e o nada o que você escolhe?
E eu que sempre tive uma resposta na ponta da língua me vi sem ela. O que você escolhe? As palavras rondavam em minha mente, como aquele vinil gasto e velho que costumávamos colocar para tocar.
Seus cabelos estavam caídos para o lado naquele dia, sua barba por fazer, usava o suéter xadrez que eu costumava roubar toda a madrugada, apenas pra sentir o seu perfume amadeirado. Sorri. Suas iris castanhas me observavam com atenção e céus, naquele momento eu soube... eu enfim soube o porque de vir ao mundo chorando, o porque de ter tantas cicatrizes causadas por amores rasos, rasos demais que me causavam dores por mergulhar de cabeça, o porque de ter caminhado por um longo tempo na estrada chamada vida, até um lugar denominado pela geografia de Rio de Janeiro.
Tudo em prol de conhecer você, naquela avenida movimentada e calejada do centro, com comerciantes gritando e pessoas apressadas para os seus trabalhos. Leite e mel pingaram dos meus olhos antes de dizer:
Eu escolho a dor. Se ela tiver o seu nome, sobrenome e endereço.
ESPELHOS DA ALMA ACESOS
E hoje,
A luz das estrelas da constelação de gêmeos acenderão o brilho dos teus belos olhos castanhos...
...E não me hipnotizarão mais.