Literatura Brasileira

Cerca de 4345 frases e pensamentos: Literatura Brasileira

⁠Posso ser o mar revolto na tempestade ou o sol que brilha no horizonte, depende como sopram o vento das palavras no meu coração!

Inserida por kutscher

⁠O coração que tem gerador próprio de energia, nunca se importará com qualquer escuridão ao seu redor!

Inserida por kutscher

Aprendi que, na vida, é preciso saber absorver os golpes. Ser forte e sorrir quando, na verdade, se quer chorar. Assimilar!

Inserida por mailart

⁠Este é o nosso delírio de glória, então vem e durma que é menos cansativo.

Inserida por Bissueque

guerra das biscates

guerra dos mascates daí
guerra das gueixas, daqui
entre invasões e mortes
você ainda é meu gênio

mais ainda não realizou nenhum desejo


nessa guerra de gêneros
resta um homens branco
três mulheres mestiças
indígenas
minha criança menina
a sua criança menino

a guerra na russa, implodindo bombas
cada míssil com seus próprios erros
amando desse pesadelo

nossos traumas
são dois velhos
sem almas

eu de mim com minhas fraquezas
aprendo a ser mais forte
talvez na sequência
porque é tão só minha
essa experiência chama sorte

quem sabe um dia a gente aprende
a não cair mais na inconsequência
mais vale a dor latente
que perder essa frequência

vou encontrar seu próprio mestre
meu eu superior
superar meu amor a minha dor

nossa casa feita de pele
idéia a existência é livre
meu corpo de luz tem sete cores
sete belezas e sete amores

amor pra dar na mesa
com saudade
a sala toda acesa
candelabros de tristeza

ainda sou tua
aceita com clareza
meu amor subiu na Lua
beija meus pés de realeza

guerra de biscate
que come peixe com abacate
você mordeu meu coração com alicate
agora eu que me mate

morri
só não

literatura cura
capaz da minha alma obscura
traz luz às palavras da minha loucura
escrevo sem parar até meu amor por você acabar

Inserida por JeyneStakflett

⁠Livrai-nos de tudo
senhor!
Livrai-nos de ti,
também.
Ame-nos.
Ame!

⁠O único apêndice verdadeiramente não indigesto é o literário

Inserida por RandersonFigueiredo

⁠A ORQUESTRA DO INÚTIL

Às vezes, tento querer escrever o que esta sociedade pretende dizer, mas logo descobro que ela mesma já se perdeu na vontade de enunciar-se. Não há verbo que a represente, nem sujeito que se assuma. Há, sim, um murmúrio colectivo, um desejo de parecer pensamento. E escrever o que a sociedade quer dizer é como tentar traduzir o silêncio de um homem que aplaude porque os outros já o fazem. É tentar dar nome ao abismo quando o abismo, educadamente, nos pede um autógrafo. E depois só contamos. Contamos quantas horas restam até o próximo.

Há quem, por ofício ou desvario, destile notas como se o tempo coubesse inteiro numa só melodia. E fá-lo com tamanha urgência que o silêncio. E depois morre afogado na enxurrada de compassos. E assim, entre a batida e o aplauso comprado, ergue-se o trono de um Rei, não por virtude mas por volume, não por arte mas por frequência.

É nobre, sim, o timbre. E há talento disso ninguém duvida, mas até o ouro, quando em demasia, perde o espanto e vira moeda. E a sociedade de ouvidos embotados, aplaude por reflexo. Confunde constância com génio, e quantidade com legado. Ora, família, o excesso também é uma forma de desperdício.

A verdadeira riqueza literária está mais na recepção da obra do que na própria obra.

Inserida por ednafrigato

⁠" ARTEIRA "

Sapeca, brincalhona, bruxa, arteira,
foi sempre uma mistura inesperada
que a faz ser acolhida, aceita, amada
sem que se ponha, a tal, qualquer barreira!

É dama na alegria acostumada!
Com ela, o sério é pura brincadeira
e o riso é a sua forma costumeira
de se ir levando a vida nessa estrada.

É facil apaixonar-se por seu jeito
maroto, leve, dócil, de respeito,
e com seu toque mágico e festeiro…

Tá afim? Entre na fila, dada a chance,
mas acho não estar ao teu alcance
já visto que, eu aqui, sou o primeiro!

⁠" COMEMORA "

Não sei o que passou-te ao pensamento,
mas tem sinais bem claros de saudade!
De alguém? De algum lugar? Da mocidade?
Tocou-te, é certo, a fundo, o sentimento!

Não veja nisso crítica ou maldade
pois quem não tem, do outrora, algum alento?
Qualquer que seja a causa do momento
melhor curtí-la em toda intensidade.

Mas nunca perca o olhar do que porvir
e empenha-te, pra lá, deixar-te ir
levando, na bagagem, o aprendido…

O que, no pensamento, veio agora
por certo que a paixão já comemora
por conta de um amor por ti sentido.

⁠" DEMORA "

Eis que não vem! Demora! Pôxa vida!
Não sabe que eu aqui fico na espera
e que, esse atraso, só tristeza gera
por conta da paixão me concedida?!

O coração se agita, em mim se altera
por certo na saudade recebida
pulsando essa aflição tão descabida
e, dentro d’alma, pois, se desespera.

Ó vida! Fico aqui tão desolado
à espera de que voltes pro meu lado
pra que se me restaure a alegria…

Demora! Pôxa vida… Se esqueceu
de tudo o que, entre nós, já prometeu!
Vou eu morrendo as horas do meu dia!...

⁠" ACEITO "

Talvez, num outro tempo desta vida,
num paralelo cósmico formado
ou num lugar qualquer imaginado
eu seja uma alma pura, sã, despida!...

E pode ser que, então, elaborado,
o meu caminho, sem qualquer subida,
sem morros, sem ladeira a ser vencida,
se cruze outra vez mais, ao teu, centrado.

Quem sabe, sim, me vejas com paixão,
com outro olhar me dado, ali, que não
me exclua do viver te oferecido?!…

Num outro tempo, em paralelo feito,
eu seja, finalmente, então, aceito
no amor que foi tão bom termos vivido!

⁠" LIVRE "

O pensamento é livre em seu enredo,
sem dono, sem princípios, sem moral,
e, mesmo sendo curto, ocasional,
tu podes fazer dele teu segredo!

Mantenha-o no teu nível, pois, pessoal
e não proclames nem sequer um dedo
do que é que, dele, usas por brinquedo
no teu prazer secreto, vil, carnal.

Mas saiba que ele, ao certo, se agiganta
se for alimentado em vezes tanta
tornando-se difícil de esconder…

É livre de princípios, cem por cento,
e de moral quaisquer, o pensamento,
mas mata se, a tua peia e brio, vencer!

⁠" BONECA "

Vendeste a imagem tua de boneca
disposta a, assim, brincar, sem ter maldade
e quis quem te levassem, na cidade,
a festas, baile, boate e discoteca!

Tratada foi, portanto, é bem verdade,
qual fosse esse brinquedo, por sapeca!
Mas viram-te qual se fosses peteca
a ser lançada, a tapas, sem bondade.

Boneca, ora de louça, ora de pano,
não ponderaste qual seria o dano
de expor-te desse jeito em tua paixão…

Brincaram, pois, contigo, esse teu lance
sem darem, para o amor, sequer a chance
de te fazer feliz o coração!...

⁠" CALÇADA "

Meu canto predileto era a calçada!
A prosa era espontânea e verdadeira
e a gente se sentava ali, na beira,
nos divertindo até de madrugada!

O riso, a gargalhada, a brincadeira,
algum romance em forma inesperada
surgindo na calçada iluminada
já era-nos história costumeira.

A vida era mais calma na sarjeta
e, o sonho, era-nos paga (e com gorjeta)
a nos abençoar a juventude…

Era, a calçada, o meu lugar de amor
por entre amigos, mocidade em flor
desabrochando a vida em plenitude!

⁠" INFINITO "

Já podes, tu, sem medo, olhar pra trás
e constatar que, enfim, venceste a estrada
após os anos teus de caminhada
perseverados com vigor audaz!

Vitória te recebe, enfim! Mais nada!
Não se fará, do evento, show, cartaz,
nem coisa alguma a mais que isto te traz
pois que ela é, tão só, tua na jornada.

Receba-a com orgulho! É teu laurel!
Não te dará direito a inferno ou céu
pois isso é com a fé, como predito…

Vencestes o caminho! E isto é só.
Não te terão inveja ou mesmo dó!
Agora só te aguarda o que infinito!

⁠" ENCRUZILHADA "

Me trouxe, o sonho, para a encruzilhada
que está diante de mim sem compaixão
já visto não mostrar-me a direção,
perigos, prêmios, sorte… Não diz nada!

Que rumo dar às coisas da paixão
se tudo foi ficando pela estrada
e a decisão que agora for tomada
dará consolo (ou não) pro coração?!

Seguir pra onde, pois? Qual o caminho
há de me garantir amor, carinho,
e me dará repouso à alma perdida?...

Aos pés da encruzilhada estou agora
sem ter a direção pra ir-me embora
de encontro ao grande amor da minha vida!

⁠" DESAFORTUNADA "

Eu vago a inércia do que chamam vida,
na incompreensão de ser quem deveria…
Se eu acordasse agora, morreria?
Custosa a volta! O quê dizer da ida?!

Vejo eu criança, mas cresci um dia…
E tudo, então, foi caos e despedida
quando a esperança fez-se por perdida
levando embora o riso e a alegria.

Estrelas, planetoides, astros tantos
e eu, pequenino, imerso nos meus prantos
serei poeira cósmica, mais nada?…

Quem sou? Que sou, na inércia itinerante
da vida me estendida por restante?
Ó alma inquieta e desafortunada!...

⁠" ENAMORADO "

Eis que a pupila faz-se dilatada,
aumenta, acelerada, a pulsação
e a pele traz, ao rosto, a sensação
de fogo, de calor, fica corada…

Dispara, inconsequente, o coração
e a mão, num transpirar, fica suada
porquanto na garganta, ali, travada
a voz segura a força da emoção!

Desaparece o chão, a terra, o céu
e, a segurança, vai pro beleléu
no instante em que, o olhar, vê o desejado…

É sempre assim, com todos, dita a vida,
fazendo que a paixão seja sentida
se alguém se encontra, pois, enamorado!