Literatura Brasileira
Ser poeta nos dias atuais é sofrer duas vezes mais do que em épocas passada, porque o mundo hoje em dia vem se mostrando mais ainda cruel, o poeta sofre em todos os lados, a poesia busca sobreviver ao tempo!
Você sabe o que eu fiz depois que escrevi meu primeiro romance? Calei a boca e escrevi mais vinte e três.
O tempo da escrita é um processo interior. O escritor escreve o tempo todo, mesmo quando não está escrevendo. Quando caminho, escrevo muito.
NO TRÂNSITO SOMOS TODOS PEDESTRES
Autor: Gerardo Carvalho Frota (PARDAL (*)
Tivemos mais u’a Campanha
De trânsito para educar
Desta vez todo pedestre
Que pelas ruas andar.
E também os condutores
Pra aprenderem a respeitar.
Pois todo mundo é pedestre
Seja o da moto ou ciclista
Por isso no dia-a-dia
Não deve perder de vista
Que quando pedestre for
Não ande no meio da pista.
Vou contar uma história
Que se deu em minha cidade
Ela aconteceu no trânsito
Veja que barbaridade
Pois já morreu tanta gente
Que é quase calamidade.
Até março deste ano
Ocorreu tanto acidente
Passou até de 3 mil
E acontece diariamente
54 batidas
Que coisa mais deprimente...
Lendo isso num jornal
Eu não quis acreditar
À AMC e ao Detran
Eu fui então procurar
E a turma da estatística
Que passou a me contar.
Disseram que esta cidade
É a 3ª do Nordeste
Em acidente de trânsito
Que já tá virando peste
É como se nas estradas
Se vivesse a lei do agreste.
Me mostraram cada número
Que fiquei estarrecido
Mais de 4 mil acidentes
No Ceará tem ocorrido
Até março deste ano
Quanta gente tem morrido
1600 acidentes
Esta é a média mensal
Nas estradas do Estado
Federal ou estadual
360 é o número
Só de acidente fatal.
Neste primeiro trimestre
Morreram em todo o Estado
97 pedestres
Que povo precipitado!
Mais 400 feridos
Este é o triste resultado.
E neste mesmo período
Morreram nesta cidade
Mais de 36 pedestres
Veja que brutalidade
O dobro do ano passado
É triste mas é verdade.
Cada 23 minutos
Um acidente é registrado
De 3 em 3 horas tem
Um pedestre atropelado
Cada 27 horas
Na via um morto é encontrado.
E continua a estatística
Com número tão deprimente
Cada 3 horas um pedestre
É ferido em acidente
E em pouco mais de 2 horas
Outro morre de repente.
A cada 6 dias vai
Morrendo um motociclista
E em cada 26 horas
U’a pessoa morre na pista
Sem falar nas estatísticas
De acidentes com ciclista.
Pois conforme o Denatran
Quase 60 por cento
Das mortes que há no trânsito
Tem um relacionamento
Muito estreito com o pedestre
Por ser um frágil elemento.
Foi Andréia Maciel
Que tudo isso falou
Num artigo que escreveu
Em que bem analisou
A situação do pedestre
Que aos poucos se complicou.
Nem todos são condutores
Diz também a jornalista
Mas todos somos pedestres
Inclusive o motorista
E portanto a segurança
Não vamos perder de vista.
Chegou também na cidade
O doutor Carlos Alberto
Que é um membro do Contran
E nos falou curto e certo:
Segurança dos pedestres
Tem que se ver bem de perto.
Seja a pé ou em bicicleta
Ou mesmo motorizado
Sobre duas ou mais rodas
Pro pedestre é arriscado
Conviver bem neste trânsito
Que pouco foi educado!
Não é possível andar
Nas ruas sem se envolver
Com o próximo que lá está
E com ele conviver.
Só mesmo com a educação
Isto vai se resolver.
Pra concluir diz Alberto
Todos se conscientizando
Um cordão com a sociedade
Aos poucos vai se formando
E a vida de todos nós
Vai então se preservando.
Professora Elisabeth
Deu a sua opinião
“Para cobrar dos pedestres
Correção e educação
Têm que os gestores do trânsito
Mostrar também sua ação.
Construir mais passarela
E as faixas também pintar
E lá na escola os pedestres
Vai ser preciso educar
Pois muita gente nem sabe
Como a rua atravessar.
Diz o Código de Trânsito
Tem que haver educação
Do Jardim à Universidade
Pra que haja formação
E que a vida não termine
Estendida pelo chão.
NO TRÂNSITO SOU PEDESTRE
É a discussão na cidade
Pretende-se assim fazer
Com que toda a sociedade
Respeite quem anda a pé
Como uma necessidade!
Gislene da AMC
Disse que para ocorrer
PAZ NO TRÂNSITO é preciso
O condutor aprender
A respeitar os espaços
E com outros a conviver.
Pra isso basta seguir
A antiga lei da empatia
Que é só fazer com o outro
Aquilo que gostaria
Que fizesse então consigo
Esta é a boa filosofia!!
As leis existem pra quê?
Para que sejam evitadas
Colisões para as pessoas
Não saírem machucadas
É o que ocorre quando os carros
Ficam em cima das calçadas.
Pois sem respeitar as leis
E sem fiscalização
O Brasil sempre será
Um eterno campeão
Em acidentes de trânsito
Como já é há um tempão.
Mais de 350
Mil pessoas ficam feridas
E são mais de 30 mil
Que por ano perdem as vidas
10 bilhões governo gasta
Com estas vidas sofridas.
Voltando para cidade
Onde se passa esta história
Vamos nos conscientizar
Que só teremos vitória
Quando em todas as cabeças
A lei for obrigatória.
Afinal qual é a cidade
Onde passa esta tristeza
E as estatísticas mostradas
Vão tirando sua beleza
Esta cidade se chama
Nossa amada Fortaleza
Fim – out./2005
(*) - Professor aposentado. Educador de trânsito há 30 anos. Cordelista e trovador há 40 anos. Presidente do Centro dos Cordelista do Nordeste - Cecordel
– Estamos dentro do Baú, Aninha. Como os Jovens de A Caverna do Dragão ao ingressar na Caixa de Zandora. Camila caminha conosco, de mãos dadas. Mas do lado de fora. Em pensamento. O Aqui e o Agora, Aninha, é absolutamente relativo. E O Silêncio-Que-Vem-Mais é a construção das paredes internas do Baú. Uma Viagem no Tempo sem tempo para perder. Vem, Aninha, vamos embora. Que esperar não é saber. Quem sabe sabe agora -- não espera para ver.
– Wellington! Wellington! É deveras um local estranhíssimo esse Baú. Teu amigo Didi deve estar doido para encontrá-lo e compreender o que esses vinte e seis anos ocultaram no Plano das Ideias. Foram expectativas sem fim.
– As quais compartilho até hoje, Aninha. Vem.
Não sei ao certo o que faz de um livro um "clássico", para começar, mas acho que ele deve ter pelo menos cinquenta anos e alguma pessoa ou animal terá que morrer no final.
Eu tinha tudo o que precisava para começar. O destino era cheio de ironias. Aprendíamos sobre a vida quando enfrentávamos a morte; revivíamos o amor quando o enterrávamos; e reconstruíamos sonhos quando eles já estavam despedaçados. Foi preciso perder o medo de machucar os outros para que eu encontrasse minha coragem em algum lugar escondida dentro de mim.
Acreditava que o maior conhecimento, especialmente para uma mulher, eram as palavras. Fatos, histórias, fantasias... o que importava era estar com fome e abraçá-las quando a vida se tornava complicada ou vazia.
Circulo muito por diversos bairros. Esse caminhar pelas ruas te dá a oportunidade de experimentar a alteridade, fazer uma outra leitura dos lugares.
Eu nasci e cresci no subúrbio, sou da Madureira. Quando eu fui fazer faculdade, comecei a escrever e eu sentia falta na literatura contemporânea brasileira desses personagens suburbanos. Eles pouco aparecem como protagonistas e, entretanto, representam a maior parte da economia do País.