Literatura Brasileira
Nas Asas do Gonzagão
Pernambuco não poderia imaginar
Que a partir do dia da Santa Luzia
Januário José e Ana Batista
Atrairiam olhares para Exu, em melodia
Foi quando o pequeno Luiz nasceu
E com o seu dom alegre e festeiro
Depois da farda militar, seguiu o seu destino
E lá foi ele para o Rio de Janeiro
De Gonzaga à Gonzagão
Com artistas famosos fez parceria
Repertório "Danado de Bom"
Exu já não era mais monotonia
O moço simples conheceu a Europa
A sua vida e talento invadiram a literatura
E todos souberam da ardência da seca
E da vida nordestina que era pura bravura
Descobriram que não há luar como no sertão
Que no relógio marcando seis, o sertanejo ajoelhado
Suplica, à virgem, força para resistir ao peso da cruz
E que para todo mundo tem um "psiu" angustiado
Nos seus versos, o amor perdido dói mais
Quando para os braços do xodó não se poder voltar
Ôxi, que amargo de jiló tem a saudade
Adeus Januário. Deus ilumine o seu regressar
O sonho da água farta para a sede, gado e plantação
No sertão, vem na esperança com a flor de mandacaru
Banana, maxixe, batata, mandioca e buchada
É Fartura e benção na feira de Caruaru
Que difícil resumir a importância do Gonzagão
Deste brasileiro amado, que virou o rei do baião
Intimidade
Intimidade não é somente
Roubar os beijos grossos
Da mulher que passa e – sem fôlego –
Perder a noção do perigo!
Intimidade não é somente
Maldizer os deuses que saíram de férias,
Levando consigo o adeus
A imortalidade e a graça!
O íntimo pode se revelar
Na distância (real ou aparente)
Entre as almas, os sapos – pois tudo que
Respira se entende sempre!
QUINTAS
Dia Namorados
amor excelso:
Teófilo & Bárbara
narrado pelo
CELSO!
= =
grande, desgrande
amor libertário:
doce bem-estar
mal-estar amaro:
LITERÁRIO!
Certa vez um homem foi a uma feira para comprar uma maçã , pois estava com muita desejo de comer uma ,após comprar ele pensou consigo mesmo:"irei esperar o máximo de tempo possível sem come-la" assim quando finalmente a comer ela terá o melhor sabor ,o homem deixou a maçã em cima da mesa e esperou ,passavam minutos,horas,dias sem que ele se quer tocasse na maçã,mas pensou consigo "Ainda posso esperar um pouco mais" por fim; dias depois , ap óstanto tempo de espera ele finalmente decide comer a maçã ,mas a maçã já havia apodrecido e o sabor que ele achava que acreditava que séria ainda melhor se ele esperasse já havia sido devorado pelos vermes e já não existia mais.
" AH, O AMOR "
Eu já vivi o amor! Ah… O amor…
Sublime, majestoso, embriagante,
um tanto mentiroso e arrogante
mas, sempre, um sonho lindo, encantador!
Me fez mais sensual, melhor amante,
voraz quanto à paixão em seu ardor…
No entanto, mais sensível, sonhador…
Um poeta em seu espasmo delirante!
Cravou-me à alma os versos da poesia
e fez-me estar bem mais em sintonia
com todo um cosmo de real candura…
O amor… Ah, sim! O amor mais verdadeiro!
Vivi-o como um sonho derradeiro
confiando, eu, inocente, em sua jura!...
"Poeta é alguém que vê o por detrás das coisas e o por detrás desse por detrás e ainda o por detrás disso."
Acreditem, por debaixo de um texto, qualquer texto, há sempre uma vida.
Os textos são vestimentas que os escritores usam para encobrir a nudez do existir.
As editoras não deveriam permitir que autores que têm livros publicados usarem textos de outras pessoas para fazer propaganda do livro que desejam vender.
Eu ainda não tive condições de fazer o meu livro e tem gente espertamente usando poema meu para fazer propaganda.
Só para poetas, escritores e estudantes e afins com conteúdo postado fora das redes sociais: quando houver confronto de horários de prints nos seus posts nas redes sociais em posts de muitos anos, use os aplicativos para caçar plágio que eles encontram o seu post mesmo que ele não esteja indexado no Google.
Há uma infinidade de aplicativos caçadores de plágio para auxiliar na sua busca como uma maneira ainda mais robusta de comprovar a sua autoria.
Dicas para quem quer escrever um poema para a sua cidade
1- Não se preocupe em ser certinho na hora de escrever, manifeste o seu sentimento afetuoso pela sua cidade,
escreva como se estivesse conversando com uma pessoa que você admira muito.
2- Não tenha vergonha de elogiar as pessoas da sua cidade.
3- Conheça a História e os aspectos geográficos da sua cidade.
4- Elogie a História, a Natureza, a Cultura, a fé e as festas ou algum outro aspecto que você ache interessante em registrar no seu poema sobre a sua cidade.
A última carta de amor
Sinto sua falta e as areias sopradas pelo vento frio batem em
meu rosto e acordo com as lembranças.
A chuva fina penetra em meu corpo e penso em seus beijos
tão quentes como ares do Equador.
Meu demônio infernal que arrasta meus dias em desejos
queimantes e fico cega.
Chamá-lo de meu amor é tão vulgar e abstrato e meu pensamento
se dirige a ti de forma tão concreta que sinto e quero sua
presença.
Fica tudo tão distante. Meu corpo, meu desejo, que nem as
cartas cobrem esta ausência.
Dizem que amores não tem corpo, mas do que é feito sua
intensidade sem seus contornos físicos,
perfumes perdidos sem seu cheiro?
E o vento apaga as palavras neste deserto de solidão e gasto
tanta pena e tinta e nem sei se verbos atravessam oceanos e intempéries.
Mas fica a força de meus punhos grafados, para contornar
seu corpo nesta carta.
Eu não escreveria nada autobiográfico. Se você viveu uma vida como Laurence da Arábia, pode ser uma hipótese, mas, de outro modo, me parece um pouco vaidoso.
“Enfurnada”
Sou subtraída do profundo das águas calcárias e cristalinas de Furnas
Enfurnada entre montanhas Alinhadas de pés de café.
Lugar de cheiro doce
Da floragem cafeeira vestida de noiva do moka
Que se enfeitam de flores brancas e sementeiras vermelhas
Ano a ano Dia pós dias
Sou as sacas cheias da safra
Que despolpa líquida nas xícaras E cobre o paladar e os ares
Sou das minas verdes Sul de Minas Perfurmada Aromatizada
Cheiro de café Ser gerado
Das Minas Gerais
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury