Literatura Brasileira
Me desculpe
Por não saber o que dizer
Por não saber
O que você precisa ouvir
Me desculpe
Por só saber oferecer
Minha companhia silenciosa
E esperar que isso
Te conforte de
Alguma forma
E esperar que com isso
Você saiba que
Não está sozinha
E nunca vai estar
Eu já te escrevi
O quão importante
Você é para mim
Desculpe por não saber
Como dizer isso
Usando a voz
E escrevo aqui, de novo
Que preciso de você
Ao meu lado
Como sempre esteve
Então vou ser egoísta
Como sempre fui
E pedir que você
Aguente firme
Por você e por mim
Se eu tivesse escrito
A história da sua vida
Não teríamos perdido ninguém
E você não teria que aprender
A viver com dor alguma
Tem os dias "ainda estou tão longe", e tem os dias "olha o quanto já percorri". Tem os dias em que a dúvida parece não querer partir, e tem os dias em que a certeza é gritante. Tem os dias "por quanto tempo vou ficar com essa mesma rotina", e tem os dias "que bom que tenho oportunidade de perseguir meu sonho sem outras preocupações". Cada dia é uma surpresa e, apesar de elas não serem sempre boas, sei que, quando a noite chegar, tudo vai passar. O que não foi bom para trás irá ficar, e a próxima manhã vai ser diferente. A próxima manhã vai me dar um novo presente.
Jogaram a pedra na Geni. Geni era uma idéia de liberdade. Geni era poesia sem maldade. Geni morreu. R.I.P
Quando entram no hospício todos os pacientes chegam a pensar que os médicos é que são malucos. E na política? Quando adquirimos um título eleitoral e passamos para a vida política.... Quem somos os malucos amigos eleitores? Quem somos os políticos na democracia direta participativa dessa nação de não muito lúcidos? Agimos como loucos, lúcidos ou dementes? Acho que precisamos de internamento urgente cidadão brasileiro. Urgente. Mas não num hospício não... numa escola verdadeira de ética, conduta e ilibada e cidadania. Recado dado é missão cumprida. Não estamos fazendo direito.
Vale muito entender os poderes ocultos por de trás da partidarização. São informações que causam embrulho no estômago certos momentos, mas nos tiram do plano dessa ilusão nos alinhando em nossa verdadeira missão.
Num país de corruptos bandido é feito vírus. Morre um nascem 100. Seria desmedido esse controle populacional que o sistema deseja instaurar ou teríamos outras saídas e soluções? Prefiro pensar que existem saídas humanas. E que todos os seres sejam honrados e respeitados como obras perfeitas da Criação.
Das partituras aos corações partidos.
Cada letra de música de um compositor mais antigo reunia desejos, sentimentos e pensamentos de diferentes pensadores. Era como se um só ser canalizasse todo a memória coletiva de uma sociedade. Quando ouvíamos um som conseguíamos ver várias facetas do pensar humano. Desde a alegria até a tristeza. Desde a saudade até a esperança. Desde o vazio até o transbordante. Politicamente foram incontestáveis. A dualidade do fazer ouvir e pensar nos instigava. Nos espelhávamos nos gênios da música popular brasileira e do rock dos anos 80/90 e logicamente havia grande identificação e sinergia. Eram músicas com viés sócio-educacional, cultural e de exploração de várias possibilidades existenciais. Ficávamos fortes ouvindo essas músicas que eram verdadeiros hinos de consciência. Nisso eu insisto. Foi um tempo bom. A boa música e a poesia aliadas à reflexão das letras de antigamente nos elevavam para outros patamares. Infelizmente não se escrevem mais letras como antigamente. Felizmente ainda guardamos no vinil as melhores reflexões poéticas desse Brasil varonil. Algumas podemos encontrar até no youtube. Viva a Música Popular Brasileira. Viva essa gente que escreveu e cantou nossa história. Viva os compositores musicais brasileiros. E fez com que deixássemos de seguir sem lenço e sem documento. Mesmo hoje estando com o coração partido. Afinal, por que não se faz mais tanta música nobre como antigamente?
Reflexões de boca de urna 2
Na minha opinião modesta PESQUISA ELEITORAL deveria ser crime de indução social ao erro. A que ponto chegamos?
Viver é um ato político!
Desde as pólis gregas, qualquer relacionamento de troca entre um ou mais humanos eu ainda acredito que seja um ato político. A medida que dois humanos se afetam. Está feita a política. Quando o relacionamento entre dois seres vivos resulta em benefício para ambos os associados dizemos que ocorre a política. Como bebedor das fontes da subjetividade, é possível que a política, em si, possa configurar uma forma de arte – a qual representa, por si só, um fluxo produtivo de subjetividade em busca de reconhecimento em direção a um público ou ao próximo. Onde há relacionamento, afeição, indiferença, ou troca, é política. Pensemos a respeito. Porém o conceito política foi utilizado de maneira inadequada ao longo do tempo e na contemporaneidade. Entretando ainda há tempo de resgatar esses valores. É um grande equívoco dizer que política relacional ocorre quando num sistema precisamos de articulações para combater inimigos, fortalecendo aqueles, unidos pelo mesmo ideal. Todos poderiam transformar a política num ideal para todos. Cai-se por água abaixo todos os conceitos previamente estabelecidos e partidários. Ubuntu.
No final do dia somos apenas nós. A sós com quem realmente somos. Já com a cabeça deitada no travesseiro, a sós com nossos pensamentos, com tudo que sentimos. Somos nós, sem máscaras. Livres de qualquer julgamento – a não ser o nosso. Somos nós, lutando para que nossos medos não nos dominem, lutando para mandá-los para longe, para que não nos façam desistir, para que não nos parem. Somos nós, procurando motivos para insistir, relembrando porque precisamos continuar, correndo atrás da esperança e implorando para que ela não nos deixe.
28/06/2018
Enfim a trégua
Hoje não somos mais do time A ou B, agora sentam-se à mesa e confraternizam-se os contumazes rivais do esporte brasileiro e, porque não se afirmar "do esporte mundial"?
Todos correm muito além de alcançar a bola e o gol, mas de conquistar o trunfo, caminho da própria consagração.
Bom seria se o clima não fosse um dia, como uma perfumaria qualquer, que disfarça o odor sem se preocupar com a dor das dificuldades da lida.
Dificuldades que aguardem, hoje o dia é de alegria, venceu o adversário o riso está garantido!
Dificuldades para que tê-las, mas se não tê-las como sabê-las? (parodiando o dito que argumenta a dúvida sobre o desejo de se ter filho)
"Se for para brotar o riso no rosto de cada brasileiro que vença o time de coração, hoje unido em torno de uma mesa comum, adversos, comemorando juntos, o que lhes é tirado num conluio qualquer: sua capacidade de viver com dignidade e amor!"
Que nossos dias sejam de sol a nos iluminar com a bandeira e o bordão brasileiro: "Sou brasileiro com muito orgulho..., em substituição às bandeiras de protestos, que pisam umas nas outras em busca de sobrevivência e paz!
Bom dia, anjo de amor e paz, na boa tá.... logo chegamos lá!
Você pode ser tudo o que quiser, desde que deseje com a alma, e que esteja alinhado com o que é bom e honesto.
Barco de papel
E então descobri
Que é assim a vida
Um barco de papel
Velejando pela eternidade...
Ela pode ser leve
Se permitir-se sentir o vento
Pode ela ser densa
Se você não compreender o valor do tempo
Pode ela ser dança
Descompassada pela maré da existência
Ela pode ser criança
Se vivida com pureza e inocência
Com elas, posso ser livre
Sem elas posso estar amargo
Só não me tire das águas da vida
Pois então estarei farto
Pois se o mar é minha morte
Eu aceito como quem sabe
Que no meu barco de papel
Está escrita a história que me cabe
parasquedas
para quedas para
quem não sabe a
gravidade de manter os
pés no chão
para aquelas
paralelas
ruas que nos levam
sem direção
por que tantos carros?
por que correr
se é muito mais raro
estar com você?
aqui e agora!
para a queda
daquelas flores
um momento de
contemplação
os mais belos
ramos de cores
alimentam o
meu coração
aqui e agora!
Tantas balas perdidas matando crianças no Brasil.
Que as balas doces, já não fazem as crianças feliz
3. Pés
Num velório vi pés
Pés vivos
Pés mortos
Passos rápidos
Passos lentos
Passos rastejantes
Passos desfilantes
Passos e mais Passos
Sorviam à minha vista
De cabeça baixa num velório
Vi pés
...
Pés de pobre
Pés de rico
Pés inchados
Pés sofridos
Pés rachados
Pés delicados
Pés descalços
Pés calçados
...
Num velório vi pés
Que sustentam corpos
Pés que direcionam à caminhos.
Pés que correm
Pés que tropeçam
Pés que caminham devagar
Pés de corça
Pés que pulam
Pés traiçoeiros que dão rasteiras
Pés teimosos
Pés inquietos
Pés de criança
Pés de velho
Pés de princesa
Pés de senhora
Pés vi muitos pés
Não sabem que um dia toparão com ela?
- Passos da morte.
Intrusa traiçoeira insiste
Em cruzar existências
Toldar caminhos
Interromper belos ou sofridos Passos.
Andem! Corram! Dancem! pensava eu;
Num velório de cabeça baixa
Eu via pés.
GARABATOS ...
Una hoja
En blanco
Un pincel
limpio
Tintas vírgenes
Manos ávidas
Lista para crear:
riesgos
garabatos
asteriscos
alimañas
carriles
sonrisas
indios
pistas
...
El blanco
se convierte
color
cifras
acción
Emoción en color
El creador se vacía
De su creatividad
Y sumergirla en la blancura del papel
Sin límites para la expresión
gratis
Pase el tamaño del papel
Contaminada.