Literatura
O rés do chão não serve à literatura. Está muito bem a construção civil, é cómodo para quem não gosta de subir escadas, útil para quem não pode subir escadas, mas para a literatura há que haver andares empilhados uns em cima dos outros. Escadas e escadarias, letras abaixo, letras acima.
Sofrer por amor, só faz sentido na literatura poética;
Pois na realidade, arde o coração como se não houvesse promessa;
Não gosto que digam que sou escritor nas horas vagas, somente porque não ganho a vida com Literatura: escrevo nas horas mais intensas da minha vida.
Cultura genuína é a arte (literatura, dança, música, desenho, pinturas, cinema, a produção que envolve a mente e o corpo em harmonia, etc.) e o seu instrumento é a criatividade. Se a criatividade é o produto da cultura genuína e esta tem por condição o exercício da liberdade e da autonomia, mesmas condições necessárias para o desenvolvimento humano, então o que representa a cultura genuína e por consequência a criatividade, representa também um meio positivo no processo de desenvolvimento humano e de bem-estar.
Dizem que a Literatura é um rio bravo que corre desbravando nossa mente. Eu discordo. A Literatura é o próprio oceano onde mergulhamos nossas vidas, sentimentos e navegamos com nossa imaginação. Sentindo a brisa-leve de um doce estilo novo que toca nossas profundezas transpondo a alma.
Toda a pretensa literatura de autoajuda ajuda mais o autor do que o leitor, o que vem justificar plenamente sua denominação.
A ciência e a tecnologia profetiza?
Prosa, poesia, literatura atual.
O pensamento, a filosofia milenar.
A ciência e a tecnologia estão a profetizar.
A fé, a igreja, a verdade, geração, filme anual.
A quem se interessa, da fome, da sede, so anseio.
O futuro está definido?
O livre arbítrio está corrompido.
Calado, silenciado, o grito.
Memory reporty, a nova lei.
Soldado do futuro.
Mente brilhante.
A pedra angular.
O livro da vida, a bíblia, o ouro, rubí, diamante.
Uma poesia casual.
Refletir.
Meditar.
Se estamos a seguir.
Dividir, o bem e o mau.
A loucura pela fé.
A loucura da cruz amar.
A loucura do comércio.
A alma a negociar.
Um ato de amor louco.
Intrínseco.
A esquizofrenia do mundo.
O intento do homem suicida.
A ciência tecnológica.
A loucura marginal.
Giovane Silva Santos
Literatura quântica
Quanticamente química.
Quanticamente fisica.
Quanticamente matemática.
Uma história do tempo.
Uma geografia de ondas.
A energia biológica.
A vida, o destino, regido velozmente, ferozmente.
Pulsos de atômicos moleculares.
Na frequência dos lunáticos.
O martírio da terra.
A programação e a excelência binária.
Bom, ao que nada sei, seria 1% de toda magia.
A estação espacial, o oculto da ciência e tecnologia.
A terra está sufocada, capturada, manipulada por uma rebeldia.
Oh imaginação de uma poesia, a mão de Deus, oh altíssimo crucificado, isso tudo, um vento impetuoso pode ser soprado.
O homem artificial, frustrado, derrotado.
Giovane Silva Santos
O brasileiro tem a obrigação de conhecer sua literatura, o mais poderoso e o mais fino instrumento de expressão da nacionalidade. Mas o ensino secundário, que abusa das obras literárias para fins de estudo da língua, não dá a orientação necessária.
Meu conselho é simples: não ler as histórias da literatura e não ler as obras de crítica literária antes das próprias obras. Ler antes as obras, e as histórias e críticas depois.
A literatura tem cidadania e capacidade social. Há outros escritores para quem o umbigo é o mais importante, mas para mim o mais importante é refletir uma sociedade, neste caso a cubana, para falar sobre os conflitos, contradições e esperanças do povo através da literatura.
Mais do que outras artes, são a Literatura e a música propícias às subtilesas de um psicólogo. As figuras de romance são - como todos sabem - tão reais como qualquer de nós. Certos aspectos de som tem uma alma alada e rápida, mas suscetíveis de psicologia e Sociologia porque - bom é que os ignorantes o saibam - as sociedades existem dentro das cores, dos sons, das frases, e há regimes e revoluções, reinados, políticas e - há-os em absoluto e sem metafísica - no conjunto instrumental de sinfonias, no todo organizado das novelas, nos metros quadrados de um quadro complexo, onde gozam, sofrem e misturam as atitudes coloridas de guerreiros, de amorosos ou de simbólicos.
Quando se quebra uma chávena da minha coleção japonesa, eu sonho que mais do que um descuido das mãos de uma criada tenha sido a causa, ou tenham estado os anseios das figuras que habitam as curvas daquela de louça; a resolução tenebrosa de suicídio que as tomou não se causa espanto: serviram-se da criada, como um de nós de um revólver. Saber Isto é estar além da ciência moderna, e com que precisão eu sei disso.
Diário de Bernardo Soares - pag. 341
Fernando Pessoa - Livro do desassossego