Literatura
No reflexo da poesia
Desorganizo o pensamento
Sou réu das palavras
Bem no fundo
Me revisto de céu
Para dominar a aflição.
Somos todos uma adição não muito subjacente ou combatente de meias palmas.Somos todos uma divisa – expressão recorrente ou pouco insipiente de meias panças.Somos todos uma fração não muito igual de meios termos e meias verdades.
Somos todos uma soma não muito congruente de meios papéis, ecos da pluralidade e política. Somos todos a resistência, e somos iguais –independentemente das incipientes e meias paixões.
Como seguir em frente? Cadê as palavras? Burguesas perguntas não há. O planeta navega a esmo, desejo e volatilidade da humanidade é porta aberta.
A vida acelera e quase macha... Sintonia nunca é regra, pode gerar angústias e selvas. A coisa é incerta e, não ficará pedra sobre pedra. Desmontam-me e quebram-me, sangro!
Corruptos e corruptores do passado, do presente e, fatalmente, do vindouro.
Ponham suas barbas de molho, ponham-nas de molho, mesmo as mulheres sem barba.
A pátria Brasil caminha a galope ligeiro, ordeiro, vanguardeiro, alvissareiro e justiceiro.
Montada numa verdadeira e necessária democracia do povo, pelo povo e para o povo!
Para terminar, em bom e claro português apenas digo:
Isso, com exclamações, sem qualquer reticência para o futuro.
Companheiros, camaradas e comparsas – cambada essa que acha que são – vamos lá!
E isso dá o que falar, não é um determinismo, pois o poder na língua portuguesa chama-se DESEJO.
Libertária, a biblioteca prisional, agente institucional e humano, provoca mudanças...
Empodera, encaminha, reduz a pena, converge novo planeais ao detento... Ousa transformar!
Memória no olhar, lugar de aprender e visualizar.
A memória provoca dores e amores, alívios e dissabores.
Há memória que enunciam gritos, tornam-se escritas palavras.
Há memória alinhada ao dever de ser esquecida ou revelada, cores jamais apontadas...
A memória avisa, protege, retalha, acaricia, alucina e nós decompõe.
Como podes me perder tão facilmente
se eu estava aqui o tempo inteiro?
Se eu morri milhares de vezes
pra te ver sorrir?
Se troquei o mundo
pelo teu abraço?
Se segui todos os
seus conselhos?
Se confessei a ti todos
os meus erros?
Se foi você quem
me fez sorrir?
Se foi você quem
me fez existir?
Como podes me perder tão facilmente
se eu estava aqui o tempo inteiro?
- ex amor
Talvez reflita sobre as vezes que falamos sobre sonhos, sobre a alegria compartilhada, sobre nossa intimidade.
Escrever é uma forma de prolongar a vida. Guardar pensamentos e sentimentos sobre tantas coisas, certamente me faria morrer mais rápido.
Sugeri que o que ele dizia estava em completa contradição com toda a ciência e com tudo o que a experiência comprovava. "Não", respondeu ele, "para mim, nem toda experiência tem qualquer significado. Não sou divulgador de teorias vazias, o que digo, eu mesmo comprovei e a um custo terrível. Há uma região do conhecimento que você nunca alcançará, a qual os sábios, vendo-a de longe, fogem dela como da peste, e eles fazem bem em agir assim. Mas entrei nesta região. Se você soubesse, se você pudesse ao menos sonhar o que pode ser feito, o que um ou dois homens podem fazer neste nosso tranquilo mundo, sua alma estremeceria você perderia os sentidos. O que você me ouviu dizer é apenas a superfície, a cobertura externa da verdadeira ciência, aquela ciência que significa morte, aquela que é mais horrível que a morte para os que a apreendem. Não, quando os homens dizem que há coisas estranhas no mundo em que vivem, eles nada sabem do medo e do terror que moram neles e ao redor deles.
- A Luz Interior
Sonhei que estava sendo investigado pelo FBI, e isso é muito bom, porque será explanada toda a beleza que há no meu íntimo. Belas verdades, belas paisagens e verdadeiras obras de artes.
Profetizo com certa tristeza o fim dos literatos, pois quem restará para entender seu linguajar prolixo, as nuances de suas minuciosas descrições de fatos ou personagens, a sutileza dos temas, a profundidade do enunciado.
O brilho nos olhos
E os sorrisos dos rostos,
Mostraram toda a sensação
Que é o viver,
O sentir,
A saudade em si...
Logo então
Vem o tempo
As mudanças
E seus momentos
Nortes, cortes
Sentimentos,
Instantes secos
Bagunça ao relento
História levada
Pelo vento
Memórias, histórias
Nortes, cortes
Sentimentos,
Bagunças que ficam
História não vencida
Pelo tempo