Lisboa
O que é ser sonhador?
Steve Jobs, sonhou e não apenas sonhou, persistiu, errou, batalhou é olha no que ele se tornou, Bill Gates também e assim poderia citar muitos outros.
Indo para nossa realidade, uma referência na capoeira, Mestre Camisa era é ainda é um sonhador é olhem onde ele chegou.
Sonhar faz parte do processo de evolução do ser humano, mais sonhar só se torna esse processo quando você sonha e põem em prática, sonhador é aquele que senta fica olhando para o céu pedindo a Deus que o sonho dele se torne realdade sentado em uma cadeira, este espera que tudo caia do céu, este é o sonhador que não consegue realizar os seus sonhos por ter medo de errar, medo do que os outros falem, medo de fracassar.
O verdadeiro sonhador, não tem medo de errar, pois ele sabe que se isso acontecer ele vai tentar de novo é o erro faz parte do processo do sonhador, ele persiste, ele luta, esculta palavras que tentam tirar ele do caminho do seu sonho, mais nada disso tira seu foco, porque acertando ou errando ele vai continuar tentando em busca dos seus sonhos.
Já o simples sonhador, esse vai continuar sentado na sua cadeira, pedindo a Deus que ajude ele, que faça as coisas acontecer sem ele levantar um dedo.
Orgulho de ser um sonhador, por ser um sonhador sou a pessoa que sou hoje, porque tudo o que eu sonho eu corro atrás de concretiza-los, me tornei a pessoa que sou hoje por conta de um sonho que tive na minha vida, me tornar o Josenilton o Buscapé que sou hoje, me torna o Professor de Capoeira que sou hoje, trabalhando por ela, vindo desde as bases construindo uma historia e quando eu morrer serei um eterno SONHADOR REALIZADOR.
Texto: Professor Josenilton Lisboa Buscapé Capoeira.
Teresina-PI
Meus pensamentos se perdem nesse mundo imenso cheio de dor e tristeza, mas como superar o mundo sem conseguir superar você mesmo?
O homem só deve satisfações à consciência, mesmo que para isso seja forçado a desdizer-se mil vezes, até estar certo de si.
Deserto
Perdido no deserto, carrego minha cegueira,
onde a solidão se expande em cada grão,
e as miragens dançam como oásis,
promessas escuto com anseio,
tecendo a mente em redes de delírio.
O chão arde sob meus pés, cada passo é um fardo,
a verdade oculta se revela, queimando os olhos,
ao enxergar além, tropeço no desespero;
a liberdade resplandece, mas a esperança se evapora,
como a carta funesta que ela deixou.
Caminho por este deserto de ilusões,
traços de luz que acentuam a dor.
E, ao final, pergunto-me com pesar:
sou eu o autor da minha narrativa,
ou mero espectador, à mercê de um show de Truman,
aprisionado na cena de uma vida encenada?
As formas, as sombras, a luz que descobre a noite
e um pequeno pássaro
e depois longo tempo eu te perdi de vista
meus braços são dois espaços enormes
os meus olhos são duas garrafas de vento
e depois eu te conheço de novo numa rua isolada
minhas pernas são duas árvores floridas
os meus dedos uma plantação de sargaços
a tua figura era ao que me lembro da cor do jardim.
Contar a vida pelos dedos e perdê-los
contar um a um os teus cabelos e seguir a estrada
contar as ondas do mar e descobrir-lhes o brilho
e depois contar um a um os teus dedos de fada
Abrir-se a janela para entrarem estrelas
abrir-se a luz para entrarem olhos
abrir-se o tecto para cair um garfo no centro da sala
e depois ruidosa uma dentadura velha
E no CIMO disto tudo uma montanha de ouro
E no FIM disto tudo um Azul-de-Prata.
Vírgula
Eu menino às onze horas e trinta minutos
a procurar o dia em que não te fale
feito de resistências e ameaças — Este mundo
compreende tanto no meio em que vive
tanto no que devemos pensar.
A experiência o contrário da raiz originária aliás
demasiado formal para que se possa acreditar
no mais rigoroso sentido da palavra.
Tanta metafísica eu e tu
que já não acreditamos como antes
diferentes daquilo que entendem os filósofos
— constitui uma realidade
que não consegue dominar (nem ele próprio)
as forças primitivas
quando já se tem pretendido ordens à vida humana
em conflito com outras surge agora
a necessidade dos Oásis Perdidos.
E vistas assim as coisas fragmentariamente é certo
e a custo na imensidão da desordem
a que terão de ser constantemente arrancadas
— são da máxima importância as Velhas Concepções pois
a cada momento corremos grandes riscos
desconcertantes e de sinistra estranheza.
Resulta isto dum olhar rápido sobre a cidade desconhecida.
E abstraindo dos versos que neste poema se referem ao mundo humano
vemos que ninguém até hoje se apossou do homem
como o frágil véu que nos separa vedados e proibidos.
Continuar aos saltos até ultrapassar a Lua
continuar deitado até se destruir a cama
permanecer de pé até a polícia vir
permanecer sentado até que o pai morra
Arrancar os cabelos e não morrer numa rua solitária
amar continuamente a posição vertical
Uma vida esquecida
Eu conheço o vidro franja por franja
meticulosamente
à porta parado um homem oco
franja por franja no espaço
meticulosamente oco uma porta parada.
Um relógio dá dez badaladas ininterruptamente
dez badaladas por brincadeira dança
um homem com pernas de mulher
e um olhar devasso no Marte
passo por passo uma criança chora
uma águia e um vampiro recuados no tempo.
Naquela madrugada que você me deixou
eu perdi os sentidos, os rumos de casa, até o meu nome, qualquer um na rua poderia chamar-me de TU.