Lisboa
sempre me falaram pense no futuro, na boa nunca gostei muito de ouvir esse tipo de coisa, pois nao concordo com isso. Pra mim o meu futuro foi o ontem que antes pensava ser o futuro. aprendi a viver o presente antes de pensar no futuro
Sabe quando tudo que você acha que nada mais no mundo pode ocorrer, aquela coisa que seria a ultima que você esperaria aconteçesse e ela aconteçe, agora como agir com isso?Na boa eu não tenho ídeia mas sei que espero o tempo passar para tomar a melhor decisão.
talvez com a tua viajem para algum lugar distante. eu tambem tenha viajado mas em meus pensamentos.Quando parava e olhava para o nada só o que via era teu rosto, sentia o teu cheiro, queria que estivesse aqui comigo me beijando nos divertindo, sei que tera que ficar mais alguns dias fora mas não sei se aguentarei
posso ter lhe dito varias vezes que eu ti odeio mas no fundo casa eu ti odeio significava varios eu ti amo, parece que fica mais facil dizer que ti odeio do que ti amo. Saiba que toda vez que digo isso é só mais um eu ti amo pra minha coleçao
É tão difícil ser a gente mesmo
Às vezes deixamos de fazer o que queremos pra ver alguém feliz, quando na verdade estamos carentes de felicidade
Quando toco em você já não te sinto mais com a alma. Parece que algo morreu e o que ficou já não é tão relevante
Eu poderia te tratar da mesma forma que me tratou .
Mas vou ficar bem , de você tenho dó quando a sua consciência te cobrar nas madrugadas.
As formas, as sombras, a luz que descobre a noite
e um pequeno pássaro
e depois longo tempo eu te perdi de vista
meus braços são dois espaços enormes
os meus olhos são duas garrafas de vento
e depois eu te conheço de novo numa rua isolada
minhas pernas são duas árvores floridas
os meus dedos uma plantação de sargaços
a tua figura era ao que me lembro da cor do jardim.
Contar a vida pelos dedos e perdê-los
contar um a um os teus cabelos e seguir a estrada
contar as ondas do mar e descobrir-lhes o brilho
e depois contar um a um os teus dedos de fada
Abrir-se a janela para entrarem estrelas
abrir-se a luz para entrarem olhos
abrir-se o tecto para cair um garfo no centro da sala
e depois ruidosa uma dentadura velha
E no CIMO disto tudo uma montanha de ouro
E no FIM disto tudo um Azul-de-Prata.
Vírgula
Eu menino às onze horas e trinta minutos
a procurar o dia em que não te fale
feito de resistências e ameaças — Este mundo
compreende tanto no meio em que vive
tanto no que devemos pensar.
A experiência o contrário da raiz originária aliás
demasiado formal para que se possa acreditar
no mais rigoroso sentido da palavra.
Tanta metafísica eu e tu
que já não acreditamos como antes
diferentes daquilo que entendem os filósofos
— constitui uma realidade
que não consegue dominar (nem ele próprio)
as forças primitivas
quando já se tem pretendido ordens à vida humana
em conflito com outras surge agora
a necessidade dos Oásis Perdidos.
E vistas assim as coisas fragmentariamente é certo
e a custo na imensidão da desordem
a que terão de ser constantemente arrancadas
— são da máxima importância as Velhas Concepções pois
a cada momento corremos grandes riscos
desconcertantes e de sinistra estranheza.
Resulta isto dum olhar rápido sobre a cidade desconhecida.
E abstraindo dos versos que neste poema se referem ao mundo humano
vemos que ninguém até hoje se apossou do homem
como o frágil véu que nos separa vedados e proibidos.
Continuar aos saltos até ultrapassar a Lua
continuar deitado até se destruir a cama
permanecer de pé até a polícia vir
permanecer sentado até que o pai morra
Arrancar os cabelos e não morrer numa rua solitária
amar continuamente a posição vertical
Uma vida esquecida
Eu conheço o vidro franja por franja
meticulosamente
à porta parado um homem oco
franja por franja no espaço
meticulosamente oco uma porta parada.
Um relógio dá dez badaladas ininterruptamente
dez badaladas por brincadeira dança
um homem com pernas de mulher
e um olhar devasso no Marte
passo por passo uma criança chora
uma águia e um vampiro recuados no tempo.