Lisboa
O sol continua brilhando acima das nuvens durante a tempestade. E quando ela acaba, ele traz consigo um lindo arco-íris.
Depressão é excesso de passado, ansiedade é excesso de futuro, e equilíbrio é plenitude no presente.
Se você adicionar um pouco de água limpa à água suja, ela continua suja. Mas se colocar um pouco de água suja na água limpa, ela se contamina. Por isso, ao tentar influenciar alguém para o bem, tome cuidado para não ser influenciado para o mal.
Algumas dores pedem palavras, enquanto outras só aceitam o silêncio. E há momentos em que o melhor a dizer é não dizer nada.
O fim da corrida é o momento em que o atleta está mais cansado. Mas também é o momento em que está mais perto do prémio.
Tanto o escritor quanto o leitor são transportados para um novo mundo — a diferença é que o escritor tem o poder de moldá-lo.
Se o que você está escrevendo ainda não faz seus olhos brilharem, seu coração acelerar e sua alma vibrar, então continue até que isso aconteça.
O meu rio de contos
De belezas naturais,
Era o mais bonito
De todos mananciais,
Hoje agonizando
Em coliformes fecais...
Trecho do poema . Água Preta - o rio
Da minha infância.
"Rostos angelicais com sorrisos serenos
não me conquistam, pois são cartão de visita
apresentado pela maldade."
Sei que todos nós devemos e temos a obrigação de sempre buscar a evolução e o conhecimento para podermos, com consciência, ética e responsabilidades, elevar a vida e o bem estar dos que estão a nossa volta e de todos os que caminham conosco nesse planeta. Mas se não buscarmos esse progresso em nossas vidas, iremos ficar na dependência de outros e assim perder a oportunidade de contribuir com a nossa própria felicidade e deixar de levar, a energia da vida, para os nossos companheiros de viagem. Por isso, fico muito grato por ingressar na ISEL e encontrar grandes mestres, repletos de conhecimentos e sabedoria: que muitos almejam e buscam... Mas se deixam levar pelos obstáculos da vida e perdem a oportunidade de beber dessa fonte que alavanca o mundo, transformam vidas e deixam legados de conquistas, realizações e esperanças para aqueles que futuramente continuarão com a nossa caminhada.
De onde menos se espera é de lá mesmo que não vem nada.
Toda vez que lembro da frase atribuída ao Barão de Itararé, penso no colega na faculdade de Direito do Mackenzie o Ugo Miano.
Foi dele que a ouvi pela primeira vez.
Também não esqueço o barril de vinho transformado em bar que ele me deu, que ficou na minha sala na Rua José Maria Lisboa 586 em São Paulo.
O Ugo não frequentou muito a minha casa, casou logo nos primeiros anos da faculdade e passou para o rol dos homens sérios.
Mas a casa da Rua José Maria Lisboa ainda permaneceu por mais de uma década, reduto dos solteiros e descasados jovens, uma mistura de gente com muita vontade de tirar da vida tudo o que de bom ela poderia oferecer.
Originalmente casa dos meus avós paternos, o imóvel sofreu dezenas de reformas e ampliações, inclusive incorporando o terreno vizinho. Tinha uns oitocentos metros quadrados de terreno e uns mil e duzentos de construção. Fora os puxadinhos.
O endereço era famoso. Tinha O Paparazzi, restaurante bar cujo lema era “Gente bonita se encontra no Paparazzi”. Criação dos amigos Vitinho Arouca, Costa, Chiquinho Ceni,Tico, Mendel, o primo dele e claro eu mesmo, o movimento de carros na porta parava o trânsito nas noites de sexta-feira e sábado.
A presença gente bonita e badalada era incrementada pelos sócios todos muito populares, das garotas bonitas que os acompanhavam e de um "extra-plus" que eram as moradoras do pensionato para modelos iniciantes que eu mantinha nuns cinco ou seis quartos do casarão. Às vezes chegavam a ser vinte!
Uma coisa puxava outra e o Paparazzi beneficiado pela presença das modeletes atraia outras garotas que tinham no mesmo endereço o Estúdio Marinho Guzman, sem falsa modéstia especializadíssimo na descoberta de garotas bonitas com sonhos de estrelato, isso muito antes dos models of the year que fizeram tanto sucesso anos depois.
Eu diria que para mim o casarão da Rua José Maria Lisboa foi o mais próximo do paraíso que eu com trinta anos poderia imaginar.
Tudo passa e tudo passou, apesar de trágicas e prematuras baixas, como o Alemão e do Paulinho Baixaria, dois entre tantos amigos que marcaram época.
Hoje dá para ver no Facebook dezenas de amigos da época e como cada um deles seguiu a sua vida, tendo constituído ou não família, muitos, bem-sucedidos ou pelo menos fazendo o que sempre gostaram.
Essa mistura de “atividades” não se enquadra no título, mas foi uma bela lembrança.
Na José Maria Lisboa por menos que qualquer um esperasse, quase tudo acontecia.
A vida é um eterno pôr-do-sol
É como as águas vertidas do Tejo
Quando tudo finda é onde tudo principia
Caminho
Na estrada do tempo
Irrealizável, do trajeto
Do indivíduo individualista.
Procuro em mim...
Não encontro no mundo.
Deixo esta estrada,
De linhas desalinhadas.
Deixo esta origem,
De amores e desiludidos.
Que Lancem quimeras
No caminho, quiçá feras
De tantas outras esferas.
De novo encontro
Na amplidão do horizonte,
Minha sina defronte.
Felicidade
É estado de espírito provisório,
É manobra circense constante
Todos os dias!
Vem e vai,
Volta e vai,
Nunca fica...
Vai embora com o circo,
Alegrar gente feliz.