Lisboa
Não procure mudar oque não pode ser mudado... As pessoas, elas vão e vem e não há nada que você possa fazer. A vida se trata sobre isto, tem coisas que realmente não estão aos nossos alcances e a única coisa que podemos fazer é melhorar a maneira com que reagimos.
Aproveita o momento, ele passa mais rápido que tu imagina.
O que somos afinal? meros espectadores do fluxo eterno do universo, buscando significado em nossas próprias sombras?
Falar em saudade dói, mas viver de saudade é como viver no pretérito do passado imperfeito, procurando corrigir um futuro mais que imperfeito. Alego em mim verdades que além de não serem sórdidas, são irreais até pra mim, busco nelas refúgio de algo que não vejo e nem sei oque se trata, pois ainda vivo na grande complexidade da mente de uma criança que um dia sonhou em ser adulto. Pro muleque que queria ser polícia, vive hoje como refém, refém da própria mente preso em uma grande chacina chamada estatística.
Existe uma distância entre sentir falta e sentir saudade.
Se sinto falta, há substituição
Já a saudade, Ah! Essa não.
Emblemático e Mudo
São portas salas e quartos
Talheres gavetas e mesas
Pessoas e lugares
Roupa espelho e sobremesa
Nada como lúcido
Emblemático e mudo
E não perder o centro
Quando forem os escudos.
Com as perdas que a estrada
E o tempo vem me proporcionando
Passei a usar os freios com tanta intensidade
Que outro dia tive que ir pro acostamento
Pra não ser atropelado por uma carroça
Puxada por um jumento.
Aí parei, e pensei.
Coitado do jumento
Na descida carroça não tem freios... Liko Lisboa
Amanhã será um novo dia
E o maestro e sabio tempo,
É quem nos regerá,
Ao sol do Novo dia,
O nosso destino
Ele nos guiará,
E debaixo das suas asas
Me abrigo dos temporaes,
E com noites tranquilas,
Terei sonhos celestiais... Liko Lisboa.
Eu não tenho medo do bote da cainana
Nem das garras afiadas da suçuarana
Eu levo azagaia quando vou pra feira
Tenho pra quebranto Joana benzedeira
Quero não ter medo
Para poder ter coragem
De enfrentar o negror
Onde não há claridade
Quero não ser a gota
Que macula o pranto
Nem a ponta fina
Que lanha no ponto
E do graveto eu sou braúna
Eu dessarumo o que você arruma
Da tempestade eu sou a bruma
Os olhos da cidade
É uma lacuna
Pra viver, pra chorar
Pra cantar por ai..Desafiando as garras-Liko Lisboa.
Não contei meus segredos para o medo
Para me chantagear impondo medo
O escuro transforma em claridade
Se sinto saudade ou desapego
Seguro em sua mão e nada falo
Só para Deus eu conto meus segredos
Liko Lisboa.