Lirismo
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto espediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas.
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar & agraves mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare.
- Não quero saber do lirismo que não é libertação.
O que o lirismo ocidental exalta não é o prazer dos sentidos, nem a paz fecunda do casal. Não é o amor satisfeito mas sim a paixão do amor. E paixão significa sofrimento.
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com o livro do
ponto expediente protocolo e
manifestações de apreço ao Sr. diretor
Estou farto do lirismo que para e vai
averiguar no dicionário de cunho
vernáculo de um vocábulo
Abaixo os puristas
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clows de Shakespeare
-Não quero mais saber do lirismo que
[não é libertação.
Tenho Alma de Artista
O lírismo de Vínicius me Seduz
Morreria ao ter que escolher entre o Jazz e Blues
Me embriagaria de vinho discutindo Tarantino
Possuo a ironia de Chaplin
E a irreverência de Piaf
Construo imagens irreais como Van Gogh
E Pinto cenas de Almodóvar.
Sou inconstante como Morrison
E eterno como os Beatles.
Tenho sonhos intangíveis como Clarisse
E inovadores com Bowie
Sou surpreendente como Hitchcock
E apaixonante como shakespeare.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare
- Não quero saber de lirismo que não é libertação.
Sinta, respire, observe o momento, pois ele poderá te dar o lirismo entre as amizades, a beleza das flores, o colorido da natureza e a suavidade das formas.
Melancolia, disfarçada num lirismo bêbado
Perde-se em palavras, cai no delírio.
Fica à margem da tristeza foge à razão
Ignora o que é régio, encontra seu coração.
Sabe, no fundo eu sou um sentimental
Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo...(além da
sífilis, é claro)*
Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar
Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora...
Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feito
Desencontrado, eu mesmo me contesto
Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Me assombra a súbita impressão de incesto
Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadora à proa
Mas o meu peito se desabotoa
E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa
Pois que senão o coração perdoa...
O lirismo em minha alma canta
com ele vou construindo uma ponte
e entre fantasia e realidade
vou em busca de um novo horizonte
Eremitando
Na solidão me entrego,
entre olhares perdidos,
Erguidos em escapismo.
Lirismo encoberto.
No horizonte me enterro,
neste luto eterno,
entre meu mundo interno,
e a realidade que impera.
Quisera eu poder inventar
minha quimera,
e dela fazer minha existência,
substância, essência.
No amor. Acredito sim.
Emoção e lirismo
Espera e encantamento
Não enfrentar as adversidades sozinha.
Esse amor safado, esdrúxulo!
Exorbitantemente excitante!
Que nos silêncios das noites sem lua,
Pergunto se realmente mereço.
Dar-te-ei minhas mãos
E que o fogo do amor seja intenso
E não se consuma num ligeiro borrifar de lava.
LIVRE
Sou verbo,
pronome, e algarismo,
eu sou!
arte, riqueza, lirismo,
Sou água,
pedra, terra, ar,
eu sou!
céu, estrelas, luar,
Sou morte,
tristeza, ódio, dor,
eu sou!
vida, flor, amor,
Sou paz,
tempo, cor, espírito,
eu sou!
humanidade, ciência, mito,
Sou fim,
da métrica e da rima,
eu sou livre!!!
porque sou eu, a poesia.
O lirismo da metrópole.
Coisas paradas
Coisas marcadas
Negócios fechados
Retratos falados
Retratos falantes
Criticas da ética
A ética dos hipócritas...
La fora a poluição
La dentro o descaso
Mentiras alheias
Verdades ocultas
Ainda da pra ser feliz!
Tudo o que dueu em nós
Não tem valor alem dos dos bens.
Fundamental e ser igual
Onde tudo e diferente.
Descobrir longe tudo
No lirismo dos desejos
A felicidade, vamos lá, óh minha gente!