Linhas
Não comece a escrever sem saber aonde ir. Em um bom conto, as três primeiras linhas têm quase a mesma importância que as três últimas.
Nada se materializa-ra enquanto nossas ações não transpassar as linhas imaginarias dos nossos pensamentos.
Linhas em, em ondas
Com desfecho, me prendo
..No mar me acalento
....De ondas ao vento
......Em pleno sonhar
....Sempre me lembro
..Do meu amigo tempo
Que tudo me leva
..Sem mesmo esperar
....De acordo som da bela
.....Mar-é, quem me convida a entrar
......Em ondas, em caos
.....Uma paisagem banal
....Mas se vista de dentro
...Tão plena e serena
..Convite mortal
.Para um corpo carnal
Mas que alma deseja
.Alcançar
..Amigo eterno
...De corpo etéreo
..Me convide a entrar
Em dunas salgadas
.Numa xícara de chá
Me convide a tomar
.Porque você, oh tempo
Me afasta do Mar
.Em um eterno
Sonhar.
Att. Aurora N. Serra de Mendonça
Ando ganhando sorrisos e anestesiando olhares
Com passos traçamos linhas, deixamos marcas e alcançamos metas
Solidificamos relações, provisões, sonhos, projetos e objetivos.
Não entendem nada do que somos, somos andarilhos numa terra de passagens.
As linhas contínuas, sem dúvida, dão mais estabilidade e mais direcionamento a qualquer texto, mas não significa que aquelas entrecortadas não possam conduzir também uma história firme, coerente e real.
Nara Minervino
Brilhante Escuridão
Minhas linhas escritas com rimas.
As vezes parecem vazias.
Vazias pela falta de fraternidade.
Que me causam um enorme conflito.
Uma enorme calamidade.
Fazer do frio, calor.
Da tristeza, amor.
Do pequeno tempo, uma eternidade.
Sigo vagarosamente pensando.
Será que vale apena ser autor?
Será que só eu espalho amor?
Será que só eu transformei o meu frio em calor?
Não se esqueça, quando digo frio, não digo do corpo.
Digo do que tens na cabeça.
Digo de toda maldade e superação, de todo medo e maldição.
Sua mente nunca estará em vão, meus versos vieram de uma imensa escuridão.
Diz-me que hei de ser um jovem amargurado, Perturbado pelas linhas do tempo, infernizado
Pelo forte vento gelado.
Inexplicável são as dores
Sombrias de um passado de horrores,
Que fez-me viver em demasia.
Carrego o tormento da filosofia interna,
De saber que o sofrimento é temporário,
Mas as dores serão eternas.
Quantas verdades ainda cabem nessas linhas?
Sei que o quadro da vida ainda necessita de tinta
Diga aos filhos teus que eu renasci da cinza .
Que animal serei eu.....
Fruto de uma vida de fantasmas
Resultado de umas linhas de vida incompreendidas
Serei humano?
Que farei aqui
Porque andarei por cá...
Qual a minha missão perante alguém
Porque me mantenho cá
Dúvidas sem capacidade de resposta
Acordei deitado no chão da rua,olhando o céu,mas ele a mim nada me disse,esperava uma ajuda de um abraço destas nuvens que teimam em não abrandar,deste sol que rompe e que me ilumina,mas a minha sombra não me larga,tento que ela se vá,mas é um amor incondicional que veio sempre comigo,esperava um aperto de mão deste vento,esperando que me leve para deixar de ver a minha sombra,o meu eu,a minha figura
Sinto que o meu respirar cada vez mais fraco,os meus olhos deixaram de ver,deixei de sentir o palpável dos meus dedos, apetecível ir....... apetecível saber o que existe para lá.... apetecível o conhecimento que por mais que estudem nunca iram saber
Assim já não serei nem humano nem animal,serei imortal...assim ainda respiro
(Adonis Silva)2020)®
Se por acaso percorreres estas linhas espero que sinta-se em casa, pois cada palavra é um pedaço de uma alma onde fizestes morada. Se por acaso estiver a percorrer estas linhas, sinta-se abraçada. Se teus olhos esbarrarem com estas letras, enxergue com o coração. Se por acaso isto chegar até você, saiba que tua essência refletiu à mim um bem singular. Se andares por aqui, deixe pegadas, porque quando vens, tua luz me faz ver um mundo melhor. Se vieres até aqui, sinta a paz de um sentimento que apenas procura lhe enviar energia. Se estiver presente neste trecho, saiba que o amor é o princípio de cada entrelinha que lhe enviei. Se me lê agora, tenha certeza de que quero vê-lá feliz, de verdade. E se ainda estiver entre estas linhas, saiba que minha gratidão é enorme, por tudo que me proporciona, com tua arte e alma, ainda que as cortinas estejam fechadas e a dança em silêncio.
Ansiedade: viver dividido em duas linhas de pensamentos. Escolha uma e trilhe por um caminho que te leve a grandes emoções.
As Linhas
Disseram pra Vânia que as linhas das mãos guardavam e guiavam seu destino.
Estava tudo ali na palma das mãos, determinado, sacramentado, no desejo intransponível do destino.
Era só interpretar as linhas... tantas linhas...
para cima...
para baixo...
em retas...
em diagonal...
formando hexágono, que Deus havia carimbado em sua mão.
A mão, um deserto cor de rosa, riscado de linhas falantes, para que o caminhante não morresse de sede e descortinasse o futuro.
As respostas estavam nas linhas que riscavam a palma da mão, mostrando o caminho e iluminavam as suas decisões.
Buscava sempre nas linhas, destinos a serem realizados e sonhos que sonhava.
Era uma busca incansável de premonições, ir a adivinhos, sensitivos, para desvendar e achar os mais curtos caminhos nas linhas das mãos.
A busca se tornou a razão da vida de Vânia. Viajava, andava longe, por estradas esburacadas, em casas escuras cheirando a velas queimadas, acreditando na imaginação dos sensitivos às suas mais íntimas indagações.
Assim caminhante da Roda Viva, pelas leis do Karma, Vânia procurava o destino na magia e no mago, nos desdobramentos de suas forças, o julgamento de sua vida para alcançar o sol da eterna felicidade.
Ora diziam que havia um moço claro e Vânia jogava p’ro alto sua sorte, e fazia uma mudança radical em sua vida.
Sua vó alertava:
— A vida tem que ser uma oração.
Vânia subia até as estrelas em sua nova esperança e nesta aventura, aparecia um louco que só queria aventuras e incertezas.
Sua mãe dizia:
— As respostas estão em você, abrace sua fé.
Vânia por tempos aquietava a ilusão, mas, o seu medo pela vida, ressuscitava as incertezas.
Sua irmã exaltava:
— Encontre seu próprio rumo e confie em você mesma.
Vânia, já mais velha e madura desanimada na busca e sentido da vida desejava agora uma harmonia sobrenatural, a temperança e sua auto realização (o mundo).
Agora tinha certeza de que o mundo não guardara p'ra ela nenhum amante loiro nem moreno. Lia as cartas de previsões e se embaralhava nas linhas escritas. Até que um dia, Vânia de tanto reler as cartas, não saía mais do quarto e todo mundo pensava: "Deve estar lendo as linhas e previsões.”
O sol se aproximou da Terra, secou o orvalho da manhã e Vânia não apareceu para o almoço.
Bateram, bateram na porta do quarto...
...não houve resposta. Quando abriram encontraram Vânia enrolada como um novelo de linha.
Linha de tudo quanto era jeito:
linha de retroz
linha de bordar
linha de carretel
linha grossa
linha fina...
Vieram suas irmãs, Vera e Virgínia, correndo e não sabiam se chamavam um médico, o curandeiro ou o sensitivo.
Vânia estava enrolada e embaraçada nas linhas.
Foi um reboliço. Tinham que achar o fio da meada e desenrolar as linhas que amarravam Vânia.
E tinha que ser rápido. Deu uma trabalheira danada, dia e noite, Vera e Virgínia se revezavam para desenrolar as linhas que aprisionavam Vânia.
Precisava pressa, pois, ela já estava pálida, acinzentada, não falava, estava cabisbaixa, enquanto as irmãs desenrolavam linhas... e mais linhas...
Eram tantas linhas... linhas da vida agarradas à Vânia.
Passaram dias e noites. Vera e Virgínia se revezando.
- Venha rápido, pedia uma, vamos deitar Vânia, já está quase no fim do “enrosco”.
As duas pegaram com afinco a tarefa. Vânia ainda de pé rodopiando, para desenrolar o “enrolo”.
Quando acabaram, levaram um grande susto, só restava de Vânia as suas sapatilhas.
Aí, elas concluíram que Vânia também virara linha, tinha corrido tanto atrás das linhas, que se embaraçou, se perdeu, não escreveu nem uma linha da sua vida, que minguou, minguou até virar um
FIO DE LINHA!
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Linhas desordenadas sem a correção do word. Amassar o papel e jogá-lo na lixeira, não na virtual, mas na física mesmo, que costumava ficar lotada de rascunhos, ali, logo ao lado de nossas mesas ou abaixo delas. Outono em Copacabana, Maeve Phaira
Nossas linhas
Há um pouco de ti nestas linhas?
Percebeste nestes versos?
Percebe meu amor nelas gravado?
Esta leitura te traz momentos do passado?
O tempo da nossa ternura tentei gravar aqui...
Está tudo na minha memória.
Nosso amor, nossa história.
Estes versos te abraçam?
Minhas palavras com carinho te enlaçam?
Meu amor nelas consegues ver?
O que de nós aqui lês?
O meu amor por ti nunca teve fim.
Tu sempre foste... e ainda és... tudo pra mim.
Esta voz silente grita...
Meu amor por ti é atemporal...
De infinito a infinito jamais encontrarás outro igual.