Linhas
LINHAS E LINHAS
Esse sentimento tênue.
assim como a linha da vida
essa vida pra valer...
Pela escada condenada
e na linha de escrever.
Essa linha toda fina
que desatou da minha roupa
essa roupa feita de linha
pela sala, pela cozinha
até na colher de sopa.
E essa linha do meu linho
do vestido e do meu terno
da pipa atiçada ao vento
a linha do meu silencio
despertada por um berro.
Linha de ferro e aérea
linhas traçadas em bilro
linha da vida e do morte
linha do sul e norte
linha disso ou daquilo.
E essa linha telefônica
que leva os recados meus
linha da encruzilhada
para o cão ou para Deus
linha dos evangelista
que um dia foram ateus.
Linha d'aquela toalha
que enxugou o rosto do home
do pano que cobriu o pão
do gasto que te consome
linha que pescou o peixe
do ficar e não me deixe
e do rasgo do lobisomem.
Linha da seca e da chuva
que caiu lá no agreste
das divisas e ignorâncias
daquele cabra da peste
linha da noite e do dia
linha da dona Maria
a rendera do nordeste.
Tantas linha que alinha
ate os meridiano
linha dos sonhos e planos
linha que desalinha
pelas mentiras do fulano.
Antonio Montes
Djamass -
Uns estão a brilhar, enquanto um gajo está a iluminar/
Não estou atrás das linhas inimigas, como Roel estou a minar/
Na estrada com 2 asas de borboleta pra dar direcção/
Vendo vocês lá na via, na via de extinção/
O segredo é o esforço que vira força motriz/
Nem parece fui aprendiz/
Sarrou a ferida, ficou cicatriz/
Se a kota apoiou, então sou a actor e ela atriz/
Desculpa é aquela base, é que com ela estou feliz/
Nunca fiz um trabalho e que culmina com matriz/
Mato boys, frito beatz e essa fusão me leva a París/
Mas foi com tempo que melhorei a minha situação/
Não dá para ser museu pra pôr o passado como inovação/
O que fui é história, o que sou é o que importa/
Estou num carro que é o Deus quem me transporta/
Sem versículos, ele diz: meu filho se comporta/
Saiba cultivar, proteja tua horta/
(Parte2)
A chuva vem de cima e o arroz vem do matope/
Estás em cima vais cair, estás no chão, vais ao top/
E eu assim num perfil que representa um PALOP/
Sem Skuad eu sou fly, eu racho você rompe/
Estou sentado em painville, daqui a pouco no NUFORPE/
Acordei a juventude, fazendo txeda e isso ficou Dope/
Sem ser melhor que ninguém/
Do zero pra um alguém/
Um gajo não bate bem/
Mas se queres diss aqui tem/
Entrei vazio, tenho tudo, não há espaço pra acostagem/
Dos meua hits fazes os teus, safoda tua pilhagem/
Estou a bulir sem e de carreca, tenho Freitas como Nelson/
Não ruas sou Most wanted, wanted como kelson/
Não foi fácil afastar a desgraça da panela/
Hoje apanhas fumo que te atrai directamente da janela/
Não tem como esquecer que fui o pior das favelas/
Mas sálarios pelos diplomas hoje atraem essas donzelas/
O VOOU
O pássaro, voou, voou...
Sem plano de voou
sem rota transada...
Sem linhas paralelas,
meridiano... Nada, nada!
Voou solto pelo ar,
com seu instinto desconfiado
voou, voou... Vou por aqui,
por ali, voou por todos os lados...
Voou como voa um Pássaro alado,
lado a lado com sua amada
planado em seu navegar, voou...
Voou pelo passado, pelo futuro
pelo presente, condenado
e pelos planos tortos desajeitados.
Voou pelos rios sobre serras
sobre vales sobre as relvas...
por cima das casas e serras,
voou sobre ventos, como palmas
... Batendo as asas sem oração
navegando sob o tempo
articulando as válvulas do coração
... Correndo sangue pelas veias, meias
lua cheia, nova, quarto crescente
pela seca pelas enchente d'água
e de gente, voou, voou...
Na mais perfeita circulação.
O pássaro as vezes, faz do meu varal
um aeroporto sem sinais e posa...
Pousado caga, caga, caga...
Caga toda hora, caga no agora
logo mais, sem controladores de voo..
salta para o tempo, e vai embora.
Antonio Montes
Caneta e papel nas mãos para escrever, é andar pela estrada do coração.
Lagrimam as linhas e oculta nas entrelinhas a angustia do tempo-espaço, o tempo é lento enquanto a caneta desliza pelo papel, escrevo com cuidado para não perder o espaço entre a poesia e o coração.
Inspiração rsrsrs
Quem é capaz de ler as linhas invisíveis do tempo, sabe que não se pode perder o hoje esperando o amanhã.
Tua capa és bela
Teus pensamentos são linhas
Como linhas de um livro
De um livro semi-aberto
Que você lê alguns versos
E tais versos como, tão singulares
Que te enfeitiçam.
Em querer conhecer toda sua trama.
Entre pontos e linhas
Eu devo estar louco
Por estar agindo assim
Morrendo pouco a pouco
Esquecendo até de mim
Se olho as estrelas
Procuro lhe encontrar
Queria muito vê-la
Tantas coisas para contar
Você é um mistério
Difícil decifrar
Entre pontos e entre linhas
Estou a navegar
Já não penso mais em mim, somente em ti. Este verso sem rimas e sem linhas certas é para te dizer tão somente que és dono de um coração.
''A terra é livre por inteira assim como o homem, mas foi traçado por suas próprias mãos linhas de divisão sobre a terra e sobre si mesmo limitando ambos, onde se denominam países, e nestes países o patriotismo gerou bandeiras, meros pedaços de tecidos, onde o homem decidiu que é mais sábio e honroso matar e morrer pela sua própria ilusão.''
Estou eu aqui acolhida em minha alcova traçando algumas linhas trazidas das profundezas do meu mais inexplorado íntimo e as mesmas estão me levando a um estado de insanidade momentânea que me alucina e me entontece.
Autora A.Kayra
LINHAS VULNERÁVEIS DA SAUDADE
Forrei meu caminho de amor
Como a lágrima que sorrir
Mergulhei na alegria da tua alma
Num abraço que chora
Arrancando do peito
A única lágrima que me restava
Nas forças que poupei
Quando desastradamente passou por mim...
Sigo atônito nas linhas indecifráveis do tempo
Busco-te nos meus pensamentos noturnos
Em Frases cortadas pelo silencio
Ate que os sonhos novamente batam a porta
Folheio-me nas páginas da vida
Despertando em meus anseios ocos
Encontrando recordações impalpáveis...
E nessas linhas vulneráveis
Sou apenas resquícios de vida
Flutuando em tuas saudades
Você e Eu
Tuas curvas, singulares me arrepia.
excita, provoca ...
de linhas a frases controversas do nosso amor,
Carecidamente me tocando,
como fronteiras que vem e vão,
como o tempo
Que preenche minhas linhas mais curtas, cursivas, intensivas...
resistindo ao teu toque mais perverso!
Praticando em mim, suas objetivas
intensões amorosas
Trazendo-me a pós ressuscitação,
Dos teus contos constantes
Traga-me vagamente ao teu toque,
que nele posso sentir,
Preencha-me- com o teu calor
Que nele posso nascer de um verdadeiro amor.
A cor do mar lembram seus olhos.
São linhas tracejadas no horizonte de teu rosto.
Rochedos alcantilados que recordam a dureza que tantas vezes vi surgir.
A mesma cor, as mesmas linhas, a mesma dureza que tantas outras vezes me esforcei para esquecer.
Mas, se mesmo assim, tão falho que sou; ao me ver incapaz de apagar lembranças passadas; deixo então que as recordações tomem conta de mim e me embalem. Deixo que cada cor e cada traço se transforme na beleza cênica de um por-do-sol.
Seus olhos refletidos neste mar sem fim.
Por fim, é como se cada matiz e cada linha no horizonte sorrisse para mim. Então, sorrindo, me senti em paz por ter tido a oportunidade de sentir o carinho teu.
Queria saber escrever... Dessa forma, eu poderia devanear e me entregar ao traços das linhas bordadas. Se eu soubesse escrever, iria dedilhar poesias, inventar amores e reviver sonhos. Queria ser escritor pra esquecer da realidade e viver de verdade. Viver no mundo das idéias, das rimas e dos sentimentos. Se eu fosse escritor, ditaria nas linhas, a história de alguém que queria aprender a escrever...