Linhas
São tantas linhas de pensamentos possíveis, todas levam a outros pensamentos equivocados, o que me da à certeza, de que nada é certo, porém, nem tudo é incerto. Apenas depende do acaso, o que remete a toda incoerência do que está escrito até então, e que também não deve-se descartar de forma alguma. A verdade é vista de varios angulos, a equação é resolvida de outras formas e o resultado mesmo que aparentemente seja o mesmo, será que esta correto? pra que perder tempo discutindo? A razão não é nada mais que a sua conciencia, que é moldada não da forma ideal, mas sim, da forma necessaria para manter o equilibrio do acaso.
Novas linhas
Tudo em minha vida é muito intenso
Tanto a felicidade quanto a tristeza
Se estou feliz, estou extremamente feliz
Se triste, estou lamentavelmente triste
Todos os amores que passaram em minha vida
Deixaram marcas, cicatrizes hoje.
Acho que algumas pessoas não nascem para a felicidade
Vão passando e deixando pegadas no caminho dos outros
Eu sou assim, sem rumo, sem alma
Passando e deixando marcas também
Olhando a minha frente e vendo os passados modificados
A evolução dos que deixei
E eu? A procurar o meu lugar no mundo
As vezes penso que não existe esse lugar
E vou deixar mais pegadas no caminho
Marcando as pessoas com a minha intensidade
Deixando as pessoas por minhas futilidades sentimentais
Sem equilíbrio e desequilibrando
Deixando meus passos, olhando para trás
Me sentindo sem rumo e vazia, livre.
Com a liberdade que me faz errar
Talvez eu tenha acertado sem saber
Só sei que hoje rasgo outra página
Pois virá-la não é o suficiente
E escreverei novas linhas, livres linhas.
Nada mais te diz respeito
E no meio de tanto tempo,de linhas incertas escritas,aprendi que não vale tanto a pena. Em meio a minha clareza,eu faço disso um relicário. E me surgiu a certeza de que nem o infinito é eterno,e que no meio de tantos pensamentos,tantos devaneios, descobri qual era realmente o problema,meu problema,era você.
Sigo o caminho em que nossas linhas não se encontram.
Onde a saudade deu lugar à mágoa e não há nenhum rancor.
A tormenta finalmente passou e os anos seguem em seus dias.
Ainda tenho alguma dificuldade em dormir.
Depois de muito tempo eu ouvi o seu nome.
Pareceu-me uma notícia estranha, dessas de morte de um desconhecido.
De qualquer maneira não me diz respeito.
Pois, você nunca mais retornará à vida que um dia perdeu.
Queria desabafar, não em você, mas com você. Deixar transparecer essas linhas que me apavoram e que ao mesmo tempo me definem, deixar tudo ir embora, quebrar a corrente que me aprisiona logo pela raiz e destruir o desespero, calar o silêncio que grita.
PALMA DA MÃO
Eu não conheço a palma da minha mão.
Entre tantos cruzados de linhas,
E mais de um veio principal
Onde descambam as águas dos meus dias.
Não tenho noção do que seja a palma da minha mão,
Reconheço, e já é volumoso
As coisas que toco, a embaralhar meu destino.
Reconheço, quando a espalmo frente aos olhos,
Alguns poros suados, o anel centenário,
A cor, que coincide com a cor do meu corpo inteiro.
Na aventura a que me lancei,
Em me procurar e me achar,
Em algumas partes de mim deu pra ver
Outras nem que eu virasse o mundo o contrário
Daria para medir, saber, esboçar.
Alguém, como eu, desconhece, numa vista frontal
O seu crânio, seu cabelo, tal como são?
E conhece seus buracos
- só na cabeça contam-se sete-
Afora os outros por onde se mete
Nosso temor, dizer explorar.
E os seus encontros de mãos e pernas,
Como uma árvore, quem conhece?
O por trás todo, ninguém sabe o que é.
Sabemos dos outros, também minúcias,
Nada de definido se sabe
O que conhecemos de nós mesmos
Também os outros conhecem,
E somos mais conhecidos por eles,
Do que por nós, da mesma forma inversa.
Se por fora de nós pouco sabemos,
Imagine um devaneio por dentro.
Meus olhos refletiam o céu...
E comprimidos em suas linhas
Iluminaram-se na manifestação de um Deus
Que preencheu, mansamente, os espaços
Onde outrora nasciam somente os ecos do coração
.
.
.
- Eu poderia escrever um texto de 8.000 linhas ou apenas um de 8 , poderia escrever em um caderno todo ou apenas em uma folha , poderia passar o dia , tarde e noite ou a vida toda pensando em você , poderia te descrever ... Se tu não fosse tão perfeita , me falta argumentos , na verdade nada me falta , tenho muitos e ainda sobra , menina de sublime beleza , anja sem asas , minha calíope , musa grega de nacionalidade brasileira , liberta da maldade , dona de uma ingenuidade que atormenta , tão pura , tão bela , tão doce , tão ela ...
Beco sombrio
Sóbrio e sozinho me vejo
Brincando com minhas tortas linhas de palavras!
E me vejo querendo do bêbado uma flor
E do sóbrio homem de terno e gravata...
quero o doce néctar do álcool.
A gente tenta fazer o futuro chegar logo escorregando em linhas de um
livro qualquer. Então, mergulhamos profundo, vivemos anos em segundos;
naquelas linhas que têm um ponto final (duvidoso). Mas ao erguermos a
cabeça é história sem linhas que retorna, é uma história com três
páginas: ontem, hoje e amanhã. É página hoje a que você vive, é hoje que revivemos todos os dias, é hoje que o amanhã transforma em ontem.
É hoje. E não dá pra ficar ansioso pelo fim da história já que uma
página nova surge cada dia, a cada aceitação e a cada renúncia. Ocupamos
as nossas mentes o dia todo, e apenas um dia se passou. Mas, quando o
amanhã tem algo pra nós, hoje e ontem é tudo a mesma coisa, porque é
amanhã que nos espera.
Temos manias, gírias e amigos; temos "tudo" e ainda assim somos movidos
pelo que nos falta. Temos livros, temos sonhos, coragem e força e ainda
assim nos fazemos fracos. Temos fé, temos lágrimas e risos; e ainda
assim poupamos as nossas faces das expressões felizes, e das tristes
(por medo, talvez). Temos amores e planos, temos tempo em dias e em
anos... O que não temos é tempo pra perder assim à toa, e ainda assim é
isso o que fazemos. Perdemos tempo em segundos... E a falta que nos move
é presença noutro lugar, e é viva. A falta que marca o vazio em nós
passou em nossa frente, mas continua sendo falta porque a presença não
consegue satisfazer. Não consegue, pois tudo o que temos é hoje, e isso é
pouco demais.
Já escutei historias
tentei fazer as minhas
ocupei linhas
li e reli
menti e vivi
menti e as tornei verdade.
As cores de dezembro
Manhãs tecidas de sol,
costuradas com as linhas do tempo
e as agulhas das horas,
que levam às tardes bordadas com
todas as cores de dezembro
- o mês que carrega em suas entranhas a mais
doce e inigualável espera:
O “há de vir” do novo!
O novo que se repete há mais de 2000 mil anos
Mas é sempre novo!
Tem cheiro e fragilidade de recém-nascido,
e cores da aurora que mal acaba de nascer
e já se despede para que a noite
carregada de mistérios
e segredos, acalente, embalando num sonho
inocente o mais famoso rebento da humanidade...
JESUS!
Isis Dumont
28/10/2011, às 10:58h
Escrevendo o amor
Olho para este papel e vejo nele
Linhas
Canetas
Letras
Mas só consigo escrever uma coisa
TE AMO
E nesta inconstancia do meu ser
vou sendo linhas contadas
Entre frases e poesias
Para quem encontrar
LER......
Escrevo poesias. Escrevo algumas linhas. Quando vejo o papel, eu reparo que na verdade é um espelho. Nele encontro tudo: menos a minha face.