Linhas
Me peguei observando as linhas no canto do olho do meu pai.
Me fez parar pra pensar.
O tempo é pouco para uma vida que é muito.
Achava que correr me faria ganhar tempo, só perdi.
Hoje, estou entregue a ouvir a música do vento, ao beijo lento, ao abraço apertado, da leitura sem pressa, do sossego de desenhar.
Não virei hippie, sou avessa a rótulos.
Só me dei conta que deleitar na vida não vai me fazer escapar da morte, mas me faz ganhar sorrisos, momentos, recordações e futuro, essas coisas que dinheiro não compra, sabe?! Assim, eu ganho.
Tenho que construir patrimônio, "mas de que vale ganhar o mundo e perder a alma?" A calma? O sono? O tempo? O toque? O sonho? A saúde? A alegria?
De que vale uma vida de nada?
Daqui um tempo as linhas no rosto vão desenhar a saudade. E eu me preocupo com a qualidade que essa saudade vai ter.
Me preocupo não com a forma que meu corpo vai tomar, mas que história ele vai ter pra contar de mim.
O velho está aí, a cada minuto que passa.
Não temo o tempo, temo o que é que ando fazendo dele.
Escrevo em poucos versos
Meus desejos mais secretos.
Rabisco em poucas linhas
Sentimentos inconfessos.
Escrevo com o brilho da poesia.
Deixo que minhas lagrimas
Assinem com ternura no papel
Toda emoção que trago na alma.
E nele meus medos,meus anseios
Minha espera,meus amores
Minha solidão.
"LINHAS DE FLORES"
Lendo, relendo as linhas que escrevi
Das palavras que foram traduzidas
Em sentimentos tão intensos
Que transformaram-se em amor
Na leitura das linhas retratadas
Em sinceridade, lágrimas que descem
Nas linhas escritas, lidas, desprezadas
Cicatrizes de felicidade nos meus olhos
Lapidei os meus caminhos em belas paisagens
Onde sobrevivi as minhas próprias dores
Podei com paixão as flores no meu jardim
Para colher nele o mais belo perfume
Lendo, relendo as linhas que escrevi
Onde as palavras transformaram-se em amor.
As mãos que um dia te deram amor
relatam hoje em linhas tortas uma saudade
e num choro compulsivo de inconformidade,
retratam em versos toda a sua dor!
Do velho caderno de poesia...
Tudo escuro além das linhas de seu corpo...
Posso ver o desenho iluminado pelo suor do quarto.
A canção tocando ao encontro sinuosos da pele, suas mãos querendo dançar...
Bailamos no céu descalços - como anjos caídos esparramos o fogo.
Quando abriu a porta,
O despertar sentinela de cada sonhos concebidos...
O retrato da existência sobre atinta óleo e pinceladas das próprias mãos...
Era o inicio e o fim da criação.
Ano de 2020.
QUEM TE MANDOU
Das frestas que enrugam paredes (umas quatro)
às quinas - linhas da minha testa...
Penso-lhe: há tempos sinto
Y lunações é donde mais
me entrego
que saudade de tu é gênio que vibro
mo' d'Oxalá
guiar
Preto meu,
malandral lhe vista y benza
paz
pro nosso
amor
passar
Moça, sabia que Deus escreve certo por linhas tortas. Tudo o que precisa fazer é ler os seus sinais. São de natureza simples, mas que muitos não conseguem entender.
Só
Solidão essa que completa e disperta
O vão escuro das entre linhas da vida.
Solidao que não vemos só sentimos
Mas vivenciamos em cada canto
Grande espaço sem encanto
Solidao de onde vim
Solidao pra onde vai
Eu fui arastado e jogado no seu mar de companhia
No seu rio de ilusão
Meus erros me fez só
Os acertos mantêm você só aqui.
só.
Robson Gomes
Linhas
Somos como carreteis de linha que se desenrolam com o passar do tempo.
Desenrolamo-nos e nos cruzamos com outras linhas,
e às vezes acabamos nos amarrando com elas formando nós que podem
ser relacionamentos firmes e duradouros ou apenas nós frágeis e fracos
que se rompeirão na primeira difculdade. .
No fim desses carreteis se formará um tipo de teia,
que irá simbolizar nosa estadia na terrra com todos seus nós,
remendos e o engafiado de linhas.
A linha de nossas vidas não é infinita então,
não a desperdice e escolha bem onde irá amarra-la.
RENDA
Renda branca de cetim
Afaga a dor e a saudade
Por entre estas linhas
Escritas num profundo
Mergulho de letras
De um amor solitário
Nem as rosas sabem
Da dor que sinto
No tatuar do peito
As estrelas tentam
Fugir da minha alma
Renda de branca cor
Neste meu jardim de mar
Remendado de alegria
Onde as rendas do vestido
Acenaram aos teus olhos
Fogo, paixão, faiscas
Amor de silêncios
Combimação de renda
Lágrimas que não choro
Nas águas do rio que correm
Para o mar das saudades
De beijos dados entre dentes
Entre línguas simplesmente
Na dor das águas do mar
Renda de branca cor de mim,de ti
ENCONTRO
Encontro nas solitárias linhas
Entre as páginas do livro que
Tento ler aventuras solitárias
Nas poesias escritas com tanta
Beleza numa linguagem entre todas
As memórias de tantos amores
De tantos silêncios de felicidade.
O sono me abandonou mais uma vez. Eu acho que ele não gosta de mim. Já escrevi centenas de linhas de códigos, apaguei outras centenas e o sono não vem.
Resende, 05 de julho de 2018.
HORIZONTE
Em paz com a vida
Seguindo as linhas do horizonte
Ligo o imaginário e tento descobrir
O que pode simplesmente estar ao além
Será que atrás daquela montanha mora a felicidade
O que nos espera além dos limites
Vivemos de esperanças
E ela nos fortalece a seguir
Se já soubéssemos o que tinha do outro lado
Qual seria a graça subir?
"Eu não escrevo sobre religião, as linhas que eu traço mostram o caminho da fé em Deus...O Senhor de todos!"