Linha Reta e Linha Curva
Dizem que é hipocrisia falar que se admira mais a personalidade de uma mulher ao invés de suas curvas. Bom eu tenho minhas ressalvas, até porque o que seria de uma mulher sem aquele enigma no olhar ou aquela magia misturada a malícia em seu sorriso que faz com que os homens fiquem se perguntando: "O que essa mulher tem?!"
Me desculpem as marombeiras das fotos no espelho, mas isso é essencial sim! Vocês também são atraentes, acontece que "ficar bonita" muitas conseguem, entretanto ter aquele "algo a mais" de fato é para poucas..
Beijo na testa. E eu achando que ele não tinha desistido. Que não teria esquina, nem curva nenhuma que me fizesse perdê-lo de vista. Que não teria grito alto demais, arranhão de raiva ou choro no silêncio que o fizesse dar meia volta e ir embora. Ele não tinha força nos braços pra carregar a gente, e me carregar sem amor ardente. As mãos suadas e aquela premissa de que ele era realmente um moleque. Dureza é voltar pra casa com os olhos borrados e contar pra minha mãe que ela tinha razão. Ele não saberia lidar com nada disso. É quando estabiliza, quando acontece a vira que a gente descobre quanto vale o jogo. Ele veio com um zap, e eu só tinha uma espadilha de nada. Não dava pra lutar sozinha se o nosso truco é jogado pra dois. Não dava pra continuar quando a aposta é doze e ele abandona o jogo no meio. Pior é constatar que não era blefe e que a mão dele era leviana. Resultado: na testa.
Eu tenho um pouco de medo disso. Não, não é dela. É disso que a gente tem. Que me sufoca, mas não é um sufoco forçado. Bate junto com a angústia e parece que o peso do mundo amolece as minhas pernas e elas ficam bambas. Os braços ficam dormentes com a disritmia do coração. E eu sou só mais um desses meninos que se mascaram de fortes. Com músculos, um pouco de barba e um tanto de solidão pra dar charme. Mas é quando estabiliza que a gente entende o rosto. Não tem ruga nenhuma e dá pra perceber que a gente é muito novo ainda. Tem muita coisa pra viver, e eu não sei lidar com as coisas quando elas saem do controle. A garganta fica seca quando eu percebo que as coisas estão indo por um caminho que eu não sei prever. Não tem mais aquela falta de ar, mas a atmosfera é leve com ela. Não precisa muito de pôr-do-sol pras coisas ficarem bem. E se eu perder tudo isso? Eu corro. Largo as cartas na mesa e vou sem nem olhar pra trás – porque se eu olhar, eu volto.
Você era o mundo pra mim, e decidiu não ser mais. Eu só queria um amor, e você queria o resto. Você queria pausar as coisas, e eu o controle remoto da TV. Você queria ter o controle, e eu me jogar de bungee jump. Você queria que eu ficasse, mas eu fui embora algumas vezes também. Você queria um final feliz, mas a gente só era feliz e eu resolvi não dar final. Eu só queria fugir e você queria misturar o meu discurso e me levar a algum lugar com nome e endereço conhecido. Você bateu a porta, mas eu também. Dava pra sentir a sua mão do outro lado da maçaneta – e por que você não me puxou? A gente girou junto e eu caí na minha cama, e eu também caí pra fora da vida. Eu fui crescer, mas você quis ficar. Quem é que vai substituir o seu rosto nas fotos do meu quarto? – e quem vai me mandar combinar o tênis com a bermuda direito? Eu vou correr, mas um dia eu volto. Se você voltar, eu corro. Bati a porta depois que você saiu, e não tem toc toc que me faça abrir de novo. Boa sorte com isso, e pra você também. Até mais, e eu te amo.
[E é nos desencontros da vida que a gente vê que uma cena qualquer é como o amor. Que não precisa ser bonita ou fazer sentido. Que não precisa ter motivo aparente ou fechar nas reticências. É nos diálogos entreportas, de portas batidas, de corações partidos que a gente vê que a maioria de nós quer a mesma coisa. Que a gente só quer um amor.]
"O rumo é certo? Eu não sei. Só sei que às vezes uma curva pode ser um caminho muito mais incrível que uma reta. Mas é pra poucos."
Deixei meu "espírito aventureiro" em alguma curva da estrada... a mochila tá encostada e os pés de bobeira pro ar... Ando fadigada de tudo.
A estrada da vida é sempre de duas vias, você percorre faz a curva e na volta observa os filhos percorrendo na paralela.
Viver é como caminhar numa estrada, morrer é apenas alcançar a curva desta estrada, ninguém nos vê mais continuamos vivendo.
É na curva de um sorriso bonito, que a gente costuma se perder, mas, às vezes, é nele também que a gente se encontra.
Você só saberá que está na ultima curva de sua existência depois de contorná-la. .
Não se arrisque. Contorne a todas como se fosse a ultima.
…não há elo mais forte que a família. É nó que não pode de ser desfeito, aço impossível de ser curvado… amor incapaz de ser violado.
Iniciação
Se vens a uma terra estranha
curva-te
se este lugar é esquisito
curva-te
se o dia é todo estranheza
submete-te
– és infinitamente mais estranho.