Linha Reta
“Para a vida e para a morte não existe linha tênue”
Nunca existiu alguém que viveu, mesmo estando morto seu coração,os tropeços que a vida nos dá,é um contexto sem explanação.
Sempre existiu aquele coração que batia em descompasso, catando as migalhas de alguns abraços, acanhada felicidade, nada de desassossego, somente noites geladas.
Nunca persistiu em busca da verdadeira explicação, talvez os sentimentos fossem de brinquedo, estúpida canção, tudo esconde o tempo, dias sem compaixão.
Sempre persistiu de maneira errônea, arrogância em traços fortes, o orgulho era algo sem nome, riacho vazio, extrema fome, vozes perdidas, caladas.
Nunca entendeu porque os erros eram sua tônica, respondia de forma irônica, palavras que levam seu par à forca, tudo sem solução.
Sempre entendeu que sua vida não vinha do coração e que a morte tão vislumbrada, era suma decepção, nada como vidas trocadas.
Existe uma linha tênua entre a ordem opressora e o caos universal... Se algo fosse realmente certo; seria certo questiona-lo?
Felicidade pra mim é como a linha do horizonte: quanto mais eu corro pra ela, mais longe dela eu fico.
A incrível linha tênue entre o amor e a idiotice me faz crer que o que mais almejamos enquanto seres debilmente apaixonados é o que mais nos faz ser invejavelmente idiotas.
Poesia
Na poesia...
Aonde deixo todo o meu amor transpirar...
Em cada linha escrita, em cada parágrafo, em cada vírgula ou reticências...
Consigo a minha paz...
Na poesia...
Que meus dedos dedilham a geografia de teu delicioso corpo...
Na poesia...
Que roubo-te beijos na calada da noite...E você não percebe...
Em cada linha poética...
Esta o caminho que me leva a ti... Mesmo sem você perceber...
Em cada linha poética... Mantenho meu coração vivo...
Em cada linha poética... Mantenho minh'alma viva...
Ao fechar meus olhos...
Enxergo teu belo rosto de menina...
Ao fechar meus olhos...
Sinto o teu perfume e a maciez de tua pele...
Ao fechar meus olhos...
Consigo aproximar-me da minha paz...
E neste mesclar de imagens... Sonhos... E delírios...
Todos causados pela saudade de teus lábios colados nos meus...
Que a minha poesia nasce...
Flui-me
Juntei-me
ao mar
.
.
.
Assim
tornei-me
a linha fina
no horizonte
que toca,
incessantemente,
a aurora
e o ocaso teu
.
.
.
E na linha do tempo ficam os que amam e os que odeiam, mas todos, sem exceção, são amados e abençoados por Deus, o nosso Pai Maior...
Na tênue linha do amor que se tem
guardado...
De tudo que se tem doado
No egoísmo dos que passaram
Ficamos nós... Assim,divididos
Tentando compor a canção do amor mais lindo...
Na cumplicidade do silêncio que fala
Do grito que cala
Na intenção de mãos que se entendem
e se enlaçam
Frágeis que somos
Surpresos que estamos
com a possibilidade da entrega
Regando a flor de um amor não planejado
Cá estamos nós -aturdidos-
Buscando motivos...
Querendo entender
Como é, novamente, ser AMADO.
Linha do Tempo
Não queria que fosse assim, um choque, ainda sinto isso quando lembro, quando vejo foto, quando imagino o passado no presente e um futuro que haveria caso o passado fosse presente. É chato, é estranho, por vezes desolador. Fico calado, brigo comigo mesmo, dou chutes ao vento, aperto meus dedos contra a palma das mãos, respiro mais forte, finjo que esqueço e volto ao presente sem o passado tentando esquecer aquele que seria meu futuro