Linguagem
PODE? MICO. Nossa rica língua, definha.
Escrevo diariamente e isso não nomeio como hábito, necessidade ou coisa que o valha, é algo que faço normalmente com prazer, hoje me debruço sobre o tema, usando uma expressão comum que quer dizer que me ocupo de algo, no caso a ação de escrever, com maior atenção.
Escrever é uma das muitas formas de comunicação, talvez a mais assertiva delas para mensagens que tenham maior complexidade ou riqueza de detalhes, quando escrevemos damos a mensagem uma atenção maior, escolhemos as palavras.
É natural que ao utilizarmos a fala não observemos maior cuidado com termos, concordâncias, enfim a gramática e em tempos de internet e redes sociais as mensagens por aplicativos constituem praticamente um dialeto que usa e abusa de abreviaturas e desenhos que “significam” estados emocionais e afins.
Recentemente li alguns livros que falam de linguagem e como isso interfere em nossos pensamentos, afinal nos utilizamos da língua para criar conceitos e mensagens sejam estas mais ou menos complexas.
Há diversa terminologia que merece estudo: significados, semântica, semiótica, atos de fala, modelos mentais, enfim uma série de características e nuances, mas o que mais me chamou a atenção foram dois aspectos: a intencionalidade e o que chamarei de “memória inconsciente”.
Algumas indagações que faço:
Quantas vezes você se perguntou se conhecia a amplitude de possibilidades de significados para uma palavra que você usa? Não importa se correntemente ou não.
Você se dá conta de que o contexto envolvido é determinante para que exista a melhor compreensão da mensagem?
Quantos conceitos sobre características de pessoas, grupos, nações, que você aceitou como verdadeiros, mas que nunca se preocupou em validar ou vivenciar?
Quantos preconceitos podem ter se formado em você por conta de convenções que você adotou como verdade?
A simples entonação da voz pode ser determinante para a intenção de quem profere?
Quantas vezes você se equivocou em trocas de mensagem, via WhatsApp por exemplo, por conta de mau uso, má interpretação ou mesmo negligência? As palavras escritas não têm entonação possível mesmo na velha e barulhenta máquina de escrever, já era assim...
Falar bonito ou falar difícil, para muitos é usar palavras incomuns nos contatos informais que mantemos todo o tempo com colegas, amigos e a família, porém as palavras, assim como as ferramentas, quanto mais adequadas á uma destinação, no caso a sua mensagem e a sua intenção, maior será a eficiência da sua comunicação.
Outra questão no mínimo interessante é pensar em quanto temos simplificado, reduzido de fato, nossa maneira de pensar e isso é claro em função da utilização de partículas do pensamento (as palavras) que não são escolhidas a dedo. E quanto isso nos faz sermos vistos como pessoas igualmente limitadas?
O português é uma língua tão rica, e também tão difícil, que alguns a chamam debochadamente de código.
A ambiguidade dessa língua de Fernando Pessoa é o que para mim nos define melhor e, no entanto, é ela própria quem também pode nos reduzir a pó de mico, sendo que no caso, ficamos mais propensos a significância do pó do que a simpatia do macaquinho.
A literatura não é somente inspiração e expressão, é também um simulacro convencional de signos, com uma consciência linguística.
Nunca confunda rapidez com fluidez ao aprender um idioma. Pois quem fala rápido, não é compreendido - isso não é uma qualidade, e sim, um problema.
Somos seres expressivos, muito mais do que comunicativos.
Quando nascemos, antes de aprendermos a balbuciar, nossa comunicação acontece por meio dos gestos e pequenas expressões.
E mesmo quando não podemos ou não queremos dizer, nossas expressões figuram tudo o que foi calado.
Há um vocabulário que grita no silêncio!
O corpo fala o que não verbalizamos, e até revela a verdade oculta nas argumentações falaciosas.
De maneira voluntária ou não, o corpo entrega sinais e mensagens através das emoções.
Não é à toa que as relações mais fortes são aquelas em que as pessoas se compreendem somente pelo olhar.
Infelizmente o Brasil de hoje perde toda sua cultura e civilidade. Devido a contumaz impunidade, a politica ruim e corrupta de assaltos as coisas publicas e ao poder. Sendo assim, esvai todo tipo de decoro de cima a baixo, um linguajar criminoso sem os devidos respeitos, desde os togados aos chulos e fanáticos eleitores.
O técnico Tite, com sua saída do campo após a derrota e consequentemente a eliminação, teve a exata atitude de quem quis se eximir da responsabilidade. O lamentável abandono foi uma clara transferência de culpa! Não precisa ser do esporte para entender essa linguagem corporal.
Ficou claro que o descontentamento dele não foi com ele próprio, mas sim com seus liderados. No entanto, um verdadeiro líder jamais agiria de tal modo! Sua decepção pessoal não poderia ter sobreposto - tão evidentemente - a chateação de toda equipe e dos torcedores, pois ele não foi o único que perdeu. Porém, nitidamente, foi o que mais fracassou!
Tal postura só demonstrou toda a vaidade, egoísmo e soberba de alguém que não tem preparo, nem tampouco a personalidade ideal, para ocupar um cargo de comando.
Copa do mundo não é só futebol, assim como não é só sobre vitória.
Em sua existência o ser humano é falho e o amanhã sempre chega rápido, então por isso devemos ser melhor do que fomos hoje, pois errar de mais é espera que o futuro te cobre algo.
Um profissional que demonstra empatia consegue, de forma hábil, ler a lin-
guagem corporal de seus colegas, o que inclui observar seu tom de voz, as expres-
sões faciais e o olhar, analisando, sobretudo, os sentimentos por trás das palavras.
O viajante,
é um homem ligado à terra,
trocou a casa por uma estrada,
fez da beleza, uma linguagem
fez da semântica, um olhar.
Se estuda oratória para melhorar nossas expressões faladas, para que nossa comunicação tenha uma qualidade básica e possa ser captada e entendida em todos os ambientes, para que a linguagem seja clara, objetiva, organizada e que chegue atodas as pessoas, canalizando assim as energias para um propósito bom para todos.
Pelo que eu entendia, o amor era uma ideia extrema. Uma palavra que parecia forçar algo indefinível na prisão das letras. Mas essa palavra era usada com muita facilidade, com muita frequência.
Os sentimentos esvanecem com o tempo e o vento mas as palavras mesmo que inexatas, perduram a tudo.
Às vezes, o silêncio fala volumes e na ausência de palavras, os olhares e abraços tornam-se a linguagem mais eloquente.