Linguagem
A gramática é uma mentira para nos fazer pensar que o que dizemos está conectado por uma lógica que você encontrará se a estudar, uma mentira que se prolongou por séculos. Porque agora eu sei que a vida apenas oscila entre estabilidade e instabilidade e não obedece a nenhuma lei.
A arte consegue falar e preencher lacunas em nosso espirito, que a mente aprisionada a velhos conceitos, que muitas das vezes não significam nada mas por limites equivocados, não consegue ver e dizer.
O estudo, o enciclopedismo e conhecimento geral acadêmico só vale alguma coisa mesmo diante os buscadores da verdade, dos letrados e intelectualizados pois entre os arrogantes, vaidosos e analfabetos ao contrario da força bruta de mando que idolatram, tudo não passa de perda de tempo.
Alguns dos mais importantes setores da arte e da cultura no Brasil, hoje se afogam em um oceano de incompetências regidos por marés meramente politicas.
É essencial que a leitura seja apresentada às crianças como uma atividade lúdica, divertida e muito positiva, pois ela cumpre o importante papel de melhorar o desenvolvimento de raciocínio, da linguagem, o senso crítico, a cultura e a inteligência.
PODE? MICO. Nossa rica língua, definha.
Escrevo diariamente e isso não nomeio como hábito, necessidade ou coisa que o valha, é algo que faço normalmente com prazer, hoje me debruço sobre o tema, usando uma expressão comum que quer dizer que me ocupo de algo, no caso a ação de escrever, com maior atenção.
Escrever é uma das muitas formas de comunicação, talvez a mais assertiva delas para mensagens que tenham maior complexidade ou riqueza de detalhes, quando escrevemos damos a mensagem uma atenção maior, escolhemos as palavras.
É natural que ao utilizarmos a fala não observemos maior cuidado com termos, concordâncias, enfim a gramática e em tempos de internet e redes sociais as mensagens por aplicativos constituem praticamente um dialeto que usa e abusa de abreviaturas e desenhos que “significam” estados emocionais e afins.
Recentemente li alguns livros que falam de linguagem e como isso interfere em nossos pensamentos, afinal nos utilizamos da língua para criar conceitos e mensagens sejam estas mais ou menos complexas.
Há diversa terminologia que merece estudo: significados, semântica, semiótica, atos de fala, modelos mentais, enfim uma série de características e nuances, mas o que mais me chamou a atenção foram dois aspectos: a intencionalidade e o que chamarei de “memória inconsciente”.
Algumas indagações que faço:
Quantas vezes você se perguntou se conhecia a amplitude de possibilidades de significados para uma palavra que você usa? Não importa se correntemente ou não.
Você se dá conta de que o contexto envolvido é determinante para que exista a melhor compreensão da mensagem?
Quantos conceitos sobre características de pessoas, grupos, nações, que você aceitou como verdadeiros, mas que nunca se preocupou em validar ou vivenciar?
Quantos preconceitos podem ter se formado em você por conta de convenções que você adotou como verdade?
A simples entonação da voz pode ser determinante para a intenção de quem profere?
Quantas vezes você se equivocou em trocas de mensagem, via WhatsApp por exemplo, por conta de mau uso, má interpretação ou mesmo negligência? As palavras escritas não têm entonação possível mesmo na velha e barulhenta máquina de escrever, já era assim...
Falar bonito ou falar difícil, para muitos é usar palavras incomuns nos contatos informais que mantemos todo o tempo com colegas, amigos e a família, porém as palavras, assim como as ferramentas, quanto mais adequadas á uma destinação, no caso a sua mensagem e a sua intenção, maior será a eficiência da sua comunicação.
Outra questão no mínimo interessante é pensar em quanto temos simplificado, reduzido de fato, nossa maneira de pensar e isso é claro em função da utilização de partículas do pensamento (as palavras) que não são escolhidas a dedo. E quanto isso nos faz sermos vistos como pessoas igualmente limitadas?
O português é uma língua tão rica, e também tão difícil, que alguns a chamam debochadamente de código.
A ambiguidade dessa língua de Fernando Pessoa é o que para mim nos define melhor e, no entanto, é ela própria quem também pode nos reduzir a pó de mico, sendo que no caso, ficamos mais propensos a significância do pó do que a simpatia do macaquinho.
A literatura não é somente inspiração e expressão, é também um simulacro convencional de signos, com uma consciência linguística.
Somos seres expressivos, muito mais do que comunicativos.
Quando nascemos, antes de aprendermos a balbuciar, nossa comunicação acontece por meio dos gestos e pequenas expressões.
E mesmo quando não podemos ou não queremos dizer, nossas expressões figuram tudo o que foi calado.
Há um vocabulário que grita no silêncio!
O corpo fala o que não verbalizamos, e até revela a verdade oculta nas argumentações falaciosas.
De maneira voluntária ou não, o corpo entrega sinais e mensagens através das emoções.
Não é à toa que as relações mais fortes são aquelas em que as pessoas se compreendem somente pelo olhar.
Agarrou os braços do nativo levou-o para há beira do mar escreveu sobre a areia deu-lhe de comer, mas a nossa linguagem se confundiu no silêncio com alguém que se deslumbrava apenas por existir e não por acreditar.
Cizânias
Na floresta sombria a chuva caía,
Com toda escuridão ríamos de montão,
Não paramos nem para pensar,
Em quantos poderíamos machucar.
Mas fique tranquilo, pois ao despertar,
O sol irá brilhar...
A questão é a seguinte:
Vivemos na nequícia de perder os dias de agora,
Para sonhar com a incerteza profunda do posfácio do amanhã,
Ora
Mas, existem pontos positivos e negativos!
O positivo é que se ocorrer, terei mais um dia para sonhar em algo que nunca irei ter...
E se for negativo? Culparei o justíssimo divino!
Calem-se e deixem de briga, ele perde o presente com o futuro e o passado com as rimas...
Como as máscaras são o sinal de que existem rostos, as palavras são o sinal de que existem coisas. E essas coisas são o sinal do incompreensível.
Se ainda não sabe nada, consulte o seu Dicio, que ele vai descrever em poucas palavras, a verdadeira origem, descrição, significado e a etimologia das palavras definidas pelos profissionais da comunicação e da linguagem praticada pela nossa população.
Falemos como sábios o mesmo linguajar de Jesus em nossos relacionamentos, deveres e compromissos, firmados "em verdade em verdade" para que os mentirosos não contradigam as conversas dos santos, atrapalhando tudo o que plantamos e colhemos em prol da verdade.