Linguagem
Sendo negro ou sendo branco o que importa, então, são os valores e a linguagem do nosso coração. E se a alma tiver cor, esta será a cor do amor.
Arte em todas as formas de linguagem é graça e poder do espírito recriando-se.Luz que emana de única fonte!
O tato delicado e acariciante da mão faz o instrumento falar a delicada linguagem da alma: Fala de suas tristezas, de suas alegrias, de suas esperanças, temores e saudades de tal maneira que só a música pode fazê-lo. É a linguagem do mundo celeste, a verdadeira pátria do espírito, que flui para a chispa divina aprisionada na carne, como mensagem da terra nativa.
A música apela para todos, sem discriminação de raças, credo ou qualquer outra distinção mundana. Quanto mais elevado espiritualmente é o individuo, tanto mais claro a música lhe fala, e ainda o selvagem não fica sem comover-se com ela.
Às vezes a linguagem do entendimento ultrapassa o simples verbalizar. E nem sempre dizer é compreender. E entrar em contato, algumas vezes, significa ouvir o silêncio do outro e decifrar suas entrelinhas. Esse é um dos inúmeros significados de sensibilidade.
“O amor possui uma linguagem universal, mas a cada relacionamento os corações inventam seus próprios dialetos.”
A música com sua essência, com sua possibilidade de encontro e com sua linguagem permite que o social identifique sua identidade.
Não conviva com fatos. Conviva com as perspectivas deles. Só assim você ampliará sua linguagem, e com ela, seu mundo. Prefira circular pelas periferias da razão que permanecer estático no centro de suas verdades.
Submeter-se cegamente a linguagem do admirável e do ideal é com certeza irresistível. Mas o real insiste, persiste e espera a oportunidade de mostrar-se avidamente.
Através da linguagem muitas vezes se dá origem os mal-entendidos, mas é através dela também que podemos superá-los.
"Eu não falo a língua dos homens ou os idiomas distintos. Eu falo a linguagem universal da alma e ela por si só já é suficiente."
Só pode compreender o escritor quem conhece a linguagem da brisa, a textura dos senões e a (im)permeabilidade das palavras. Por isso o escritor ouve muito mais do que fala. E, ao ouvir, e sobretudo ao olhar, ele capta a alma, a essência das pessoas. Percebe o que talvez nem elas próprias saibam: descobre, quantas vezes mesmo sem querer, suas máscaras: entrevê suas hipocrisias, sente seus segredos, perscruta suas misérias." (Corina, 2007)