Limpar a Casa

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O Sistemático Senhor da Casa Lisboa

Desde sempre, ele era uma alma meticulosamente organizada, um arquiteto de sua própria rotina. Cada minuto de seu dia era encaixado com precisão em um relógio invisível. Todas as manhãs, sem exceção, ele enfrentava a água gelada do chuveiro como se fosse um renascimento diário, uma reafirmação de sua disciplina férrea. Depois disso, ele preparava seu café com pão, um desjejum simples, mas sagrado, antes de seguir para sua loja, um pequeno império construído com esforço e dedicação.

Sua loja, Casa Lisboa, era seu reino. Lá, cada objeto tinha seu lugar e propósito. Ao final de cada dia, ele voltava para casa, preparava um lanche e assistia TV antes de se entregar ao sono, pronto para repetir o ritual no dia seguinte. A vida era um ciclo previsível, um refúgio seguro na constância. Ele acreditava ter o controle absoluto sobre a própria vida, como um maestro conduzindo uma sinfonia perfeita.

Anos se passaram como folhas levadas pelo vento. Agora, ele está velho e doente. A loja, outrora vibrante com a energia dos clientes, agora se encontra vazia, um eco dos dias de glória. Ele não compra mais nada, não vende mais nada, mas insiste em ir até lá todos os dias, agarrando-se ao que resta de sua rotina.

A demência, insidiosa, começou a roubar-lhe a percepção do tempo. No meio da madrugada, acorda confuso, olha para o velho relógio que só marca AM e PM, e acredita que já é manhã. Levanta-se, toma um banho acreditando ser o início de um novo dia e prepara seu desjejum habitual, sem perceber que ainda é madrugada.

Seu filho, preocupado, tenta trazê-lo de volta à realidade, mas ele, teimoso como sempre, repete a frase que se tornou seu lema: "Mas não é possível!". Agora, uma bolsa de plástico substitui sua bexiga, que há anos deixou de funcionar, tornando sua fragilidade física ainda mais evidente.

Parece preso em um ciclo interminável. O controle que acreditava ter sobre a vida se revelou uma grande ilusão. A verdade é que a vida não pode ser controlada; é uma escola cheia de desafios e lições a serem aprendidas. O Senhor da Casa Lisboa focou apenas nos fenômenos que podem ser medidos e expressos através de fórmulas, sem perceber que a verdadeira essência da vida está nas pequenas imperfeições e surpresas que compõem o todo.

E assim, ele continua vivendo do mesmo jeito, sem notar que a magia da vida reside justamente nas pequenas imperfeições e nas surpresas que ela nos reserva.

Agora, como um maestro sem sua orquestra, ele encara o vazio de sua loja e de sua vida com a mesma teimosia de sempre. Talvez, no fundo de sua mente confusa, haja um lampejo de entendimento de que a verdadeira beleza da vida está além do controle, nas nuances e nos imprevistos que ele nunca soube abraçar. E, enquanto o Senhor da Casa Lisboa luta para manter o equilíbrio em um mundo que escapa de suas mãos, somos lembrados de que a vida é uma dança entre ordem e caos, e que às vezes é nas rachaduras da nossa rotina que a luz consegue entrar.

Inserida por fluxia_ignis

⁠Memórias de uma Parceria Mediúnica

Em uma pequena e acolhedora sala na casa de Jhonatam, em Campo Largo, criamos um espaço singular e especial. Era nosso santuário, um refúgio onde podíamos ajudar as pessoas sem os dogmas das religiões, sem rituais e sem os preceitos que julgávamos desnecessários. Esse lugar, que batizamos carinhosamente de "Assessoria Espiritual," tornou-se um ponto de encontro para duas almas mediúnicas—eu, uma médium psicofônica intuitiva, e Jhonatam, um médium audiente.

Nosso trabalho mediúnico nos proporcionou momentos inesquecíveis. Interagíamos com o mundo espiritual, e nossos encontros eram harmoniosos e fluidos, como uma dança entre o físico e o etéreo. Com Jhonatam, eu podia falar abertamente sobre o mundo espiritual, sem medo de ser julgada ou de parecer fora da realidade. Nossas conversas eram profundas, e poucos compreendiam os mistérios que trazíamos de outras dimensões. Muitos, ao ouvir nossas histórias, nos julgavam, achando que estávamos em outra realidade, talvez sob o efeito de substâncias.

Entretanto, no nosso cantinho, encontrávamos a verdade e o aprendizado nas cidades astrais, onde mestres desencarnados nos davam aulas e nos guiavam. Nossa amizade era um elo forte que transcendeu as barreiras do mundo físico. Jhonatam era meu melhor amigo, e juntos compartilhávamos um vínculo que poucos poderiam entender.

Um dia, Jhonatam me confidenciou que seus dias estavam contados. Ele revelou que antes de partir, anunciaria a todos os consultantes que deixaria de atendê-los, justificando que iria morar em outro país. Mas, para mim, ele revelou a verdade: ele iria desencarnar. Ainda não sabia qual desculpa o mundo espiritual daria para tirá-lo da Terra, mas estava certo de que o destino o levaria para Portugal, onde sua mãe e irmã ainda viviam.

Apesar da tristeza que essa revelação trouxe, havia um consolo sublime em saber que ele estava em um lugar de luz e serenidade. Naquele encontro transcendente, percebi que o amor e as lembranças que compartilhamos transcendem o tempo e o espaço, eternamente gravados nas profundezas do coração.

E assim, mais um ciclo se encerrou, e nossa parceria chegou ao fim. A saudade de Jhonatam sempre será presente, mas as memórias dos momentos que compartilhamos, dos trabalhos mediúnicos e das profundas conversas sobre o mundo espiritual, serão eternas. Nossa amizade, transcendente e pura, permanece viva nos recantos do meu coração e nos mundos além deste.

Em uma tarde serena de fevereiro, com a brisa suave e o sol despontando no horizonte, me preparei para uma projeção astral. Desde a partida de Jhonatam, em 1 de setembro de 2024, a saudade invadia meus pensamentos diários. Nessa jornada além do plano físico, encontrei-me na cidade astral, onde a energia e a serenidade coexistiam em perfeita harmonia.

Ao caminhar pelas ruas etéreas, senti uma presença familiar. Era Jhonatam, brilhando como nunca antes. Seu sorriso irradiava uma paz profunda que parecia tocar minha alma. Nossos olhares se encontraram, e em um momento de pura conexão, soube que ele não mais habitava o mundo físico.

Inserida por fluxia_ignis

A vida na terra é só um estagio, a verdadeira vida é na casa do Pai!

Inserida por dalainilton

Aqueles que falam tudo que pensam, e agem sem nenhum comprometimento, são como uma casa construída na areia. E que, vindo as tempestades da vida por não ter os fundamentos da verdade, são destruídos e deixam eles em plena ruína.⁠

Inserida por leonardomenin

⁠Aqueles que mentem para si, e para os outros. São semelhantes a casa construída na areia, e que podem ter os fundamentos mais sólidos, mas com o tempo todos esses fundamentos serão destruídos pelas verdade que eles mesmos observam nos outros.

Inserida por leonardomenin

⁠A tua morada, o teu corpo, pode está infestada de cupins, e ela pode ruir.
Cuida da tua casa, teu templo, teu corpo.
É ele o sustentáculo e oráculo do altíssimo.

Inserida por dalainilton

Boas aves Marias se faz!
... quem em sua casa está em Paz!⁠

Inserida por dalainilton

Varra todos os preconceitos e conceitos do preconceito.
Limpe tudo e deixe sua casa, seu corpo a brilhar e limpo pra pureza habitar!

Inserida por dalainilton

⁠Eis aí minha luta, em casa, no trabalho, onde há o ser embrutecido, desconhecedor do fator humanismo,
não compreendendo que se faz necessário a reeducação cotidiana. Agride tornando-se mais e mais intolerante percebendo apenas o lado
abrupto do ter.
Esqueceu que somos Humanos!
Esqueceu que devemos encarnar valores e emanar Amor pra sermos Sábios.

Inserida por dalainilton

⁠⁠Uma religiosa.
O manter-se vigilante.
Essa moradia, era a mente, a casa
em sua integridade, caso o proeminente voltasse sem aviso, onde Jesus advertidamente orientando, tinha tudo relacionado, a conduta, a moral do humano a ser Ético!
Compreende.
N a m a s t ê

Inserida por dalainilton

⁠Ontem, no churrasquinho aqui perto de casa, encontrei-me com a Andreia, amiga de longa data. Eu estava sentado comendo um espetinho quando ela passou, toda elegante na calçada logo à minha frente. Falei: “Psiu, Andreia, não dá atenção a pobre mais não? hahaha.” Ela riu, veio me cumprimentar e sentou-se ao meu lado. Da última vez que conversamos, ela estava se preparando para um concurso e estava noiva. “Andreia, fiquei sabendo através do Gu que você passou na prova, se casou e tem dois filhos lindos. Olha só, parabéns! Faz tempo que não nos vemos, né? Me conta as novidades.”
“Poxa, me desculpe por não ter te visto, Alê. Eu estou muito chateada com o que uma recalcada lá do bairro anda falando de mim pelas costas.” E nisso, ela começou a “discursar” sobre suas mágoas e incômodos. Falou disso por mais de uma hora, esquecendo-se do que eu havia questionado.
Tentei mudar de assunto várias vezes, perguntando sobre os filhos, o casamento, o novo emprego. Mas a mente dela estava presa no que a outra pessoa pensava, no que diziam dela. Fiquei pensando em quanto tempo e energia ela estava desperdiçando com essas opiniões alheias. Ela havia conquistado tantas coisas maravilhosas, mas estava se deixando consumir pelo veneno das fofocas.
Quantas vezes nos encontramos assim, prisioneiros do olhar dos outros, incapazes de ver o tesouro que temos em nossas próprias mãos? Andreia é apenas um exemplo. Cada um de nós já caiu nessa armadilha de permitir que o valor que os outros nos atribuem determine nossa felicidade. A verdade é que nossa felicidade deve ser construída sobre os alicerces do nosso próprio estado real e pessoal: nossa saúde, nossas capacidades, nossas relações e tudo aquilo que nos traz alegria genuína.
Quando paramos de dar tanto peso às opiniões dos outros, podemos começar a celebrar as pequenas e grandes vitórias que compõem nossa vida. Podemos apreciar os momentos de risada, os abraços calorosos, as conquistas pessoais, e até os simples prazeres, como um espetinho bem feito no churrasquinho do bairro. A opinião dos outros pode ser barulhenta, mas não é mais importante do que aquilo que sentimos e vivemos em nosso dia a dia.
Infelizmente, Andreia não conseguiu mudar de assunto. Seu olhar era de puro ódio. Ela não conseguia parar de pensar naquelas palavras cruéis que acabara de me contar. Cada tentativa de desviar a conversa era inútil, como se um ímã a puxasse de volta para aquele círculo vicioso de mágoas.
A noite foi passando, e a Andreia, ao invés de comemorar suas vitórias, afundava-se cada vez mais na angústia das opiniões alheias. Por fim, o churrasquinho ficou até indigesto e eu já estava sentindo azia, de tanta negatividade nas palavras da minha amiga. Perdi a alegria e a vontade de comer. Quando finalmente nos despedimos, senti um aperto no coração. Vi nos olhos dela a tristeza de alguém que, apesar de todas as conquistas, não conseguia encontrar felicidade.
Caminhei de volta para casa refletindo sobre quantas vezes deixamos de viver plenamente por causa das expectativas e julgamentos dos outros. Era doloroso ver uma amiga tão querida, que havia alcançado tanto, estar aprisionada na opinião de uma pessoa que nem era importante para ela.
Pensei comigo: “A vida é breve e preciosa demais para ser desperdiçada com o que os outros pensam. Cada segundo perdido nessa prisão é um segundo a menos de felicidade.”
No fim, espero que um dia ela possa se libertar dessa tristeza e reencontrar a alegria que merece. Porque, no final das contas, a única opinião que realmente importa é a nossa, e viver preso às palavras e opiniões dos outros é desperdiçar a própria vida.
Alessander Raker Stehling

Inserida por dalainilton

⁠Jamais se deve arrumar a casa pra receber alguém.
A casa deve está sempre arrumada caso venha alguém!

Inserida por dalainilton

Ser gênio é ser convidado pela perspicácia a adentrar a casa da inteligência e saborear uma ótima conversa com a sabedoria

Inserida por RandersonFigueiredo

Diz-se muito mais sobre nossa espiritualidade ao examinar as brechas da nossa própria casa, do que tentar⁠ somente verbalizar com as feridas de um coração sofrido

Inserida por RandersonFigueiredo

Evoluir espiritualmente é procurar se inteirar a respeito da casa que te aprisiona em detrimento do verdadeiro caminho que te liberta⁠

Inserida por RandersonFigueiredo

⁠A verdadeira caridade é o grande expurgo das almas impiedosas e o sentir-se em casa dos espíritos benevolentes

Inserida por RandersonFigueiredo

⁠Quando o infortúnio chegar a tua casa para descansar não ofereça repouso, até mesmo porque a essa altura o desamparo está sendo expulso ao tentar colocar a todos para dormir

Inserida por RandersonFigueiredo

⁠⁠Mais vale um gato a miar sobre o telhado⁠, do que ter um rato em casa a ser pego pela ratoeira

Inserida por RandersonFigueiredo

Sinceridade é cobrir com suas telhas o teto da casa do outro⁠, mesmo sabendo que mais cedo ou mais tarde é você quem vai se molhar com os pingos das goteiras

Inserida por RandersonFigueiredo

Por mais que o passado tenha sido bom, ele jamais deverá ser levado para casa embrulhado como presente ⁠

Inserida por RandersonFigueiredo