Limpar a Casa
Vou fugir de casa e montar uma cabana qualquer. Vou levar umas mentiras na bolsa, porque estou fugindo de explicações.
Eu não sou líder. Vim porque não tive escolha. Eu vim para salvar minha casa e as pessoas que eu amo.
Riso de criança
Fico feliz com teu som
Correndo pela casa, me alcançando na varanda.
Riso de criança faz a gente perder o juízo...
Faz a gente gatinhar,
Gargalha à toa pro vento.
Riso de criança é tempo pra descansar.
Preciso.
Preciso achar o caminho de volta pra casa
se é que eu sei onde fica.
Preciso encontrar novos rumos.
Aprender a dizer coisas que devem ser ditas
e não pensar em como elas irão doer.
Preciso parar de machucar a mim mesma.
Preciso de ar e de respirar novos ares,
viver intensamente, fazer o que eu quero.
Preciso arrumar as malas e sair por ai.
É disso que eu preciso.
Eu reparto minha alegria, minha música, meus bons momentos, minha casa, minha mesa, meus versos de estimação. Não sei viver sozinho, nem quero - por isto mesmo não falta gente perto de mim. Não entro naquela do italiano que aconselha: "Se estiveres sozinho, serás todo teu". Pra quê? Prefiro me dividir.
Eu quero mesmo é ficar em casa
No aconchego das curvas de teu violão
Beijando essa boca fresca de hortelã
Quarando a madrugada pra te consumir.
Eu não imaginava onde eu iria chegar. Não acreditava que arrumar a casa era uma obrigação, estudar era um dever, e ser alguem na vida era um objetivo .
Loucuras Incabíveis
O início da loucura...
Pessoas unidas numa casa,
Amigos, conhecidos, desconhecidos
Uma dupla, um trio, um quarteto...
alguém só...
mas todos juntos...
Líquidos unem pessoas.
Vontades soltas e contidas ...
definem a consequência dos fatos...
ir ou não ir?!
eis a questão imposta...
Ficando ou não
os líquidos permanecem a unir pessoas....
apenas o círculo aumenta...
cresce e se amplia para a cidade.
Mas junto com este crescimento do espaço unido,
as vontades aumentam...
sem saber alguns que este é apenas um prólogo...
O que esta por vir,
nem os líquidos de uma louca noite anterior conseguiram impedir.
Uma loucura desmedida..
que a aparência do ânimo tentava criar a ilusão...
mostrando um desanimo que não existia.
Segue-se caminho rumo a liberações e desprendimentos de vontades,
vontades imersas em líquidos abundantes...
vai, não entra, volta...
são as convenções...
ninguém quer ser o primeiro a adentrar o cenário,
volta, liquido e vai
agora já esta liberado o cenário...
e tudo começa a acontecer....
o ar começa a incomodar...
o corpo a se movimentar
e a multidão se une...
são tantas loucuras sem cabimento...
sou incapaz de descrevê-las
pois assim me contradiria,
se realmente coubessem aqui...
O tempo começa a enlouquecer ...
começa a correr como um insano...
se esquece das vontades...
das chaves perdidas...
chaves que abrirão e permitirão o abandono do cenário...
Mas há ainda no cenário uma louca perdida...
Líquidos nas mãos em vidro.
A chave faz cessar o choro,
numa casa vizinha...
porque o cenário deixou de existir...
Entram duas....
estranhamente entram dois...
Conhece-se um ...
desconhece-se outro...
mas nada impede a vontade até então...
Liquido, fumaça, corpo, fogo, pensamento...
são os simples elementos que compõem
aquele universo...
Mãos perdidas, dentes soltos....
um problema...
uma explosão...
o sol cega, esquenta e já não dá para ficar parado...
o toque do compromisso mais uma vez adiado insiste em incomodar...
Dois expulsos....
Largados e abandonados ...
Em plena cidade acordada...
um modo de comunicação entregue...
vai e volta ...
e já não mais dois
já não há mais liquido...
só resta a insonia e as lembranças...
loucuras contidas...
e a tentativa de compreender algo que não pode ser compreendido...
só restava saber algo...
que a louca perdida na festa estava agora amarrada...
numa cama de hospital...
sem lenço, sem documento....
sem sapatos
e que um desconhecido...
descia do ônibus,
para um encontro com céu e mar...
se voce quiser a gente casa ou namora
a gente fica ou enrola o que eu mas quero e que voce me queira
É cada homem idiota e machista que a gente encontra por aí que quando chega em casa tem até que fazer uma oração.
"Não se turbe o vosso coração
Crede em Deus e também em Mim
Na casa de Meu Pai há muitas moradas" (João 14:1-2)
"Se não fosse assim, eu não teria dito
Vou preparar-vos um lugar"
"Eu virei e vos levarei para Mim mesmo" (João 14:2-3)
"Vós conheceis o caminho para onde Eu vou" (João 14:4)
"Eu sou o caminho, a verdade e a vida
Ninguém vem ao Pai, a não ser por Mim" (João 14:6)
"Em verdade eu vos digo, porque eu vou para o Pai
Mas aquele que crer em mim obras maiores fará" (João 14:12)
Se Me amares verdadeiramente
Guardareis os Meus mandamentos
Eu rogarei ao Pai, Ele vos dará o Consolador
O Espírito da Verdade que o mundo não pode receber
Mas Ele habita em vós
E estará em vós pra sempre
Aquele que tem os meus mandamentos
E os guarda, esse é o que me ama
E se alguém me amar
Será amado do meu Pai
Eu também o amarei
E Me manifestarei a ele...
Quero te amar, mais Senhor (4x)
Sou mulher para sair, para ficar em casa, para namorar, para ser solteira, para rebolar, para gritar, para calar, para lutar. Aliás, eu sou o que eu quiser!
Cordel - Lampião na casa de massagem
Lampião rei do cangaço, matador um cabra macho, cansou-se de Maria e foi a vida aproveitar..
Foi na casa de massagem onde não tem mulé direita, enrabichou-se com uma sujeita e quase num sai de lá..
A tal sujeita é Juliana, menina boa de cama que pegou Lampião de um jeito e não queria mais largar..
Juliana só falava: "Hoje eu te mato seu cabra", Lampião pulou ligeiro pra arredar o pé de lá..
Amirou sua espingarda e começou a prosear: "aqui sou rei do cangaço e só eu posso matar"..
Deu dois tiro em Juliana vestiu a roupa e saiu, amontou no primeiro jegue que viu e começou a pensar..
Nesta terra sou o cão, já matei pra mais de mil e não vai ser essa menina com uma chave de pipiu que vai um dia me matar.
A casa onde eu nasci, embora já não seja
minha, permanece intacta em mim como a
escultura de uma caravela em uma garrafa:
uma casa dentro da memória.
Nunca mais foi como aquele o cheiro dos
lençóis limpos nem o aroma das comidas,
a música das vozes amadas e o crepitar
das lareiras, nunca mais a mesma sensação
de acolhimento, nunca mais pertencer a
nada com tamanha certeza.
Não ponhas muito os pés na casa do teu próximo; para que se não enfade de ti, e passe a te odiar.
Casa-te: se tua mulher for bondosa, serás feliz; se for má, far-te-ás filósofo, o que não deixará de ser útil ao teu destino.