Limpar a Casa

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Amigo É Casa

Amigo é feito casa que se faz aos poucos
e com paciência pra durar pra sempre
Mas é preciso ter muito tijolo e terra
preparar reboco, construir tramelas
Usar a sapiência de um João-de-barro
que constrói com arte a sua residência
há que o alicerce seja muito resistente
que às chuvas e aos ventos possa então a proteger
E há que fincar muito jequitibá
e vigas de jatobá
e adubar o jardim e plantar muita flor toiceiras de resedás
não falte um caramanchão pros tempos idos lembrar
que os cabelos brancos vão surgindo
Que nem mato na roceira
que mal dá pra capinar
e há que ver os pés de manacá
cheínhos de sabiás
sabendo que os rouxinóis vão trazer arrebóis
choro de imaginar!
pra festa da cumieira não faltem os violões!
muito milho ardendo na fogueira
e quentão farto em gengibre
aquecendo os corações
A casa é amizade construída aos poucos
e que a gente quer com beira e tribeira
Com gelosia feita de matéria rara
e altas platibandas, com portão bem largo
que é pra se entrar sorrindo
nas horas incertas
sem fazer alarde, sem causar transtorno
Amigo que é amigo quando quer estar presente
faz-se quase transparente sem deixar-se perceber
Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar,
se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer
Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha
e oferece lugar pra dormir e comer
Amigo que é amigo não puxa tapete
oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem
quando não tem, finge que tem,
faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão

A cura da sua casa entra por você.

No estado decadente que eu tô
A tristeza decora essa casa
Eu sei que ninguém morre de amor
Mas cachaça e saudade mata.

A melhor coisa é poder viajar,e se livrar do estres desse mundo.Ficar numa casa ali bem perto do mar,chegar e ver que as ondas estao rolando.

Quem sabe não precisa?

Um dia eu estava na frente de casa secando meu carro. Eu tinha acabado de lavar o carro e esperava minha esposa para sair para o trabalho. Vi, descendo a rua, um homem que a sociedade consideraria um mendigo. Pela aparência dele, não tinha carro, nem casa, nem roupa limpa e nem dinheiro. Tem vez que você se sente generoso mas há outras vezes que você não quer nem ser incomodado. Este era um dia do "não quero ser incomodado".

- Espero que não venha me pedir dinheiro. Pensei.
Não veio. Passou e sentou-se em frente, no meio-fio do ponto de ônibus e não parecia ter dinheiro nem mesmo para andar de ônibus. Após alguns minutos falou,
- É um carro muito bonito.

Sua voz era áspera mas tinha um ar de dignidade em torno dele. Eu agradeci e continuei secando o carro.
Ele ficou lá. Quieto, sentado enquanto eu trabalhava. O previsto pedido por dinheiro nunca veio. Enquanto o silêncio entre nós aumentava, uma voz interior me dizia,
- Pergunte-lhe se precisa de alguma ajuda.

Eu tinha certeza que responderia sim mas, atendendo à insistente voz interior...
- Você precisa de ajuda? Perguntei.
Ele respondeu com três simples palavras acompanhadas de um sorriso que me deram uma sacudida.
- Quem não precisa?

Eu precisava de ajuda. Talvez não para a passagem do ônibus ou um lugar para dormir, mas eu precisava de ajuda. Peguei minha carteira e lhe dei dinheiro, não somente o bastante para a passagem do ônibus mas também para conseguir uma refeição e um abrigo.

Aquelas três palavras ainda soam verdadeiras. Não importa o quanto você tem, não importa o quanto você realizou, você também precisa de ajuda. Não importa o quão pouco você tem, não importa o quão cheio de problemas você esteja, até mesmo sem dinheiro ou um lugar para dormir, você pode dar ajuda. Mesmo que seja apenas um elogio, você pode dar.

Você nunca sabe quando poderá ver alguém que parece ter tudo mas que, na verdade, está esperando de você algo que não tem.
Talvez o homem fosse apenas um desconhecido desabrigado que vagueia pelas ruas. Talvez fosse mais do que isso. Talvez ele tenha sido enviado por uma força maior e sábia para ensinar à uma alma acomodada em si mesma.

Talvez Deus tenha olhado pra baixo, chamado um anjo, vestido-lhe como um mendigo e, a seguir, disse,
- Vá encontrar-se com aquele homem que limpa o carro, ele precisa de ajuda.
"Quem não precisa?"

A Casa Branca Nau Preta

Estou reclinado na poltrona, é tarde, o Verão apagou-se...
Nem sonho, nem cismo, um torpor alastra em meu cérebro...
Não existe manhã para o meu torpor nesta hora...
Ontem foi um mau sonho que alguém teve por mim...
Há uma interrupção lateral na minha consciência...
Continuam encostadas as portas da janela desta tarde
Apesar de as janelas estarem abertas de par em par...
Sigo sem atenção as minhas sensações sem nexo,
E a personalidade que tenho está entre o corpo e a alma...

Quem dera que houvesse
Um terceiro estado pra alma, se ela tiver só dois...
Um quarto estado pra alma, se são três os que ela tem...
A impossibilidade de tudo quanto eu nem chego a sonhar
Dói-me por detrás das costas da minha consciência de sentir...

As naus seguiram,
Seguiram viagem não sei em que dia escondido,
E a rota que devem seguir estava escrita nos ritmos,
Os ritmos perdidos das canções mortas do marinheiro de sonho...

Árvores paradas da quinta, vistas através da janela,
Árvores estranhas a mim a um ponto inconcebível à consciência de as estar vendo,
Árvores iguais todas a não serem mais que eu vê-las,
Não poder eu fazer qualquer coisa gênero haver árvores que deixasse de doer,
Não poder eu coexistir para o lado de lá com estar-vos vendo do lado de cá.
E poder levantar-me desta poltrona deixando os sonhos no chão...

Que sonhos? ... Eu não sei se sonhei ... Que naus partiram, para onde?
Tive essa impressão sem nexo porque no quadro fronteira
Naus partem — naus não, barcos, mas as naus estão em mim,
E é sempre melhor o impreciso que embala do que o certo que basta,
Porque o que basta acaba onde basta, e onde acaba não basta,
E nada que se pareça com isto devia ser o sentido da vida...

Quem pôs as formas das árvores dentro da existência das árvores?
Quem deu frondoso a arvoredos, e me deixou por verdecer?

Onde tenho o meu pensamento que me dói estar sem ele,
Sentir sem auxílio de poder para quando quiser, e o mar alto
E a última viagem, sempre para lá, das naus a subir...

Não há, substância de pensamento na matéria de alma com que penso ...
Há só janelas abertas de par em par encostadas por causa do calor que já não faz,
E o quintal cheio de luz sem luz agora ainda-agora, e eu.

Na vidraça aberta, fronteira ao ângulo com que o meu olhar a colhe
A casa branca distante onde mora... Fecho o olhar...
E os meus olhos fitos na casa branca sem a ver
São outros olhos vendo sem estar fitos nela a nau que se afasta.
E eu, parado, mole, adormecido,
Tenho o mar embalando-me e sofro...

Aos próprios palácios distantes a nau que penso não leva.
As escadas dando sobre o mar inatingível ela não alberga.
Aos jardins maravilhosos nas ilhas inexplícitas não deixa.
Tudo perde o sentido com que o abrigo em meu pórtico
E o mar entra por os meus olhos o pórtico cessando.

Caia a noite, não caia a noite, que importa a candeia
Por acender nas casas que não vejo na encosta e eu lá?

Úmida sombra nos sons do tanque noturna sem lua, as rãs rangem,
Coaxar tarde no vale, porque tudo é vale onde o som dói.

Milagre do aparecimento da Senhora das Angústias aos loucos,
Maravilha do enegrecimento do punhal tirado para os atos,
Os olhos fechados, a cabeça pendida contra a coluna certa,
E o mundo para além dos vitrais paisagem sem ruínas...

A casa branca nau preta...
Felicidade na Austrália...

Álvaro de Campos
Poesias de Álvaro de Campos

A saudade esqueceu de ir embora, acho que ela pensa que aqui é a casa dela.

O dinheiro compra uma casa, mas não a paz; Ele atrai bajuladores, mas não amigos; O dinheiro compra o ingresso, mas não garante a alegria; Ele compra roupas lindas, mas a postura jamais...
Cuidado para não esquecer aquelas coisas que dinheiro nenhum compra e não se tornar um "pobre coitado"ainda que seja o milionário

Bote amor e sua vida será como uma casa construída na rocha.

As boas maneiras nunca saem de casa; as más viajam quilômetros.

Preciso abandonar essa “mania de passado”, retirar os entulhos, deixar a casa vazia para receber nova mobília, fazer a faxina da mente, da alma, do corpo e do coração.

Eu convido o Pai, o Filho e o Espírito Santo para adentrar no meu dia, na minha casa e na minha Família, que a paz reine, que o amor se fortaleça e que somente o que vier de Deus permaneça, que haja união, saúde e muita unção!
Que tudo o que estiver quebrado seja restaurado e o que sejamos muito abençoados!
A paz de Deus!

Quando eu saí de casa, bem que o coração me avisou
Leva um guarda-chuva que hoje pode ser
Que chova amor, que chova amor

Mas eu não dei ouvidos, saí desprevenido
Achei que nunca ia acontecer comigo
E aconteceu
O destino deu um empurrãozinho
Colocando o seu caminho no mesmo que o meu

"A melhor coisa deste mundo é ter em casa uma mulher que mil vezes por dia você tem vontade de abraçar e dizer a ela: 'Eu te amo.'"

A minha Casa é guardiã de meu corpo
E protetora de todas minhas ardências
E transmuta em palavra
Paixão e veemência.

Fui almoçar ontem na casa de uma amiga
Quando terminamos de almoçar, ela me disse:
Fiz o almoço, agora a louca é sua.
Peguei a louça, coloquei tudo em um saco plástico e fui embora.
Agora a mulher aqui na frente de casa com a polícia querendo a louça de volta...

Indireta por indireta a gente vai se declarando, um dia a gente se casa.

Orar é como voltar pra casa, voltar pro éden, voltar pro céu.

Pensar na palavra de Deus e falar com Ele sempre manterá sua mente protegida.

Uma vida de oração fará farto seu celeiro.
E no dia da fome terá mantimento para alma.
O dia que tiver sede terá rios de água viva.

Orar é sair do tempo e passear em uma estrada onde o que será já foi e o que É vem vindo.

Orar é trazer pra cá o que sua mente já alcançou, pela Fé.

Platão dizia que o tempo é a eternidade em movimento, eu digo que a eternidade em movimento é você.

Se o seu interior medita dia e noite na palavra de Deus, e seus lábios não se cansam, seu espírito transborda e todos são transformados.

Todo o seu potencial será desenvolvido em uma vida de oração. e dia a dia, de Glória em Glória viverá o brilho de cada fase, até que seja dia perfeito.

Hoje eu não quero ir pra casa prefiro ficar na Lapa
Junto com os meus parcero então bebendo cachaça
Hoje eu não quero ir pra casa prefiro ficar na Lapa
Junto com os meus parcero então fazendo fumaça.

Hoje, revirando as gavetas aqui de casa, tive a oportunidade de revisitar o meu passado através de fotos antigas. Nelas reencontrei velhos amigos, paisagens, familiares e até bichos de estimação que eu perdi para o tempo. Notei que em todas as fotos eu estava sorrindo. Não só por pose, mas principalmente por alegria. Pois é... Eu passei a vida a sorrir, por isso a minha vida é tão boa. E se um dia eu não fui feliz, esse dia ficou perdido numa dessas gavetas do passado. Ao bem da verdade, creio que esse dia nunca aconteceu, e se aconteceu, eu juro que nem me lembro.