Limpar a Casa
O último da terra.
Eu estava vindo de uma festa para casa, era 03h30 da manhã do sábado para o domingo, caía uma chuva bem fina, no para-brisa do carro, à noite e o dia todo foi de chuva e a pista estava úmida, dirigindo com calma, observei que em todo trajeto da saída do local em que estava, até em casa, um único carro eu não encontrei. Parecia que havia acontecido um apocalipse e o mundo estava vazio, tal qual acordou o xerife de Walking Dead – um mundo sem pessoas, sem carros. O céu fechado, com vontade de desabar desaforos a quem ousasse passar naquele instante.
Nessas horas dá pra pensar em muita coisa, inclusive esquecer a renite alérgica, que teimava em fechar a passagem de ar; uma hora ou outra a gente se pega só na vida e tem oportunidades de observar vazios, compreender silêncios e sentir saudades de coisas que se foram. Talvez seja a tal viagem que os escritores falam, que todo mundo devia se atirar. Um mundo assim tão só, pouco se vê em época de muito descontrole, gente demais, barulho sem fim. Talvez eu pudesse até lê pensamentos naquele momento. Os meus... eram todos audíveis – tocavam músicas antigas, avisavam de memórias passadas. Um dia talvez, eu possa de novo estar me sentido o último homem do mundo na terra, e quando eu chegar, saberei que não era mais o mesmo.
DE PORTAS ABERTAS
Nunca sonhei
morar em castelos
prefiro morar numa casa
onde portas e janelas
vivam sempre abertas
e nunca precisem
de trancas, maçanetas
de chaves, fechaduras.
As paredes feitas
de livros, discos, revistas
dispensam estantes
e é tal sua envergadura
que não lembro sequer
de pendurar contratempos
problemas, dissabores
porque o próprio vento
rodopiando limpa, cura e
e se encarrega de desinfetar
as mazelas de uma possível
intriga ou desventura!
ENTRE QUANDO QUISER
Entre quando quiser
assim como a porta
da minha casa
estará sempre aberta
a porta do meu coração!
Qual seu objetivo de vida? Talvez um filho? Uma casa? Uma família? Mudar o mundo?
Pois bem! O meu, é conseguir realizar meus sonhos! Como otimista e lutador que sou, não será difícil!
Quais são eles? Descobrirá quando eu conseguir realizá-los.
Frase do dia 16/09/2016
De nada lhe adianta ter todo o material necessário para edificar sua casa se não souber escolher o terreno certo onde fincará seus alicerces.
A noite estava escuro e frio lá fora, eu estava sozinho em casa, nunca era de receber visitas, sempre fui uma pessoa solitária e sempre gostei de ser assim, sem ninguém dizendo o que fazer, sempre gostou de ser eu, eu e eu. O bairro onde morava sempre foi quieto, mais essa noite eu havia ouvido um barulho de algumas coisas caindo, saio no quintal de casa e é apenas o gato da vizinha derrubando todas as latas de lixos dela. Mas o que me chamou atenção realmente foi que havia uma mulher sentada no final da rua, ela parecia estar com frio, estava apenas com um minúsculo short e uma blusa menor ainda, ela estava praticamente seminua, em meu ponto de vista. Sentei em frente a minha casa e fiquei observando-a, ela havia parado um carro e depois de alguns minutos havia voltado, e logo minha dúvida foi tirada, ela era realmente uma garota de programa. Eu resolvi ajuda-la, talvez oferecendo um copo de chocolate quente, ou até um biscoito. Ela não parecia estar drogada ou coisa do tipo, ela tinha uma boa aparência, então resolvi me levantar e ir até o final da rua. Quando cheguei até lá perguntei se ela queria conversar um pouco, ela recusou, mas depois que eu insisti outras vezes ela acabou cedendo e se sentou comigo ali mesmo onde ela estava, perguntei a ela o que ela estava fazendo ali sozinha, ela abaixou a cabeça e ficou em silêncio. Parecia estar com medo, decidi perguntar novamente, ela olhou pra mim e disse bem baixinho: — Eu estou cansada dessa vida, mas não tenho outra opção, é isso ou morrer de fome. Eu a olhei e lhe chamei pra beber algo, ela respondeu com um tom irônico: — Eu não faço programas na casa do cliente, só em motel ou em algum carro. Eu a olhei sério e disse: — Eu não quero um programa, quero apenas conversar com você. Levantei-me e a estendi a mão, depois de alguns segundos ela pegou na minha mão e se levantou, caminhou até a minha casa, entramos e peguei meu casaco e a lhe dei. Ela era linda, tinha os olhos azuis, cabelo loiro, liso e longo, a pele dela era branca, e quando me olhava seus olhos brilhavam, era incrível. Conversamos sobre várias coisas, preparei um chocolate quente para ela, era como se a gente se conhecesse a anos, ou a décadas quem sabe. No meio dessas nossas conversas ela disse que o sonho dela era ser uma grande advogada, mas não tinha condições de pagar uma boa faculdade. Ela interrompe a nossa conversa e se levanta dizendo: — Tenho que ir. Levantei-me na mesma hora, assustado, de uma maneira não querendo que ela fosse embora. Não, fica mais um pouco, disse a olhando e esperando com que ela dissesse que ficaria. Daqui a pouco os ônibus acabam, e não tem como voltar pra casa, diz ela tirando o casaco. Eu não queria que ela fosse embora, queria que ela ficasse então disse: — Não tem problema, fica você pode dormir no meu quarto e eu durmo na sala. Ela, mesmo insegura aceitou, ela se sentou e me sentei também e ficamos conversando por algumas horas, decidimos ver um filme, deitamos no sofá e acabamos adormecendo. Quando a acordei ainda estava dormindo, decidi fazer um café da manhã pra gente, levantei sem fazer barulho nenhum pra não acorda-la e fiz panquecas, não sabia direito como fazer, mas já havia visto a minha vó fazendo e não parecia difícil. Mas como eu esperava não ficou muito boa, e decidi fazer omelete e fazer suco de laranja, depois que estava tudo pronto ela levantou e foi até a cozinha dizendo: — Hm, que cheiro bom. Eu a disse bom dia, e nos sentamos à mesa, foi quando eu percebi que não sabia o nome dela, e nem ela o meu, havíamos falado sobre tantas coisas, mas esquecemos do mais importante, e comecei a rir. Está rindo por quê? Ela perguntou séria. É que só agora que percebi que nós não sabemos o nome um do outro, eu disse a olhando. Ela ri e diz: — Verdade, e qual o seu nome? — Meu nome é Bruno, e o seu? Pergunto a ela. — Meu nome é Priscila, mas todos me chamam de Pri. Depois que conversamos um pouco ela disse que precisava ir embora, eu a pedi que voltasse, ela prometeu que voltaria. No dia seguinte ela voltou, e agora estava com uma calça e uma blusa longa, ela estava linda. Depois disso ela começou a frequentar minha casa, dormia quase todas as noites, mas nunca tivemos nada além de amizade. O tempo foi passando e eu fui me apegando, fui me apaixonando cada vez mais. Depois de muito tempo eu acabei me declarando, ela ficou me olhando por alguns segundos e depois me abraçou e disse: — Eu pensei que você nunca iria dizer isso. Depois desse dia ela se mudou lá pra casa, somos casados há quatro anos, temos dois filhos e três cachorros, somos felizes, a Pri está terminando a faculdade de direito, nosso filho esse ano ficou para recuperação em matemática, Pri diz que é minha culpa por que eu o deixo jogar vídeo game em vez de estudar, eu tenho certeza que não é por isso, mas brigar com ela não é uma boa opção. A gente superou muita coisa esses quatro anos por ela ser uma ex-garota de programa, mas passamos por isso de cabeça erguida, sempre acreditando que no final seriamos felizes, e deu certo, muito certo, ela mudou o meu conceito em ser eu, eu e eu, hoje somos eu, ela e nossos filhos, aconteceu tudo por acaso e agradeço todos os dias por ter encontrado alguém como ela.
“Sobre a nova plataforma familiar, pai não é mais o varão, a autoridade máxima da casa, pois o novo regime igualitário que impera no seio dos lares derrubou a supremacia masculina que não mais domina o território. Marido e mulher se converteram simplesmente em “macho e fêmea” que estão juntos até que os interesses sobrevivam; que opiniões e pontos de vista não entrem na zona de convergência.”
Para refletir (2) 18/09/2016 (Domingo)
Assim como pensa estar com sua casa toda vedada e em ordem, e do nada começam aparecer infiltrações por todos os lados, é sinal que em alguma parte de seu eu interior deixou algum registro aberto.
Eu não cago em casa, eu cago é no trabalho,porque no trabalho você caga e ganha,é uma hora, uma hora cagando dá mais ou menos R$ 15, quem que ganha R$ 15 só cagando? Então eu seguro para só cagar no trabalho...
Pedaços de madeira como filho,
Quintal como casa,
Família imaginária,
Professores e alunos de mentirinha,
Bonecas inertes como brinquedo,
Pano na cabeça como cabelo
Ou por que não chicletes como aparelho dentário?.
Interessante pensar como era
Meu olhar de criança, como podia ter tanta imaginação e ficar horas brincando de ser alguém ou até mesmo brincar q um pedaço de madeira poderia ser um bebê.
E bom lembrar de uma época, onde não existia maldade na mente pura de uma criança, nem mesmo respostas tão difíceis e muitas vezes inaceitáveis...
Pichação não é arte, é vandalismo mesmo. Depredar a minha casa não é arte, é vandalismo mesmo. Furar os pneus do meu carro não é arte, é vandalismo mesmo. Tudo aquilo que modifica o princípio estético de algo público ou privado por terceiros sem autorização se considera vandalismo.
A FADA MEDROSA
Perto de um bosque havia uma casa de sape
Onde vivia uma fada princesa
Que no lugar do nariz tinha uma cereja.
Certa noite a pequena fada
Foi ao poço buscar água
E logo avistou um gato
Que mugia feito gado
Foi tamanha estranheza
Que a pequena fada princesa
Pegou seu pote sem água
E correu para dentro da casa
Logo ao entrar apavorada
A princesa coitada
Tremendo feito uma vara
Gritou sua amiga arara
Que pela fresta da janela
O gato foram espiar
Logo gritaram pela mãe dela
Que em seguida apareceu na janela
A arara deu um pulo
Com o susto que levou
Disse: Olhem lá no muro!
Mostrando o gato que avistou
A mãe logo o reconheceu
Ah! Aquele é o gato Bartolomeu
Filho do saudoso Zaquel
E de Dona Chiquinha
A nossa vizinha
Olhe o que medo faz
Mais calma reconheceram o pobre rapaz!
JORNADA
Como é bom voltar para casa de madrugada, vê-la toda bagunçada, as crianças dormindo na sala ao som de um reggae da baixada. Entro no meu quarto, tiro a roupa, tomo um banho e dou aquela relaxada, depois converso com meu amor sobre a minha caminhada. O cansaço adormece meu corpo, minha mente entra no clima e dá uma desligada. Quando amanhecer continuarei minha jornada.
Nossa casa mudou muito... Tudo fora do lugar... Sem retratos, sem tapetes... Sem seu cheiro a exalar... Nem as flores são verdes como antes... Nem meus sonhos se permitem recordar... A saudade agora fria companheira, permanece onde foi o seu lugar.
Semear
Semear o bem é fácil,
isso em qualquer lugar.
Acontece em sua casa,
na família, no seu lar.
Trabalhando com valores,
o mundo pode mudar.
Uma família mais feliz,
vai o mundo transformar.
Semear o bem é fácil,
basta você acreditar.
Os valores familiares,
pode a sociedade mudar.
Ensinar boas virtudes,
é papel do cidadão.
Que é chefe de família,
não é só da escola não.
O valores fundamentais,
são os pais que os ensinam.
Ensinando virtudes e valores,
que a sociedade determina.