Limpar a Casa
...Saudades dos velhos tempos! Namoro em casa, filme... Conheciamos a pessoa do nosso lado! Tinhamos convivência, confidencias, fidelidade e respeito. Não importava seu trabalho, o quanto ganhava e o carro era mero, mero detalhe! ...
Ainda te busco pela casa,ainda sinto seu cheiro na madrugada.Saio pelas ruas a te procura na esperança de mais uma vez te encontrar.Numa esquina,numa praça,numa ponte ou numa sacada.
Já faz uns quatro anos, mas eu lembro como se fosse ontem, de um dia que eu chegando em casa depois de quase três semanas fora trabalhando, com as costas pesadas, em parte pela mala gigante e em outra também pela responsabilidade que, até então, era novidade. Cheio de pensamentos no futuro: o que fazer, onde investir o que poderia ganhar, o que estudar, a que me dedicar, como seria minha vida dali pra frente, enfim preocupações cotidianas que todo mundo tem. E quando desci no ponto eu olhei um morador de rua na frente do mercado deitado em um papelão, mas não era qualquer papelão. Era daqueles bem grandes provavelmente de uma máquina de lavar ou algo parecido, idêntica as que eu adorava brincar quando era pequeno, olhando pro céu com os braços cruzados atrás da cabeça e o sorriso largo. Do seu lado um papel amassado de pastel de feira que tinha acabado de devorar. Conseguiu provavelmente jogando uma lábia em alguém, ou fingindo que tomou conta de algum carro. O tempo, um sol de fim de tarde com um céu completamente azul. O vento, uma leve brisa. Pode, e com certeza vai, parecer muito lúdico e uma visão romântica demais da vida, mas a expressão no rosto daquele cara, pelo menos naquele instante, naquele momento, era de absoluta e pura felicidade. Talvez mais um pastel não cairia mal, mas era Como se não precisasse de mais nada. A simplicidade tem esse jeito sutil de dar um tapa na nossa cara. Olhei e Fui embora. Esse ano comprei uma máquina de lavar e sequer deitei na minha caixa de papelão king size... Nem reciclei nem nada, só joguei fora... Que desperdício rs
Você poderia até desistir. Você poderia parar neste exato momento. Ir pra casa descansar suas pernas, fazer algo mais relaxante, deixar alguém chegar no lugar que é seu. Mas você é do tipo perseverante, que encara seus desafios, completa seus treinos e, na hora que precisa administra sua dor. Esse é o nosso jeito de ser, daqueles que se recusam a desistir.
Quero você? espere ? esperar o que ? você comprar um carro ,uma casa,ter dinheiro para pagar pelo menos o MOTEL.
Hoje ao vir para casa, sentindo a chuva cair sobre meus olhos, consegui ler uma placa que dizia ”O que te faz feliz?” então, parei e perguntei para mim mesma: ”O que me faz feliz?” Eu ri com a pergunta tola que eu acabava de me fazer, pois eu sabia muito bem oque me fazia feliz, oque me deixava bem acima de tudo. Era ele. Como sempre, ele. E minha mente já estava cansada de saber isso, ele passava por minha cabeça milhares de vezes no dia. Ele que sempre estava me fazendo rir com as coisas mais tolas e bobas de todas. Ele que me prendia a realidade, e ao mesmo tempo conseguia me tirar dela. Era ele quem eu procurava quando eu estava triste, era ele por quem eu chorava quase todas as noites… Pois eu era boba. Sensível. Tinha um medo enorme de perde-lo, pois eu sabia que não resistira sem ele. Pois sem ele eu era fraca, sem ele uma parte grandiosa de mim estaria sumindo, se partindo, desabando. E como qualquer outra garota boba e apaixonada, eu dava meu mundo por ele, se importava mais com ele do que comigo mesma. Até que chegou um dia que ele se foi. E sempre irá chegar essa parte de nossas vidas, que os nossos amores se vão. E ficam só na lembrança, no passado. Temos que aprender que nada é pra sempre, ao não ser as lembranças, a saudade. Continuei caminhando pela rua fria, e sentindo a chuva cair sobre mim, então consegui ler outra placa que agora, havia uma frase do filme Titanic, dita por Rose: “Ele me salvou de todas as formas que uma mulher pode ser salva, e eu nem tenho uma fotografia dele”. Dessa vez as palavras desapareceram dos meus lábios, e senti lágrimas brotarem em meus olhos. Percebi de vez, que ele tinha partido, e que não havia ninguém mais nesse mundo que me desse motivos para sorrir. Então me perguntei de novo: ”O que me faz feliz?
- Por favor, seu Moço, posso te roubar um beijo?
- Posso te levar pra casa, te botar na bolso e colocar seu nome no meu documento?
Ninho
Certo dia estava em minha casa, e um lindo e pequeno passarinho caiu do ninho indefeso; fiquei refletindo que muitas vezes caímos de nossos ninhos em lugares difíceis, e não sabemos sair, não conseguimos mais voar de volta ao lugar seguro; estamos perdidos, com fome, sozinho e acima de tudo não temos referência, se temos que cantar, falar ou apenas esperar... Mas esse mesmo passarinho que caiu do ninho encontrou uma moça que o alimentou, o colocou na arvore; Assim como aconteceu conosco quando caímos do ninho, encontramos Jesus que nos salvou, alimentou e colocou no caminho. O passarinho ficou na arvore por alguns minutos e sua mãe veio busca-lo; assim como Deus virá nos buscar.
Não me diga 'estou com saudade' diga 'estou no porta da sua casa'.. Ai sim eu acredito!
Porque ao contrário do que muitos acreditam, o medo da morte nos fortalece pra vida. Todos deviam arriscar viver sem a tal corda que nos impede de arriscar mais pelo que realmente vale a pena...
Acho que talvez tenha acontecido só comigo, pois quando comecei na frequentar uma casa espirita e naquele tempo era diferente de hoje, todas as pessoas se sentavam em volta de uma mesa e começavam a receber espíritos. Eu também, sentia uma força diferente e começava a falar. Quando terminava, ninguém se lembrava do que havia falado, somente eu. Com o tempo, fui me sentindo muito mal, pois achava que estava fazendo teatro e, por várias vezes me afastei. Mais tarde, fui para a Umbanda e o mesmo aconteceu. Ninguém se lembrava. apenas eu. Lá comecei a receber um caboclo. Eu ficava nada roda cantando e, quando a mãe de santo chamava por ele eu começava a dançar sem parar. Só que, naquele tempo, eu tinha um problema sério de torcicolo, q1ualquer movimento mais brusco com a cabeça fazia com que meu pescoço começasse a doer e não havia, remédio, massagem ou pomada que curasse. Isso durava por dias e até semanas. Por isso, tomava todo cuidado com o meu pescoço, balançava todo o corpo, mas sempre tomava cuidado com a minha cabeça. Depois de algum tempo, resolvi que não ia mais fazer aquilo, que eu estava fazendo teatro e que não era certo. Eu gostava das roupas, das musicas, mas não precisava mentir. Em um dia, resolvi que por mais que a mãe de santo chamasse, eu não ia dançar nem balançar o corpo. Ela se aproximou, chamou, chamou e eu firme. De repente, sem que eu conseguisse controlar, comecei a dançar e a minha cabeça a se mexer, violentamente, da frente para trás, de um lado para outro por mais que eu quisesse, não conseguia parar. Enquanto isso acontecia, a minha maior preocupação era com o meu pescoço. Eu só pensava: preciso parar se não o meu pescoço vai sair do lugar dos dois lados, mas não parrou. Quando eu já estava muito cansada, parou e eu estava com os dois lados do pescoço em frangalhos. Sai de lá andando dura sem conseguir mover a cabeça para lado nenhum. Na época eu tinha duas crianças pequenas e a minha preocupação só era de como eu poderia cuidar delas. No dia seguinte, om muito custo, consegui fazer o almoço e cuidar mais ou menos das crianças. Depois do almoço, coloquei as crianças para dormir e dormi também. Sonhei que era para eu pegar novalgina, que eu tinha em casa, e passar pelo pescoço. Acordei, fiz isso e nunca mais tive problema algum com torcicolo. Naquele dia, aprendi que, embora eu estivesse consciente, eu tinha sim, um guia e nuca mais duvidei. Fiquei na umbanda até que percebi que a mãe de santo explorava as pessoas. Sai. mas aprendi muito com os guias da Umbanda. Depois disso, voltei para o espiritismo e estou até hoje. Mesmo depois disso, nunca entendi muito bem o que acontecia com as pessoas que diziam ser inconscientes até que meu mentor escreveu a respeito do livre arbítrio. Escrevi tudo isso, para vc ver que eu não tenho só teoria, mas acho que vc não precisa se preocupar, pois, inconsciente ou consciente o importante é estarmos fazendo o bem para as pessoas que nos procuram. Desculpe se, de alguma forma eu o machuquei, essa não era a minha intenção.
Hoje fiquei sem paciência ao chegar em casa e constatar que tinha trocentas ligações no meu telefone convencional. Nossa, me deu um piripaque no coração, um pressentimento de que algo ruim tinha acontecido, como se o insistir das ligações me avisassem da urgência em contar algo péssimo, mortal.
Não era nada, apenas a insistência de alguém que quer tudo na hora, pra ontem e que não sabe esperar.
Por falar em telefone, vou citar um exemplo típico do meu trabalho e de como as pessoas precisam de orientação quanto ao uso adequado do telefone. Cada estação de trabalho tem um ramal e um telefone, então cada colega meu tem seu telefone. Se alguém quer falar com um colega específico e esse colega não está, essa pessoa liga e bota o telefone para tocar 20 vezes, não satisfeito liga mais 3x20. O que isso significa? Atrapalhar os demais colegas, algum colega puxa a ligação pra simplesmente dizer, fulano não está. Será que realmente precisa alguém atender ao telefone depois de 20 toques para que o outro serzinho entenda que a sala está vazia, que o colega não está.
Meu pai nasceu em família humilde, trabalhou muito cedo, com 8 anos morava em casa de família (aquelas famílias que denominam empregados não remunerados de "filhos de criação"), Cadê o meu pai? Está lavando o pátio. Cadê meu pai? Está lavando a louça. Cadê meu pai? Está lavando o banheiro. Cadê os outros filhos? Estão brincando... Mas era filho de "criação" (trocava a criação + trabalho como um mouro escravo por comida mais moradia).
O mais velho de 17 irmãos, quatorze vivos e 3 falecidos como dizia minha vó (meu pai diz com os olhos cheios de lágrimas a cada partida: "meus irmãos furam fila para falecer". Eu só me lembro de 10 filhos porque outros morreram crianças e até bebês, vítimas de desnutrição e 1 de afogamento. A oportunidade de estudar mais que o curso primário ensino fundamental deu condições futuras para a contribuição, e assim, completar a renda familiar e ajudar seus irmão menores a estudar sem grandes sacrifícios. Meu pai começou do nada, única herança genética era o esforço e a força de trabalho. Uma certa dose de ambição, a ambição saudável e benéfica, a ambição dentro da legalidade, a ambição não pejorativa pregada por muitos levou o meu pai a subir cada degrau, jamais esquecendo sua escala de valores. Meu pai pessoa que admiro e amo. É perfeito? Não! Mas é o meu melhor pai do mundo? Pra mim, sim!
Lembro quando fui morar sozinha que sentia todas as noites aquele beijo noturno dado pelo meu pai em minha bochecha, eu chegava a me arrepiar, foram tantos anos recebendo aquele beijo, ajeitando o nosso lençol, rezando na nossa cabeça que é inesquecível, e não dava para deixar sentir aquele carinho mal-acostumado por quase duas décadas.
O papai educou os filhos na surra, no castigo, na palmada e na conversa, hoje talvez estivesse preso por alguma Lei Antipalmada ou de Direitos Humanos, nos explicava com exemplos, com a vida e com as notícias dos jornais, lembro-me de um longo ensinamento sobre a banda podre da polícia e o quanto a sociedade padecia com tais comportamentos. Lembro também dele tentando me explicar a diferença entre idealismo, radicalismo e fanatismo. Era o melhor professor/pai de todos os tempos.
Por muitas vezes eu me perguntei o porquê eu não tenho a garra do meu pai, adoeço por tudo, basta 3 horas debaixo do sol, mesmo com ventilador portátil, bloqueador e guarda-sol para ter febre e moleza no dia seguinte. Quase sempre me encontro em exaustão, proporcionalmente recebo de brinde um sono profundo em estado delicioso, talvez o Nirvanah que os budistas falam. Segundo a minha mãe herdei seu gênio forte. E que gênio! Por favor, não paguem pra ver!
Meu pai leu em algum lugar que banana prolonga a vida e na casa dele pode faltar tudo, mas banana não falta, é vitamina de banana pela manhã, banana misturada na comida no almoço, banana de lanche e banana com banana, ainda bem que é minha fruta favorita, é automático pensar no meu pai comendo banana quer frita quer in natura.
Apesar de escritório físico meu pai trabalhava em casa. Meu pai oposto da minha mãe, por ela não nos aventurávamos no jambeiro do meu avô, não nadávamos, não andávamos de bicicleta e tampouco de skate, o papai conseguia quebrar a superproteção da minha mãe e brincávamos com terra, de manja, lembro-me de todas as manhãs brincar com toda a família de 5 as 6h, agente acordava cedo e ia para a antiga bola da Suframa correr e respirar ar puro, evitava asma segundo o papai. Lá íamos na nossa Brasília Azul, cantando "não corra papai não corra, estou esperando você não corra papai, não corra, não quero nunca lhe perder".
O Papai sempre nos criou em uma relação de iguais, eu o chamava de tu e minha irmã sempre o chamou de Senhor Irineu, aprendeu com a empregada que o chamava assim.
Lembro de uma vez que o papai levou um balde de sorvete para o Dom Bosco, isso porque o dia das mães tinha todo um glamour e o dia dos pais era superfanta.
Eu tenho as melhores recordações do meu pai na infância e hoje adulta me sinto amada cada segundo.
Pai, eu te amo!
- Frio você não é bem vindo aqui em casa, pois sempre é muito frio para pouco abraço.
- Mas pensando bem até seria bem vindo se eu pudesse transformar um filme sem graça passando na TV em um filme de romance ganhador de Oscar e a invés de morder a pipoca salgada eu morderia você, inteiramente suada e te deixaria sem graça.
Lembro ainda do teu cheiro como incenso pela casa !
Cheiro de moça,cheiro de vida,cheiro de filha ...
Se realmente acontecer,eu vou me fechar fingir esquecer silenciar e a parede de casa trincar com murros e bicudas e minha raiva toda descontar