Limpar a Casa
Eu aprendi a ser forte,
Pros socos que a vida dá.
Levantar, limpar os joelhos,
Nunca no chão ficar.
E mesmo que caia de novo,
Uma coisa eu vou falar.
Depois de tanto soco,
Hoje aprendi a revidar.
Limpar a espada não é apenas um ato de higiene para o próximo combate, mas disciplina até a batalha final.
Hoje eu acordei numa casa diferente, num quarto diferente, sem nenhuma muleta, sem nenhuma maquiagem, meus amigos estão ocupados, meus pais não podem sofrer por mim. Hoje eu acordei sem nada no estômago, sem nada no coração, sem ter para onde correr, sem colo, sem peito, sem ter onde encostar, sem ter quem culpar. Hoje eu acordei sem ter quem amar, mas aí eu olhei no espelho e vi, pela primeira vez na vida, a única pessoa que pode realmente me fazer feliz.
Barraco (minha casa?)
O governo anunciou!
Vão trocar seu barracão,
por uma casa de verdade,
com janelas, porta, tem fogão.
Casa pintada, de telhado
sem goteiras, como aquela,
lá no morro.
Coitado!
Já nem pode mais dormir,
só pensando nesse dia.
Ele vai ser proprietário.
Como lhe faz bem ouvir
este nome de magia.
Proprietário, proprietário!
Vão trocar seu barracão.
Bem, é o que diz
o semanário
mas, doutor,
será que vão?
Casa Arrumada
Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.
"A vida é uma pedra de amolar; desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos feitos."
(George Bernard Shaw)
Alimenta teu cão e ele guardará tua casa;
faz jejuar teu gato e ele te comerá os ratos.
[=As pessoas são diferentes e devem ser tratadas de modo diferente.]
Embaixo do chuveiro aproveite o aconchego morno da água, cante baixinho a musica da sua vida. De olhos fechados passe os dedos em seus cabelos como se pudesse limpar a mente, deslembre as magoas passadas e permita que a espuma alva e perfumada te lave a alma, e se encarregue de arrastar toda a negatividade pelo ralo. Busque a calma, o abraço da toalha, o som das gotas caindo, e pelo embaçado do espelho contemple lá no intenso de seu olhar que já és outra pessoa: Magnífica, linda, sorrindo!
Às vezes após uma notícia jornalística sobre a morte de alguém sinto a vontade de lavar meu coração, como se dessa forma pudesse lavar de mim a maldade de ser humana.
Como a água do mar lava a areia,
eu quisera ser lavado do tempo em que minha carne é prisioneira.
Como a água leva tudo nas quedas da cachoeira,
quisera lavar os pensamentos que para o mal me norteiam.
Escorrer de mim o que não me faz bem.
Esgotar assim o que me detém, mudar o fim e partir.
Limpo e leve, seguir atrás do que há além.
A sorte te trouxe pra perto
Destino nos uniu no tempo certo
Limpou o coração que já era pó
E Deus nos fez de dois um só
Venha quando quiser, ligue, chame, escreva - tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim.
(...)
se você tem pai;
se você tem mãe;
se você tem uma casa;
se você tem uma comida na mesa;
se você tem uma cama limpinha, quentinha;
se você tem saúde;
se você enxerga;
se você escuta;
se você se supera;
se você erra e aprende com seu erro... Aí você é feliz! Aí você tem tudo! Porque
dinheiro e sucesso, não compra tudo não...
O dinheiro compra muita gente, mas não compra tudo não, está ligado... Então, quero que vocês entendam, que o melhor que a gente pode ter na vida, são as coisas básicas: é a nossa saúde, é a família, é um amigo, é um lugar pra viver, está ligado...
É ter no que acreditar, é viver em função de um sonho... Eu tenho uma alma, que é
feita de sonhos...
Convite à Loucura
A loucura resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa.
Todos os convidados foram.
Após o café, a loucura propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
- Esconde-esconde? O que é isso?, perguntou a curiosidade.
- Esconde-esconde é uma brincadeira. Eu conto até 100 e vocês se escondem. Ao terminar de contar, eu vou procurar e o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar.
Todos aceitaram, menos o medo e a preguiça.
- 1,2,3..., a loucura começou a contar.
A pressa escondeu-se primeiro, num lugar qualquer.
A timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore.
A alegria correu para o meio do jardim. Já a tristeza começou a chorar, pois não encontrava um local apropriado para se esconder.
A inveja acompanhou o triunfo e se escondeu perto dele debaixo de uma pedra.
A loucura continuava a contar e os seus amigos iam se escondendo.
O desespero ficou desesperado ao ver que a loucura já estava no 99.
- 100!, gritou a loucura. Vou começar a procurar...
A primeira a aparecer foi a curiosidade, já que não agüentava mais querendo saber quem seria o próximo a contar.
Ao olhar para o lado, a loucura viu a dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar.
E assim foram aparecendo a alegria, a tristeza, a timidez...
Quando estavam todos reunidos, a curiosidade perguntou:
- Onde está o amor?
Ninguém o tinha visto. A loucura começou a procurá-lo.
Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do amor aparecer.
Procurando por todos os lados, a loucura viu uma roseira, pegou um pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito.
Era o amor, gritando por ter furado o olho com um espinho. A loucura não sabia o que fazer.
Pediu desculpas, implorou pelo perdão do amor e até prometeu segui-lo para sempre.
Moral da história:
O amor aceitou as desculpas e é por isso que hoje e em todo o sempre, o amor é cego e a loucura o acompanha sempre.