Limites
...por mais que eu quizesse negar, eu sabia...ontem eu havia passado dos limites, ultrapassado as barreiras que eu jurei jamais ultrapassar, violado as leis que eu havia estipulado. Eu deveria voltar no tempo e escolher não ter dito nada, como nos dias antes de ontem, escolher te deixar sem a ajuda que eu decidi te dar.
Hoje eu permaneço me culpando por ter burlado as regras, por ter falado demais, por querer sua presença aqui, por me iludir tão fácil nas tuas falsidades.
PRINCIPIOS BÁSICOS (PARTE I)
Nos limites do ócio e do negócio
É difícil acordar para cumprir a sina do dia, quando não se tem vontade e disposição. É um impulso da cama a contra gosto. O cansaço desafia a fragilidade do corpo. Seus limites são testados e provados todo o dia. O corpo reclama, pois está sangrando por dentro. É por isso que anda faltando muita qualidade de vida. Há inúmeras vidas e raríssimas as que têm qualidade de vida. Há os que ignoram os limites da corporeidade em nome de uma estética que chame a atenção. O cuidado de si tem um efeito terapêutico, curativo, contudo é muito mais eficaz preventivamente do que quando se tenta apagar o incêndio. Isso aliado aos tempos digitais, virtuais, mecânicos e frios em lugar da presença objetiva, do toque e das afecções. Nas eras das ausências e exarcebações, Aristóteles nos ensina que a virtude não está nos extremos, mas na sua justa medida. Cuidar demais do corpo não é bom, cuidar de menos também não é boa pedida. Isso me recorda a tensão que temos que ter entre o Ócio e o Negócio. O negocio é aquilo que nega o ócio. O ócio é aquilo que nega o negócio. A parte começar definindo pela negativa, precisamos de um espaço e de um tempo nosso que possamos cultivar o ser pessoa. Precisa ser criativo, aberto ao lúdico, as surpresas e ao mistério. Isso eu chamaria de ócio. Está muito longe da perspectiva de ser um tempo sem fazer absolutamente nada. Longe de ser ausência de exercícios. O negócio é aquela caixa fechada, com regras bem definidas, que está situada no espaço do hoje que deve ser atendida no tempo do ontem. O negócio tem uma cronologia estranha para a lógica humana. É capaz de disciplinar quem tiver limites e capaz de transformar um indivíduo em um compulsivo empresarial. Nesse caso, nem tanto ao céu, nem tanto a terra, pois limites têm limites, ócios têm negócios e nos negócios, sempre há ócio criativo e lúdico a ser descoberto. Desejo que descubra e que seja bem feliz!
Os que lêem a bíblia merecem altíssimos créditos, pois superaram os limites do olfato humano quanto a resistência ao cheiro dos cadáveres que são as idéias bíblicas.
Essa destemida vontade de vencer sem limites me fascina de formas abrangente e pura, pois tudo a aquilo que mas primo me leva sempre á ruínas e minha vitoria eu mesmo procuro.
Ame sem limites,
porque quando você limita o seu amor,
Você limita também a sua felicidade,
Você limita também os seus sentimentos...
Corri numa rua sem fim
Cresci numa casa sem paredes
Voei além dos limites triviais
Experimentei o que não tem gosto
Senti o que não tem cheiro
Vivi o intocável
Procurei noites ditosas
Acordei dias abrumados
Edifiquei-me além da negra aflição
Fraquejei-me sob o enorme peso do amor
Enquanto a lei da entropia aponta para os limites materiais e energéticos, o capital aponta para uma necessidade inerente de expansão infinita. Enquanto a entropia aponta para uma questão qualitativa, o desenvolvimento do capitalismo é orientado e sancionado pelas regras quantitativas do mercado. Enquanto a vida se afirma frente à entropia buscando equilíbrios qualitativos, a lógica do capital se manifesta pela busca constante da ruptura dos equilíbrios qualitativos, orientada pela busca de expansão quantitativa do capital.
“Sem limites, sem freios, sem contorno, sem saída. Um novelo de lã, algo de difícil acesso ao fim. Isso é o que me tornei ou o que sempre fui? Seria minha própria culpa, ou minha culpa me fez assim? Meu limite está no outro, assim como minha culpa, minha carga, minha vida. E isso é sobrecarregar demais alguém. Alguém que não tem culpa nenhuma d’eu ser assim. Onde eu termino e começa você? Eu já não tenho essas respostas, nunca tive, será que algum dia terei? Só o tempo irá dizer.”
o Rio de Janeiro me fez acreditar em limites
achava que era uma terra sem leis
tudo é de todos faço o que quiser
tentei até deixar Copacabana
mas a água me lavou
o mar me levou
sim
o Rio precisa de um fim
O corpo tem seus limites. A mente tem seus traumas e bloqueios mas a Vontade Determinada não conhece limitações.