Limite
HUMANO é aquele que, ao chegar ao máximo de sua possibilidade, percebe que atingiu seu limite e pára, pois sabe o que acontece depois; HERÓI é aquele que, ao atingir o máximo de sua possibilidade, não o aceita como limite e continua, acreditando que pode mudar esse depois; SANTO é o que sabe ter atingido o máximo de sua possibilidade, não dá a mínima para o limite e vai em frente, ainda que saiba o depois. Mais do que a escolha, a diferença está na importância dada a um “depois” além do que ele consegue saber.
Poder que não reconhece limite algum, que dispensa o fardo da responsabilidade, não aspira à democracia não. É poder que anseia por tirania.
O livre-arbítrio sem limite, sem equilíbrio, é uma coisa insuportável, por as consequências serem desagradáveis.
Hoje...
cheguei ao meu limite.
Assim sendo,de agora em diante
só vou amar quem me ama.
E dane-se o resto!
NÃO SE LIMITE apenas àquilo que sabes, pois o mundo está sempre mudando, e quem se finge de surdo e cego para com as novas idéias e valores, e não participa do que é novo, naturalmente vai se isolando, e cada vez mais se sentindo frustrado com os acontecimentos e o agir das pessoas a sua volta. Ou seja, morre sem perceber (Nelson Locatelli, escritor)
Não tenho asas, mas posso voar não tenho pernas, mas posso correr.... Na imaginação não temos limites
Jogue-se! Não limite-se aos trilhos...
A vida é uma só. E precisa se sentir viva, pulsante, vibrante...
Jogue-se! mas abra suas asas...
Contemple do alto de suas emoções, a vida em toda a sua plenitude.
Jogue-se e voe! para que depois não olhe para trás e veja que acumulou apenas sonhos inacabados, desejos aprisionados e gritos silenciados. E se isso acontecer, jogue-se! mesmo sabendo que não haverá mais asas...
Não se limite a investigar Deus e se privar da mística de saborear o que dele descobre. Decorar os mandamentos e esquecer de colocar o rosto na poeira que te simplifica, que devolve ao que de fato importa, é um desperdício.
A linha do tempo te leva com o vento numa estrada sem limite.
Você busca uma verdade de um fato que não existe.
Pensa longe, viaja no pensamento no mesmo lugar.
Não conhece a realidade, vai para outra cidade viver a ilusão da felicidade.
Esquece da verdade. E com isso, uma nova idade surge a cada segundo, mudando os reflexos, se perdendo no mundo, você esquece de conhecer a vida, segue nesta estrada só de ida, E ai quando entende o fato, pensa em voltar. Mas não existe retorno. Seu objetivo ficou para traz e as flores da primavera estão longe. Nós estamos numa outra estação
Talvez não tenhamos outra chance. Esse trem segue uma trilha e nos deixa cada vez mais distante. E o mundo pode não ser mais o mesmo de antes, a idade vem sem piedade mudando tudo. A solidão pode ser cruel com quem não aproveita o céu da juventude pra construir seu rumo no coração de alguém
Vamos viver hoje, pois amanhã é outro dia.
Autor: Carlos Alberto Ramos de Albuquerque
O homem aprendeu viver no passado, no limite dos pontos traçando futuros, perdendo o presente real; chamado agora, esse intocável...vivem frustrados e insatisfeitos, gulosos por não estarem onde realmente poderiam, dinheiro.
LIMITE HUMANO – DOM JAIME SPENGLER
Qual o limite humano? Qual o limite do suportável pelo ser humano? Estas são questões importantes para quem se sente atingido por situações e contradições de todo tipo: violência, dependência química e virtual, corrupção, terrorismo, exaltação da subjetividade, promoção do conforto a todo custo, descaso com o meio ambiente, negação de Deus.
O atual estilo de vida, a atual cultura estão ligados ao saber e ao poder. Por esta concepção, tudo é visto como objeto de conhecimento e manipulação. Assim, o saber é compreendido e assumido como meio para chegar ao poder! Predomina o slogan: "saber é poder"!
Neste contexto, possibilidades de entender a realidade por meio das dimensões sapiencial, simbólica, mitológica, teológica e espiritual são desqualificadas e até ridicularizadas. O que importa é a racionalidade que tudo pretende manipular e dominar.
No entanto, por mais potentes que sejam as forças que regem a racionalidade, surgem sinais que revelam a fragilidade de tais forças. A racionalidade certamente tem valor, mas não se pode esquecer seus limites e os limites que ela impõe.
Um ser humano não é alguém que está sobre as coisas e sobre os outros, mas é alguém que está com as coisas e com os demais. O meio ambiente e a natureza não pertencem ao ser humano, antes é ele que lhes pertence e deles participam.
A pessoa humana é um ser em relação: consigo mesmo, com os demais, com o meio ambiente e com Deus.
Compreender o ser humano como imagem e semelhança de Deus impele a ver, pensar e compreendê-lo como filho de Deus e irmão de toda humana criatura. Neste sentido, a fé proporciona abertura para o grande Outro e, iluminando as relações com os outros e com a natureza, descortina a autêntica condição da racionalidade. Ela pode ser vista como profundamente humana, pois explicita o que há de mais humano no ser humano: reconhecer a capacidade de transcender-se, de sair de si, de ser mais, de superar limites; saber que pode tanto, mas não pode tudo!
Porque imagem e semelhança de Deus, o ser humano está continuamente criando, participa continuamente da obra da criação. Além disso, é convidado a jamais perder de vista a condição de filho de Deus e nela sempre crescer.
Neste contexto, qual é a missão do ser humano no mundo? Aquela de auxiliar na criação de um mundo mais humano, integrado e integrador; onde seja mais fácil amar e menos difícil a solidariedade, a fraternidade, a construção da paz e da justiça.
O cristão - sobretudo o intelectual cristão! - é convidado a viver a partir dos valores do Reino anunciado por Jesus Cristo. Mas não só! É também exortado a inspirar iniciativas que considerem a dignidade e o lugar de tudo o que existe na ordem do universo.
Infelizmente, o espírito dominante da época não favorece a integração humana do limite. De muitos modos o ser humano é induzido a desconsiderar os próprios limites e tudo o que o cerca. Tal situação tende a produzir desequilíbrios e enfermidades, como autonomias exacerbadas e/ou deprimidos de toda espécie.
A realidade humana é como um pântano que adere à pessoa e pode fazê-la afundar. Esta realidade dificulta ou torna muito trabalhosa a tarefa humana fundamental: alcançar o autoconhecimento e amar o que não se vê nem pode ser alcançado pela lente do microscópio, por ondas eletromagnéticas ou por imagens. Reconhecer e acolher o próprio limite propicia possibilidades de sua integração e superação.
Sempre há as noites escuras para nos indicar onde é o limite, para nos lembrar que é melhor um esquecimento longo do que uma grande tormenta na qual acabamos vendendo a nossa dignidade.
Às vezes o melhor remédio é esquecer o que se sente para recordar o que valemos,porque o amor não se suplica, e embora nunca se deva perder um amor por orgulho, também não se deve perder a dignidade.
Há muitas ocasiões em que cruzamos essa fronteira,pensamos que por amor tudo vale a pena.
Muitas pessoas costumam dizer que o ego alimenta o orgulho e o espírito alimenta a dignidade.
A dignidade age o tempo todo a ouvir a voz do nosso “eu” para fortalecer o ser humano, o respeito por nós mesmos sem esquecer o respeito pelos outros.
A dignidade tem um preço muito alto,não se vende, nem se perde nem se presenteia.
As pessoas costumam pensar que não há nada pior do que ser abandonado por alguém que amamos,mas na verdade, o mais destrutivo é se perder amando quem não nos ama.
Não adianta nos posicionamos à sua sombra, onde já não irão mais restar dias ensolarados para o nosso coração nem estímulos para as nossas esperanças.
Os sacrifícios têm limites,não posso oferecer ar sempre que você quiser respirar, nem apagar a minha luz para que a sua brilhe.
O amor se sente, se toca e se cria todos os dias.
Se não percebermos nada disto, pedir não vai adiantar nada, assim como não adianta esperarmos sentados que aconteça um milagre que não tem sentido.
Assumir que já não somos amados é um ato de valentia que vai evitar que fiquemos à deriva em situações delicadas e destrutivas.
O amor jamais deverá ser cego.
A dignidade é e será sempre o reconhecimento de que somos merecedores de coisas melhores, porque sempre será melhor uma solidão digna do que uma vida de carências, do que relacionamentos incompletos.
Não permita isso, não perca a sua dignidade por ninguém.