Lida
Desvelo sem fim
os novelos de mim
Anunciando o novo dia
como quem termina uma lida
Cortando os fios do absurdo
como quem bebe absinto
Gritando rouca ao sem-fim dos mundos
como quem gira no carrossel dos loucos
Desvelo sem ter
o bordado a tecer
Apenas riscando
opções de viver.
Vida rouca, outra ida, despedida,
Lida leve, vida vévi,
Se cuida.... como eu nao me cuido,
que eu vivo,
Como der ou como posso,
Mas como posso?
Vivendo no Osso, nos destroços,
De uma vida antes viva agora véu,
Véu preto, Luto !!
Mas nao deixo de lutar,
De olhar o luar, imaginar, sonhar...
E há de melhorar,
Um dia,
Manhã branda, fogo intenso,
TUDO eh tenso !
Penso,
E isso basta, antes que troque de casca,
Canto e escrevo nesse inverno,
Curto esse frio eterno,
Nessa vida linda e curta,
A qual eu curto e quase surto !
]Renato Broz
Sua capacidade de amar e ser amada está bloqueada pelas suas atitudes e pela forma como você lida com a vida!
A busca pela perfeição termina tão logo começa. Nada nem ninguém é perfeito. As perspectivas de lidar com o imperfeito, o incompleto é que deixam a vida interessante.
Todos vão embora,
Porque as pessoas mudam no decorrer da lida,
Meu pai foi embora
O homem que amei embora
Pessoas vão embora afetivamente
Eu nunca fui boa em dizer Adeus,
Deus é o único que não vai embora
Porque ele NUNCA muda.
"Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores.
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores.
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores.
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores.
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho.
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho.
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho.
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho.
Estou podando meu jardim. Estou cuidando bem de mim."
O que eu levo da vida, são os desgatos da lida, todo é momentanio e passageiro até um suspiro ou um beijo
Temo a vida e não a morte
Se na cova o descanso
E na vida eterno pranto
Temo a lida e não a sorte
Musa ou maldita, destes versos
Nem a morte, coisa alguma hei de ver
Se teu querer a sorte me trouxer
Viverei do teu ser e amor eternos
Perguntaram-me uma vez: “por que escreves, se ninguém a ler?”. Digo, não escrevo para ser lida, assim como a flor que brota no campo não desabrochou para ser posta em um vaso numa sala qualquer. Escrevo em nome do meu vício, que precisa sempre de uma overdose de palavras para não perder o controle. Minhas palavras são destinadas a mim, pois elas sempre são sobre mim. E mesmo se eu escrever sobre vós, ainda não será a ti que escrevi. Escrevo para me firmar, para sentir e para viver. E se nunca leu o que escrevo, como sabes que o faço? Então não digas novamente que ninguém ler, pois você leu.
Eu nunca julgo o livro pela capa, geralmente dou uma lida assim de leve... e que saber!? Seria melhor ter julgado pela capa!
Mãos Estendidas
Mãos estendidas, elevadas em oração;
calejadas do duro trabalho da lida.
Elevadas ao céus, estendidas ao Pai,
que nos dá o pão cotidiano.
Mãos, de dedos delgados e trêmulos
unhas sujas do toque à terra escura.
Da sacralidade do suor e fadiga num calor fervente.
Mãos sobrepostas e marcadas pelos anos.
Acolhedoras do Sacro Corpo e Sangue;
santas aquelas mãos estendidas humildes
em prece, sem pronúncias, porém,
cheias de significado
De uma vida dura,
mas, de pura gratidão.
Conheço muito da lida do campo,
Pois foi em fazenda que eu cresci...
As tradições e costumes deste meu Rio Grande,
Tudo que existe eu aprendi...
O que foi bom eu me lembro,
E o que achei ruim esqueci...
Eu não ando a cavalo é uma opção minha,
Também não aprecio o chimarrão...
E não costumo tomar canha,
Tenho minhas razões, mas não fujo a tradição...
E o respeito pelo meu pago,
Que trago com orgulho no fundo do coração...
Aprecio um bom churrasco,
E também um arroz carreteiro...
E das nossas cantorias,
Amadrinhado por um bom violeiro...
E do ronco de uma cordiona,
Nos braços de um bom gaiteiro...
Sou um gaúcho com muito orgulho,
Pois eu sou nascido aqui...
O Rio Grande é minha terra,
A querência amada onde eu nasci...
Eu só não me adaptei,
Com alguns costumes que eu vivi...
Mas eu gosto de um fandango,
E uma cordiona que toca...
E também rebolear os quartos,
Nos braços de uma chinoca...
SONHO DE AMOR - II
Somente você
em minha vida
é o perfume,
o beijo, é a lida,
a paixão,
é o pulsar do coração
que te vive
cheio de esplendor...
Somente você, oh,
num lindo existir
é de mim o sorrir,
somente você
é meu sonho de amor...