Libertar um Amor
COMPULSÃO POR SOFRER (ou a história de Chiquita)
Chiquita era uma menina que amava muito a mãe: uma verdadeira heroína inspiradora aos seus olhinhos. Chiquita fazia questão de mostrar tudo que fazia para ela: desenhos, lições, comidinhas e tudo mais. Aonde quer que a mãe fosse, lá estava ela em seu encalço. Sentia quase como se ela e a mãe fossem uma coisa só.
Mas, em meio a essa maravilhosa vida, Chiquita começou a perceber algo estranho: existia sempre uma nuvenzinha sombria pairando por sobre a cabeça de sua mãe. Ninguém mais conseguia notar aquilo, apenas Chiquita. Incomodada com aquilo, chegou até a indagar a própria mãe a respeito, porém ela deu de ombros e a repreendeu por sua “imaginação fértil”. Pois é, aparentemente nem mesmo sua mãe conseguia enxergar a tal nuvenzinha desagradável.
Contrariada com essa situação, Chiquita teve uma ideia: “já que a nuvenzinha em cima da minha cabeça é alegre e cintilante, vou pegar uma parte da nuvenzinha feia da minha mãe pra mim!”. E assim ela fez.
Chiquita cresceu e virou uma adulta normal como todo mundo. Um dia, em meio a um turbilhão de problemas com doenças, dores, marido rude e chefe autoritário, ela se viu chorosa diante do espelho com um semblante triste e notou algo surpreendente: a nuvenzinha no topo de sua cabeça não era mais luminosa e resplandecente, estava sinistra e feia tal qual se recordava daquela que flutuava por sobre a cabeça de sua mãe na infância.
Num arroubo, correu para encontrar sua mãe e percebeu que a tal nuvenzinha dela continuava igual. Depois, ela saiu em disparada para ver sua filha. Olhou por sobre a cabecinha da pequena garota e viu uma nuvenzinha (que nunca havia reparado antes por cima dela): manchas sombrias começavam a tomar parte do fundo cintilante. Nesse exato instante ela entendeu tudo.
Hoje em dia, muitos notam a espetacular mudança de semblante de Chiquita: mais alegre e jovial. Quando perguntada qual é o “segredo”, ela costuma responder de um jeito muito estranho: ”todos os dias eu me olho no espelho e tento tirar um pequeno pedacinho obscuro de uma nuvenzinha que existe sobre a minha cabeça. Quando consigo, passa a resplandecer uma parte cintilante que estava escondida.”
Eu não tenho medo de viver a morte
Eu tenho medo de viver na morte
Uma vida tosca
Chapada e fosca
Sem sentido
A pedido, repedido
na aniquilação da essência
Que me solapa a digna existência
Eu não tenho medo de viver a morte
Eu tenho medo de viver na morte
Quero ser livre dos padrões
Das grandes e antigas paixões
Porque viver preso
Viver teso
Nesta louca rigidez
Me impede, me tortura, me rouba a fluidez
Eu não tenho medo de viver a morte,
Eu tenho medo de viver na morte
A morte de tudo, do sentido
Do vivido
Do extraordinário
Do que me é primário
Temível é este muro, tão duro
este lugar do silêncio escuro
Eu não tenho medo de viver a morte
Eu tenho medo de viver na morte
Que me apaga me judia
Me gira, me rodopia
Em um circular de padrões
Eterna armadura de tensões
“Faz o que te mandaram”
E eu segui o que me ensinaram
“Vai vai” me diziam
Aqueles que não sabiam
E hoje, meu amigo,
Eu não tenho medo de viver a morte
Eu tenho medo de viver na morte.
Lilian Scortegagna
Como planejar o futuro
Se estamos no imprevisível?
Como viver o presente
Se tudo que o acompanha
Está abrupto, ausente
Ao se desprender do esperado
Você se depara com diversas possibilidades
Encontrando em si
Habilidades para exercer outras vontades
Nós seres humanos
Vivemos com a necessidade de nos prender
Na maioria das vezes, para isso,
Nos tornamos bons em ceder
Assim, tudo continuará sendo mantido
Sem perceber, o que passa ser vivido
Te conduz a um caminho completamente sem sentido
Até que por fim, nos encontramos perdidos
Passamos a existir como um forasteiro
Fazendo do próprio corpo, um sombrio cativeiro
É necessário realizar novas escolhas
Para ser possível sair dessa imensa bolha
As perdas, trarão os aprendizados
Polindo tudo aquilo que estava enraizado
Então, entenderá que ponderação
É sinônimo de libertação.
Livros podem não ser uma libertação definitiva mas são preciosos presentes, pois têm o potencial de libertar as mentes das crenças limitantes.
Em relação ao trabalho, os robôs não roubam empregos; em vez disso, são as pessoas que controlam os robôs que podem influenciar o cenário. A automação tem o potencial de libertar profissionais competentes de tarefas repetitivas, permitindo que se concentrem em atividades mais complexas e criativas. Ao eliminar a monotonia no trabalho, a tecnologia possibilita que os trabalhadores se destaquem em tarefas que exigem pensamento crítico e habilidades humanas exclusivas, tornando-os mais valiosos em suas funções. Esse processo pode, por sua vez, resultar em melhorias na qualidade do trabalho e na promoção da inovação.
O conhecimento liberta
O medo aprisiona
De tal maneira, que paralisa
E, gera o caos dentro de si
Liberte-se da ignorância!
Ah, que alívio maravilhoso, o glorioso alívio quando alguém sabe o que se passa em nossa mente e nos faz falar, libertando-nos da longa escravidão do silêncio!
É tão assustador quando tentamos sair do vazio que habita em nós e perceber que esse vazio não nos deixa ver o refúgio que a alma precisa para conseguir se libertar.
"O pior momento é quando ficamos presos em nossos próprios pensamentos. A única chave para nos libertar desse cárcere somos nós mesmos.
Travar uma batalha de pensamento contra si é um grande desafio, mas necessário para a liberdade emocional."
Liberte-se de tudo que te aprisiona e sufoca, abrace todas oportunidades que a vida oferta e se abra para o novo.
Insta: @elidajeronimo
"Somos todos loucos presos dentro de nós mesmos, ansiando encontrar um outro louco para nos libertar do cativeiro do nosso próprio eu."
Não entendo como posso ser tão difícil de entender a mim mesmo, talvez buscar uma forma de conhecer é o que esteja faltando para que eu possa me libertar.
Toda a minha vida, tudo o sempre quiseram foi me possuir. O único que me libertou foi você.