Liberdade para Voar
Tem dias que você sente que andando pra frente não vai decolar.
Então você dá meia volta e muda sua rota, pra que assim possa livre voar.
Sigo avante com minha virtude, saudade no peito Deus no coração, prosperidade pra família e para os irmãos, o andarilho segue o questionamento, na relação um pouco ciumento, mas te deixo livre pra voar.
No voo, não penso em nada
não tenho alma
não tenho pressa, nem calma
Mas tenho uma reza
um pedido...
um pra cada asa
Na hora do voo...
Todos a quem amo deveriam saber ...
Costumo observa-los a distancia.
Para que sempre tenham a liberdade
de poder voar e ao cantar escolher o
tom e canção.
Em um mundo preto e branco
Eu colori o meu recanto
Preferi manter o riso
Quando quis chegar o pranto
Decido o caminho ao qual devo trilhar
Assim vejo arco-íris
Mesmo onde não há
Minha fantasia faz graça à quem não quer acreditar
Que minha alegria me da asas
Livre à voar!
Nós somos como pássaros que vivem em gaiolas abertas, alguns já escaparam de suas grades, mas outros estão bem acostumados pelo tempo que passou nelas, que esqueceram de como se voa para a liberdade.
Venha pra Chuva
.
Quero te convidar pra tomar banho de chuva
Por cima de duas rodas onde o mundo ganha asas
e o brilho do dia ressoa um longo e intenso prazer
Venha comigo sair do comum
Vamos inventar um mundo
Venha comigo acender o fogo do improvável e viver uma vida não composta
Venha se despir de frases prontas, de conceitos predeterminados
Pois uma vida vivida não vale se reeditada
Vamos questionar o mundo
Vamos pleitear nossa nosso amor, nossas alegrias em meio as dores
Pois não há sentido em viver vidas passadas
Não há sentido viver o que já foi vivido
Vamos dançar na chuva, celebrar nosso despertar
Contagiar a cada dia nossa vida com perguntas sem respostas
Vamos rir do que nos disseram
Vamos cantar o oposto, o inusitado
Se liberte deste mundo de certezas de que o por vir justifica os meios
Não se apegue às alegrias elas são miragens e solúveis
Não busque estruturas crie asas para voar pra fora deste solo
A vida não vale a pena ser vivida sem a liberdade criada ai dentro
Ao final quero ter vivido, uma vida criada e orquestrada por nós
E contar aos viventes que se atrasam, em viver...
... como é bom voar.
As vezes basta um instante, um pequeno momento de lucidez para olhar em volta e conseguir enxergar a beleza da natureza, a simplicidade das gotas da chuva, o agradável e raro som do silêncio.
As vezes apenas um minuto é o suficiente para que você consiga entender que não perdeu, te perderam e que há um mundo maravilhoso com pessoas ansiosas por conhecê-lo.
As vezes basta um piscar de olhos para sentir o breve momento único em que o vento toca seu rosto e te lembra que agora você é livre para alçar vôo.
Apenas um instante para lembrar o seu valor, que você merece a parte inteira, não metades e quem gosta de resto, que faça bom proveito.
Quando um pássaro machuca suas asas, passa dias no ninho, tendo de observar outros pássaros circularem pelas árvores, darem os loopings que ensinou a muitos deles... A subirem, descerem, sumirem e voltarem. Pode acontecer durante a primavera, estação mais linda e colorida, durante a qual é esplendoroso voar entre os bosques cheios de flores; às vezes durante o verão, quando os mergulhos no mar satisfazem tanto quanto a brisa que sentem nas penas quando o sol finalmente dá uma trégua; ou durante o outono, quando tem que se preparar para o inverno, observando tudo ao seu redor ir de cores vivas e quentes a mais amenas e frias; durante o inverno, voar, apesar de não parecer, aquece seu coração, faz o sangue circular e com que ele se sinta vivo.
E durante estes momentos ele se questionará "Mas por que comigo?". Aos olhos dele ele é o infortunado que machucou as asas durante sua temporada preferida... O que na verdade é mentira, pois ele ama todas elas. O que não suporta é ter suas asas podadas como a copa das árvores as são por crescerem demais... Ele quer sempre poder crescer mais e esse tempo em que é impedido de voar, tira dele toda a satisfação e a sensação de liberdade que corre por suas veias. Ele se torna um observador, enquanto na verdade, seu interior anseia por sentir o vento por entre as penas e o poder da imensidão ao seu dispor.
Mas todos passamos por fases necessárias e "impuláveis", se é que essa palavra existe, e todos somos obrigados a lidar com elas quando elas chegam. No final das contas vira tudo aprendizado.
E quando a fase passa, a gente suspira, ergue as asas e voa outra vez.
Pois afinal, qual pássaro desistiria de voar?
NG.
Chega um determinado momento na vida em que não basta sonhar. Chega um determinado momento em que é inútil planejar. Um determinado momento em que é estupidez falar de sonhos e seguir rendido à uma realidade na qual odiamos.
A gaiola esta aberta, sempre esteve! Nos mantemos prisioneiros do medo de voar, e do medo de perder coisas desnecessárias.
Chega um determinado momento em que você percebe que quase não sente o ar que respira, não sente a própria alma dentro de sí.
E as coisas comuns são insuficientes, o que antes era prazeroso, já não surte efeito.
E você sai por aí em busca de diversão pra suprir a falta de felicidade. Mas ao chegar em casa, você senta, e sente a solidão devorando cada pedaço de sí.
Sente o nó na garganta, e bebe alguma coisa. Sente a falta de algo que o mundo comum não proporciona. Digo "comum", não simples. Porque o mundo, mesmo com suas complexidades, ele é comum. O incomum, o surpreendente, o que realmente nos faz viver e ser feliz esta nas coisas mais simples.
Então, chega o momento.
E cabe ao engaiolado pássaro infeliz tomar a iniciativa de enfim voar.
Tenho medo de sonhar.
Se temo, não sei o que sonho.
Com medo, sonho.
Preciso perder o medo.
Aprender a sonhar, sem medo.
Como nos sonhos de criança.
Que sonhava voar bem alto.
Alçava vôo, livre, mais leve que o ar.
No rosto, até o vento sentia soprar.
Real, nem parecia num sonho eu estar.
Não havia o que temer.
Não havia o que sonhar.
Apenas a coragem.
E o poder de realizar.
Viver a emoção de um sonho bom e realizar a vontade de viver em paz. Acorrentar-se ao mínimo de matéria e lapidar o que se pretende no que concerne à alma. Ser feliz ao ser livre e saber desfrutar da liberdade com sabedoria. Conquistar o cume conhecendo a base. Subir com humildade. Voar! E ser feliz... Sempre!
"Talvez, um dia... esse voador encontre um alguém, que lhe dê motivo para querer pousar e criar raízes"
Meu pai tinha um grande viveiro, cheio de pássaros, de todos os tipos, de todos os modos de cantos. Era o hobby do velho – Criar pássaros. Ele ficava horas olhando os bichos. Quando a gente se aproximava pra chamar ele pra jantar, descrevia cada um deles - O modo como viviam na natureza, como cantavam, como se reproduziam. Eu ficava hipnotizado com as histórias do meu pai sobre os pássaros. Um dia ele abriu a porta do viveiro e deixou todos saírem. Os que não queriam sair, ele pôs para fora. Então ele passou a ir direto pra mesa, jantar. Ninguém falava no assunto. Um dia ele estava limpando o viveiro vazio. Eu fiquei olhando ele trabalhar. Ele me viu observando. Sorriu e me chamou pra perto e disse: Um dia, você também vai se cansar do que mais gosta na vida. É normal. Acontece.