Liberdade que Escraviza
Mais vale a dificuldade na diciplina que lhe dá liberdade do que o prazer de um costume que o escraviza.
“Os homens que vinculam prazer à liberdade se tornam na verdade, escravos daquilo que julgam lhes dar prazer. Iludem-se ao acreditar que podem ter controle sobre suas vidas” (O Mentor Virtual – Pág. 37 – Ed. Komedi – Campinas-SP – 2008). - Fragmento publicado no artigo 'Disciplina. A Estratégia de Uma Marca Forte - no blog MARCAS FORTES - Dez,01/2011).
Quem te promete a liberdade, escraviza-te! O pior inimigo é aquele que se aproxima de ti como amigo.
A FÉ CONSCIENTE É LIBERDADE
fé consciente é liberdade.
A fé instintiva é escravidão.
A fé mecânica é loucura.
A esperança consciente é força.
A esperança emocional é covardia.
A esperança mecânica é doença.
O amor consciente desperta o amor.
O amor emocional desperta o inesperado.
O amor mecânico desperta o ódio.
George Ivanovich Gurdjieff, mestre espiritual greco-armênio, era uma figura enigmática e uma força influente no panorama dos novos ensinamentos religiosos e psicológicos, mais como um patriarca do que como um místico Cristão. Era considerado, por aqueles que o conheceram, como um incomparável “despertador” de homens. Trouxe para o Ocidente um modelo de conhecimento esotérico e deixou atrás de si uma metodologia específica para o desenvolvimento da consciência.
SOBRE CADA AFIRMAÇÃO DESTE PENSAMENTO DE GURDJIEFF AQUI FICA UMA REFLEXÃO OU EXPLANAÇÃO.
A fé consciente é liberdade.
Não existe fé onde não existe amor, a fé é tão dependente do amor que sem fé qualquer pessoa perde sua totalmente a capacidade de amar alguém, já que fé entende-se por acreditar em algo ou alguém, e quando não se acredita em algo ou alguém é impossível amar esse algo ou esse mesmo alguém, e quando amamos algo ou alguém estamos livres das amarras dos nossos piores sentimentos de escravidão como o orgulho, a prepotência e o ódio, já que esses sentimentos nos prende inconscientemente em nossos próprios egoísmo, e quando somos egoísta pensamos erroneamente que não precisamos de ninguém, e isso é prepotência nossa que inconscientemente pensamos assim.
A fé instintiva é escravidão.
Somos humanos e por sermos humanos somos dependentes quer queira quer não, e por sermos dependentes instintivamente acreditamos em algo ou alguém que nos ajude, isto é fé instintiva, nascemos com a dependência de algo ou alguém e inconscientemente acreditamos que somos completamente dependentes desse alguém ou desse algo, isso é fé instintiva, ela se torna escravidão a partir do momento que nós não conseguimos nos libertar ou sermos autossuficientes, e por pensar assim nos escravizamos inconscientemente, o que de fato seria uma escravidão inconsciente.
A fé mecânica é loucura.
Não existira fé mecânica se não existisse amor, nos tornamos dependentes dessa fé que convenhamos chama-la de mecânica, pois ela é de fato um modo de agir e de pensar mecânico ou com certa obrigatoriedade, pois agimos e pensamos assim porque pensamos que de fato dependemos dos outros ou de algo que nos possibilita de vivermos, e por isso somos levados a crer ou de ter fé nesse mesmo alguém ou algo, seja lá o que for, e isso seria realmente algo completamente mecânico ou melhor dizendo, completamente louco, pois o amor ou qualquer forma de dependência não nos prende obrigatoriamente a algo ou alguém, seja lá o que for, pois somos livres para decidirmos nossos destinos independentemente de alguém ou de algo, chamamos isso de livre arbítrio ou de direito e escolha.
A esperança consciente é força.
A esperança é realmente um sentimento que temos inconscientemente e por isso acreditamos nos nossos projetos ou sonhos, mesmos aqueles impossíveis de realiza-los possam ser de fato realizados e isso é uma consequência da nossa capacidade de acreditarmos no nosso potencial, e por isso podemos chamar de uma esperança forçada, pois conscientemente acreditamos que podemos mesmo sabendo que realizar certos projetos e certos sonhos que na verdade são impossíveis de se realizarem ou de se tornar real.
A esperança emocional é covardia.
É difícil ter esperança em algo que inexiste, isso é esperança emocional ou emotiva, e por isso pode ser chamada de covarde, pois pelo que se sabe só é covarde aquele que faz ou que pensa em fazer algo que prejudique alguém sem ter nenhum sentimento de culpa, pois os covardes não tem ou tem medo de ter essa consciência e desta forma eles tem a esperança de que se concretize algo completamente inaceitável aos olhos de qualquer um que seja, pois isso seria uma completa insensatez aceitar algo que é inaceitável.
A esperança mecânica é doença.
Essa afirmação vem a comprovar que a esperança é um ato de fé e devoção e desta forma não podemos ter esperança sem fé, pois a esperança é um desejo que não depende exclusivamente de nós, senão teríamos esperança com certeza, ou seja, seria um ato mecânico ou se desejar, um ato exclusivamente dependente de nossa única vontade, o que como se sabe não é assim que funciona, ou seja a esperança de realizar um sonho impossível não depende única e exclusivamente de nós.
O amor consciente desperta o amor.
Um amor tem que ser consciente para despertar na pessoa amada e desejada um amor recíproco e verdadeiro, mas também pode ser um ato inconsciente, mas nesse caso fugiria do nosso controle e desta forma não poderíamos amar conscientemente.
O amor emocional desperta o inesperado.
Talvez por ser esse sentimento tão vital para nossa sobrevivência, desperte inesperadamente um amor inesperado.
O amor mecânico desperta o ódio.
Por ser um sentimento supremo no campo das nossas emoções e também inesperado, já que não podemos forçar que alguém goste da gente, tudo requer uma certa reciprocidade, um amor mal correspondido pode realmente despertar ódio, pois quando isso ocorre o amor se torna uma obsessão e amar é um ato natural, sentimental de sintonia de ambas as partes, o amor nunca poderá ser um ato forçado e mal correspondido.
Gurdjieff
Mesmo se tivéssemos a liberdade de fazermos tudo o que desejássemos,ainda assim, seríamos escravos de nossos impulsos (04.12.17).
A prometida liberdade pela educação é escravidão, pois os que dela supostamente usufruem são intitulados analfabetos funcionais.
Liberdade?
Somos todos escravos.
Do cheiro, do sabor e do tato.
Da beleza e feiura
Das escolhas prematuras.
Somos todos escravos.
Das conscequencias dos atos.
Das verdades não ditas
E pela vida omitidas.
Somos todos escravos.
Pelas regras acorrentados.
Pelo medo presos, calados.
O que é santo? O que é pecado?
O que é escolha?
Nesta vida em bolha,
Neste cercado fechado.
Opções limitadas lado a lado.
O que é liberdade?
Nem transitamos na vida a vontade.
Nem a roupa se pode negar
Nem a loucura se pode abraçar.
Somos todos escravos.
O que sabe não ser um escravo, não precisa sonhar com a liberdade; o que não sabe ser um, não pode sonhar com a liberdade.
ESCRAVIDÃO
Eu que a Liberdade tanto adoro,
Vivo por Ela e sempre Dela;
Que, só de imaginar venha a perde-la,
Derramo na minha alma intimo choro;
Eu que escutei, como celeste coro,
A voz, dos Ramas e dos Cristos, bela,
Eu cuja crença, cuja mente, vela
O seu altar onde, prostrando-me, oro;
Eu que lamento a mão fraca e indefesa
Contra qualquer humano despotismo,
Contra o poder até da Natureza;
Nasci para viver nesta ansiedade.
E, porque Nela, e sempre Nela, cismo
Sou escravo da mesma Liberdade.
Muitos jovens gritam por liberdade e no entanto se escravizam às insinuações da moda ou às exigências de um determinado grupo a que pertencem.