Liberdade que Escraviza
Poucas pessoas ignorarão que a escravidão é o cranco que rói o Brasil!; posto isto, é mister extingui-la.
Não sou escrava dos meus sentimentos
Não sou escrava dos meus desejos
Sou uma mulher que ama viver a liberdade de poder ser...
EU SOU...
Tenho medo de dizer que eles estão errados e que eu estou certa. Quem sou eu além de uma escrava? Como posso explicar que sou a única livre, e que são eles os cativos?
Quando somos jovens pesa sobre nossos ombros a escravidão capitalista, a responsabilidade da construção: passar em vestibular; arrumar trabalho; construir família, ter filhos; comprar casa; carro. Nos tornamos escravos do mercado de trabalho, das exigências das regras sociais, da perversidão dos padrões de beleza da época, da moda. A emancipação só chega bem mais tarde já na vida adulta, mas nessa época ainda estamos preocupados demais em preparar nossos filhos para enfrentarem sozinhos esse mundo competitivo e desigual no qual os colocamos. A autonomia mesmo só chega com a maturidade. A idade madura nos permite encarar o mundo com mais liberdade. Mais seguros de nós mesmos podemos nos dar o luxo de olhar pra vida sem o peso dos compromissos e ao invés da vida nos dominar, agora somos nós que dominamos ela.
Sou cigano e jamais serei escravo de um império!
Eu louvo o dia
O sol é o meu guia
Eu vivo caminhando
E a fé está no comando
Eu exalto toda a liberdade
E todo o riso que me invade
Ás vezes a dor quer me peitar
Prefiro dançar em vez de chorar
Não consigo me fincar neste chão
Sempre mudo o tom da minha canção
A glória está no sangue que corre na veia
Meus pés são firmes e não cedem na areia
No meu céu sempre há o lampejo da estrela
É Santa Sara kali me guiando e eu posso vê-la
Abro os braços e sinto a natureza me abraçando
Dádiva divina que ganho quando estou caminhando
Não tenho certeza em qual terra será o meu descanso
Sempre presencio milagres na estrada em que eu avanço
Não sou do mundo que se imagina senhor do que é material
Quando a terra se fez terra, jamais disse que teria dono, afinal!
Dizem que atrás do olhar de cada cigano existem muitos mistérios
Quero viver a vida em plenitude e jamais ser escravo de um império!
Janete Sales Dany
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Escravidão e Abolição dos escravos no Brasil. Ainda acho pessoalmente que seja um triste capitulo da Historia do Brasil que deveria se re escrito sem tanto romantismo e revisto por fatos históricos bem mais próximo da verdadeira realidade da época. Pois nunca houve uma abolição da escravatura, pois só existe esta possibilidade se fossem homens escravos. Se a igreja em sua grande maioria não admitia que eles tivessem alma, por que hoje falar em humanos escravos...se eram contabilizados como itens de patrimônio rural, como o numero das sacas de cafe, de bois, de vacas, de cabritos...e eram supervisionados por veterinários...e muitos castrados como bichos....por que falar historicamente em homens e mulheres escravos...talvez fosse prudente e assertivo não continuar a falar historicamente em mão de obra operaria escrava...mas sim uma tração animal negra na nefasta e vergonhosa época e entendimento.Uma historia que ainda deve ser contada sem a romantização cultural europeia.Isto tudo através de dados históricos e fartos documentos históricos não muito divulgados no Brasil. A cada comemoração da dita ABOLIÇÃO, cabe sim um momento de muita reflexão, de revelação e revisão.Para que nunca mais em qualquer lugar do planeta, o ser humano dito civilizado não trate outros seres humanos como animais. A verdadeira historia brasileira deve ser contada sem revanches, sem floreios e sem fantasias para edificação de um novo povo na diversidade, hoje mais unido, livre, verdadeiro e soberano.
"Nunca estivemos seguros"
A fome tem alimentado por longas décadas, escravocratas das mais variadas escalas. Agora a fome é comercializada pela indiferença, o suicídio é coletivo, apenas muitos não se aperceberam disto. A contínua reprodução das desgraças alheias sem o mínimo de atitude, sem se quer perguntar pro vizinho se ele tá bem, tá legal, se não precisa de algo, é alimentar a fome ininterrupta falsária que se apresenta incauta, condicionando a todos em questionar, mas mantendo-se estático, quase sem vida, por fim morrerá de fome pela falta de justiça e por de alguma forma ter tirado da própria boca pra alimentar nossos algozes, a sede por justiça poderia matar nossa fome, mas passamos em se curvar somente perante a Deus, pra viver e morrer de joelhos diante do poder de qualquer homem.
Kaab
Reciclar conceitos e renovar idéias é a condição fundamental para romper-lhe as crenças que escravizam e matam a liberdade de agir.
A escravização ideológica adestra o povo a viver numa contínua subalternização, anulando quase por total qualquer reação.
Inseridos na falsa liberdade, condicionados há eterna obediência, matam e morrem sem saber o real motivo, causa, o porque.
Kaab
Quando a escravização é tratada como uma ação de civilização, o que resta senão a revolução !? A força que escraviza vem da fraqueza do escravizado, seu conformismo.
Kaab
Porque alguns preferem a escravidão?
Na escravidão em si, há dois pesos e duas medidas.
A privação da liberdade em razão da garantia de sobrevivência.
E a chave para o funcionamento de tal, é o medo.
Libertação dos Escravos
No começo de nossa história.
Os senhores de engenho precisavam
De mãos fortes para trabalhar.
E por não poder os Índios capturar...
Os negros começaram a traficar.
Subjugando-os a condições
Miseráveis ou subumanas.
Eram forçados a trabalhar nos canaviais.
Os escravos por não
Mais suportar esta submissão.
Fizeram uma revolução.
Resolveram enfrentar os riscos
De virarem petiscos
De bravios cães...
Eles fugiam dos capitães.
Não tinham nenhum direito...
Até suas vidas tiravam, com efeito.
Eles não tinham nenhum respeito.
Os negros por não mais suportar os maus tratos.
Passaram a viver nos matos,
Viver ou morrer?
Já não tinha mais importância.
Não tinham nada a perder.
Buscavam a liberdade
A qualquer preço...
Uns aglomerados no interior!
Eram os quilombos...
Destes, o mais importante.
Foi o Quilombo dos Palmares.
Chefiado por Zumbi
Sobreviveu mais de 50 anos
Aos ataques portugueses e holandeses em 1630.
Mas, depois de Zumbi ter sido capturado e degolado.
Foi instinto pelos bandeirantes Paulistas
Liderado por Domingues Jorge Velho.
Zumbi foi colocado em praça pública
Para servir de lição.
Para que nenhum outro negro
Fosse capaz de se rebelar...
E sua liberdade buscar.
Porém, o desejo de ser liberto.
Era maior do que o temor.
Os negros continuaram a escapulir.
Sem que o capitão do mato deixasse de perseguir.
E quando os capturavam
A mando do governador da Bahia.
Eles tinham o F gravado a ferro.
F de fujão.
Isto quando não lhes impunha maior punição.
No entanto, obtiveram várias conquistas...
Que apesar de pequenas como:
Extinção do trafego negreiro
Lei do ventre livre
Lei do sexagenário.
Contribuíram para que mesmo tardia,
Fosse promulgada a “total” libertação.
Era 13 de maio de 1888
Quando a Regente do Império
Princesa Isabel assinou a Lei Áurea
Abolindo a servidão.
Esta promulgação
Foi vista como um ato digno e cristão.
Que rendeu a princesa o Título de Redentora,
Passando a ser chamada pela classe dos martirizados
De Protetora.
Eis a história...
De nossa triste memória...
A Escravidão.
Será que já acabou essa fase dolorosa?
Cento e vinte e quatro anos depois...
Existe ainda discriminação.
Entre brancos e negros há marginalização.
O homem precisa mudar sua conduta.
Ver o negro, o índio, o mulato e o branco como cidadão.
Acabando com a discriminação social.
O conhecimento é o aniquilador das regras transgressoras; dos tabus escravizadores e invioláveis; das liberdades impossíveis e das razões condenadas.
Foque mais sua vida em viver coisas novas. Nao seja escravo de nada. De uma rotina, de dinheiro, de alguém, de um ideal, de um corpo.
Não se arrependa de nada.
Agarre as oportunidades.