Liberalismo
Onde há grande propriedade, há grande desigualdade. Para um muito rico, há no mínimo quinhentos pobres, e a riqueza de poucos presume da indigência de muitos.
É difícil imaginar uma maneira mais perigosa de tomar decisões do que deixá-las nas mãos de pessoas que não pagam o preço por estarem erradas.
Governo civil, quando instituído somente para a proteção da propriedade privada, é na realidade instituído para a defesa dos ricos contra os pobres, dos que têm propriedade contra os que não têm.
O que certamente nunca houve no Brasil foi um choque liberal. […] O liberalismo econômico assim como o capitalismo não fracassaram na América Latina. Apenas não deram o ar de sua graça.
O liberalismo - e não o devemos esquecer isso hoje em dia - é a generosidade extrema, é o direito que a maioria concede à minoria, e, por isso, o lema mais nobre que já se ouviu no planeta. Ele transmite a decisão de conviver com o inimigo fraco. A probabilidade de que a humanidade pudesse conceber uma coisa tão linda, engenhosa, arriscada e contrária a natureza era mínima. Assim, não admira que agora a mesma humanidade pareça resolvida a renunciar à ela. Sua aplicação é demasiado difícil e complicada para que pudesse criar raízes nesta terra. Conviver com o inimigo! Governar com a oposição! Uma tal humanidade já não se torna incompreensível?
Neo-liberalismo, monocultura, padronização, o aquecimento global já não é ficção, movidos pelo lucro a vaidade e o poder, homens mortos pelo ego antes de nascer, na nova era chega a terra a nova concepção, respiro fundo fecho os olhos de pé permaneço, abro o cosmos a janela do meu coração, entrego, confio, aceito e agradeço. Luz preencha todo o meu ser e mostre o que podemos ver, além do que é material, se encontra a alegria, fé o Jah eu vou seguir com fé, fluindo na força maior, que cria e muda pra melhor, em sintonia.
“Não podemos chamar de “democracia ou liberalismo”, um regime político que oprime e subjuga a sociedade aos rigores das leis.”
Admitindo que o século XIX tenha sido o do socialismo, do liberalismo, da democracia, não equivale a dizer que o século XX também deve ser o do socialismo, do liberalismo, da democracia. As doutrinas políticas passam, os povos ficam. Pode pensar-se que o século XX é o século da autoridade, o século das direitas, o século fascista; se o século XIX foi o século do indivíduo (liberalismo significa individualismo) pode pensar-se que este é o século do coletivo e, portanto, do Estado.
Minha preferência vai na direção de uma ditadura liberal em vez de um governo democrático sem liberalismo.
A tendência a admirar, quase venerar, os ricos e poderosos, e de desdenhar, ou no mínimo ignorar, pessoas em condições pobres e cruéis, embora necessária para estabelecer e manter a distinção entre níveis sociais, é ao mesmo tempo a maior e mais universal causa da corrupção da nossa sensibilidade moral.
Quem busca na liberdade outra coisa que não ela própria, foi feito para servir. A Liberdade tem um fim em si mesma.
Contrária ao individualismo, a concepção fascista é voltada para o Estado, e é para o indivíduo, na medida em que ele concorde com o Estado... Ela - a posição fascista- se opõe ao liberalismo clássico, que surgiu como uma reação contrária ao absolutismo e esgotou a sua função histórica quando o Estado tornou-se a expressão da consciência e da vontade do Povo.
O liberalismo negou ao Estado em nome do indivíduo;
O fascismo reafirma os direitos do Estado, como expressão da verdadeira realidade do indivíduo ... neste sentido fascismo é totalitário. .. o Estado fascista é a forma maior e mais poderoso de personalidade, é uma força, mas uma força espiritual, que assume todas as formas da vida moral e intelectual do homem, portanto, não pode limitar-se simplesmente para as funções de ordem e supervisão como liberalismo propõe.
Não é porque os homens promulgaram Leis que a Personalidade, a Liberdade, e a Propriedade existem. Pelo contrário, é porque a Personalidade, a Liberdade, e a Propriedade preexistem que os homens fazem Leis.
O melhor programa econômico do governo é não atrapalhar aqueles que produzem, investem, poupam, empregam, trabalham e consomem.
Ainda que a sociedade não aufira nenhuma vantagem direta da instrução das camadas inferiores do povo, mesmo assim deveria procurar evitar que elas permaneçam totalmente sem instrução. Acontece, porém, que a sociedade aufere certa considerável vantagem da instrução do povo. Quanto mais instruído ele for, tanto menos estará sujeito às ilusões do entusiasmo e da superstição que, entre nações ignorantes, muitas vezes dão origem às mais temíveis desordens.
É-me impossível separar a palavra fraternidade da palavra voluntária. Eu não consigo sinceramente entender como a fraternidade pode ser legalmente forçada, sem que a liberdade seja legalmente destruída e, em consequência, a justiça seja legalmente deturpada. A espoliação legal tem duas raízes: uma delas, como já lhe disse anteriormente, está no egoísmo humano; a outra, na falsa filantropia.
Os direitos humanos devem ser entendidos como liberdades (...). A doutrina dos direitos humanos está aqui contida para estabelecer limites ao governo e não pode ser usada para autorizar qualquer aumento no poder do governo que não for exigido para a incumbência fundamental de proteger a liberdade individual.
O neoliberalismo deve aceitar a ênfase liberal do séc XIX na importância fundamental do indivíduo, mas deve trocar o objetivo do laissez faire do séc XIX como um meio para este fim pelo objetivo da ordem competitiva. Deve buscar usar a competição entre os produtores para proteger os consumidores de serem explorados por eles, a competição entre os empregadores para proteger os trabalhadores e os proprietários, e a competição entre os consumidores para proteger os próprios empreendimentos. O Estado deve fiscalizar o sistema, estabelecendo condições favoráveis à competição e a evitar monopólios, fornecer uma fundação monetária estável, e aliviar a miséria e a extrema pobreza. Os cidadãos estarão protegidos do Estado por um mercado privado livre; e um do outro pela preservação da competição.
Com o avanço da divisão do trabalho, a ocupação da maior parte daqueles que vivem do trabalho, isto é, da maioria da população, acaba restringindo-se a algumas operações extremamente simples, muitas vezes a uma ou duas. Ora, a compreensão da maior parte das pessoas é formada pelas suas ocupações normais. O homem que gasta toda sua vida executando algumas operações simples, cujos efeitos também são, talvez, sempre os mesmos ou mais ou menos os mesmos, não tem nenhuma oportunidade para exercitar sua compreensão ou para exercer seu espírito iventivo no sentido de encontrar meios para eliminar dificuldades que nunca ocorrem. Ele perde naturalmente o hábito de fazer isso, tornando-se geralmente tão embotado e ignorante quanto o possa ser uma criatura humana. O entorpecimento de sua mente o torna não somente incapaz de saborear ou ter alguma participação em toda conversação racional, mas também de conceber algum sentimento generoso, nobre ou terno, e, conseqüentemente, de formar algum julgamento justo até mesmo acerca de muitas das obrigações normais da vida privada. ... Assim, a habilidade que ele adquiriu em sua ocupação específica parece ter sido adquirida à custa de suas virtudes intelectuais, sociais e marciais. Ora, em toda sociedade evoluída e civilizada, este é o estado em que inevitavelmente caem os trabalhadores pobres — isto é, a grande massa da população — a menos que o Governo tome algumas providências para impedir que tal aconteça.