Leve
Doce leve brisa de viver
Que mexe com minha vontade de ser,
Vontade de tomar este drinque como se fosse minha única dose
Te levar comigo me deixe ser mais que teu amigo
A amizade que quero é colorida e sem fim, como esta vida que passa assim…
Tão rápida e depressa parece estar atrasada pra mim,
Me atropela passa, já passou…
Quanto tempo perdi?
Quando vou ver, o quanto me pus a perder?
Quanto tempo passou de tão velho que estou…
A vida é curta, me diga que sim
Pois o tempo vindo de mim se acaba em um triste e sozinho fim.
Me sinto tão leve.
Como se, você , sempre fizesse parte de mim .
Saudades não demora voltar , pois, mesmo que minutos longe de você são séculos.
Quando estiver com você que seja como um leve descansar...
Que a hora demore a passar...
Queria o tempo parar...
E a eternidade alcançar ...
E poder a ti me entregar sem pressa, sem medo...
Sentindo apenas o prazer nos tomar
A última lambreta
Descia pela ruazinha de terra e pedras. Magra, leve, parecia perfeita para a lambreta que tinha.
Era uma época em que os empregos do sonho, nesta região, eram de motorista do caminhão do leite ou da Kombi escolar, ou este dela, em que passava nas pequenas propriedades vacinando o gado.
Naquele dia ela chegou mais calada. Percebia-se que algo não estava bem. Após almoçar fartamente a pequena veterinária passou a comentar suas angustias. Tudo mudaria. Estavam tirando as lambretas de serviço e colocando as Turunas (Moto que fez muito sucesso naquela época)
Olhando para mulher falante e tão minúscula, fiquei impressionado com a sua decepção. Falou que iria sentir muito a mudança. Definitivamente não aceitava ficar sem “lambretear”.
Ela que muitas vezes foi vista como a rebelde da família, pois entrava em si mesma e produzia alguns textos de qualidade questionável apenas para relaxar.
Em certa ocasião, após uma queda e com uma forte batida na cabeça, perdeu um pouco a lucidez. Naquele dia salgou o café ao tentar adoça-lo. Fez uma frase que eu nunca mais esqueci: “Se é no sábado, todos sabem que é domingo.” Exatamente assim se pronunciou. Uma frase, para mim, símbolo das confusões mentais em que ela poderia estar metida.
Mas o entusiasmo dela ao falar da velha lambreta era algo impressionante. Não parecia ter nenhum “parafuso a menos”.
Na hora de ir embora, vi que chorava e falava que nunca mais veríamos uma lambreta. Que aproveitasse aquele dia.
Indignada, parecia mesmo que estava para cometer o suicídio, pois disse que sairia de todas as formas de convivências sociais. Disse que iria se esconder, que não daria mais notícias. Nunca vi alguém tão indignado por tão pouco.
Fiquei com aquela imagem dela subindo pela estradinha e dizendo: Nunca mais. Aproveitem a última lambretinha. Nunca mais saberão de mim. Nunca mais, nunca mais...
A Dor
O corpo calejado, trás consigo uma alma leve
Dói às vezes mais do que se deve
O corpo do que carrega danos não quer amar mais pois não se atreve
E ele em seu credo simples pede pra que Deus leve
Toda a dor pra algum lugar
Tentando se dispor
Para fazer a dor parar
Pior que dor de amor
É a dor do corpo continuar
Seja a dor que for
Vai passar,
Melhorar,
Acabar.
Não leve a sério minhas palavras elas não sabem o que dizem. Não escuta meu coração, não enxerga minha alma, nem conhece de mim !
Não prenda um pássaro por não saber voar.
Deixe-o livre , leve e solto.
Liberte sua alma desse mal estar.
Emanar uma luz que brote do coração; faz com que a alma torne-se muito mais leve e solta. Aliás, quando há uma sincronização entre a mente e a alma, uma melhor conscientização sobre a vida vem à tona; para acrescer muito mais experiências, em termos de espiritualidade.
Era dia, tua ausência vem me trazendo impaciência e agonia. Vesti minha roupa leve e saí mundo a fora, pra ver se tiro o estresse dessa saudade que me afoga. Vou até o meu destino; encontro um lugar calmo, chão verde e flores cor de vinho. Me deito aflito, como quem pula de paraquedas, observando o céu, vejo um lindo plano de tela. Vi nosso último beijo, já não se sabia de quem era as lágrimas caídas no chão, sua partida foi precoce, partindo meu coração. Sei que você sente minha falta, é visível tua vontade de voltar pra casa. A vida precisava nos separar? o que me resta é apenas esperar. Só quero dizer que ta difícil... não vejo a hora de brindar contigo, dizer te amo e me fazer de abrigo. ''Por AMOR, vou longe; até escrito de traz pra frente.''
SONHO
Enlevado, levado
Me toca de leve
Um leve sonho
E no sonho levo
Doces desalinhos
Que me desafiam
E desfiam
Vãs costuras
Que se soltam
Trançam e saltam
Perambulando
Sem preâmbulos
Não arredam!
Enredam traçados
Traços diversos
Versos que calam
E colam na alma.
MANHÃ DE INVERNO
deitado sobre a areia
traquina
sentindo a leve brisa
menina
com as ondas sussurrando
ao meu ouvido
as nuvens esparsas
sorrindo
e a chuva com seu
beijo terno
numa manhã
de inverno.
Quando você vier em segundo lugar, eu serei mais leve!
Livrando-me do peso das incertezas, das dúvidas e das mágoas...
Livrando-me de toda a bagagem em excesso que pesa sobre os ombros!
Quando você vier em segundo lugar, chegarei em casa mais cedo!
Chegarei para mim, para minhas coisas, para minha alma!
Chegarei para me encher, me preencher, me completar...
Quando você vier em segundo lugar, não haverá questionamentos nem porquês!
As respostas serão plenas e, não haverá espaço para indagações...
Eu terei me descoberto...
Quando você vier em segundo lugar, eu estarei em primeiro!
E, nesse momento, meu horizonte me conduzirá somente em frente...
Me guiando em caminho a um futuro novo e diferente, onde, o que ficou em segundo lugar nem pode ser visto, pois, não existe mais.
Claudia.H.S
Escrevi pra ti, espero que entendas...