Leve
A última lambreta
Descia pela ruazinha de terra e pedras. Magra, leve, parecia perfeita para a lambreta que tinha.
Era uma época em que os empregos do sonho, nesta região, eram de motorista do caminhão do leite ou da Kombi escolar, ou este dela, em que passava nas pequenas propriedades vacinando o gado.
Naquele dia ela chegou mais calada. Percebia-se que algo não estava bem. Após almoçar fartamente a pequena veterinária passou a comentar suas angustias. Tudo mudaria. Estavam tirando as lambretas de serviço e colocando as Turunas (Moto que fez muito sucesso naquela época)
Olhando para mulher falante e tão minúscula, fiquei impressionado com a sua decepção. Falou que iria sentir muito a mudança. Definitivamente não aceitava ficar sem “lambretear”.
Ela que muitas vezes foi vista como a rebelde da família, pois entrava em si mesma e produzia alguns textos de qualidade questionável apenas para relaxar.
Em certa ocasião, após uma queda e com uma forte batida na cabeça, perdeu um pouco a lucidez. Naquele dia salgou o café ao tentar adoça-lo. Fez uma frase que eu nunca mais esqueci: “Se é no sábado, todos sabem que é domingo.” Exatamente assim se pronunciou. Uma frase, para mim, símbolo das confusões mentais em que ela poderia estar metida.
Mas o entusiasmo dela ao falar da velha lambreta era algo impressionante. Não parecia ter nenhum “parafuso a menos”.
Na hora de ir embora, vi que chorava e falava que nunca mais veríamos uma lambreta. Que aproveitasse aquele dia.
Indignada, parecia mesmo que estava para cometer o suicídio, pois disse que sairia de todas as formas de convivências sociais. Disse que iria se esconder, que não daria mais notícias. Nunca vi alguém tão indignado por tão pouco.
Fiquei com aquela imagem dela subindo pela estradinha e dizendo: Nunca mais. Aproveitem a última lambretinha. Nunca mais saberão de mim. Nunca mais, nunca mais...
A Dor
O corpo calejado, trás consigo uma alma leve
Dói às vezes mais do que se deve
O corpo do que carrega danos não quer amar mais pois não se atreve
E ele em seu credo simples pede pra que Deus leve
Toda a dor pra algum lugar
Tentando se dispor
Para fazer a dor parar
Pior que dor de amor
É a dor do corpo continuar
Seja a dor que for
Vai passar,
Melhorar,
Acabar.
Não leve a sério minhas palavras elas não sabem o que dizem. Não escuta meu coração, não enxerga minha alma, nem conhece de mim !
Não prenda um pássaro por não saber voar.
Deixe-o livre , leve e solto.
Liberte sua alma desse mal estar.
Emanar uma luz que brote do coração; faz com que a alma torne-se muito mais leve e solta. Aliás, quando há uma sincronização entre a mente e a alma, uma melhor conscientização sobre a vida vem à tona; para acrescer muito mais experiências, em termos de espiritualidade.
Era dia, tua ausência vem me trazendo impaciência e agonia. Vesti minha roupa leve e saí mundo a fora, pra ver se tiro o estresse dessa saudade que me afoga. Vou até o meu destino; encontro um lugar calmo, chão verde e flores cor de vinho. Me deito aflito, como quem pula de paraquedas, observando o céu, vejo um lindo plano de tela. Vi nosso último beijo, já não se sabia de quem era as lágrimas caídas no chão, sua partida foi precoce, partindo meu coração. Sei que você sente minha falta, é visível tua vontade de voltar pra casa. A vida precisava nos separar? o que me resta é apenas esperar. Só quero dizer que ta difícil... não vejo a hora de brindar contigo, dizer te amo e me fazer de abrigo. ''Por AMOR, vou longe; até escrito de traz pra frente.''
SONHO
Enlevado, levado
Me toca de leve
Um leve sonho
E no sonho levo
Doces desalinhos
Que me desafiam
E desfiam
Vãs costuras
Que se soltam
Trançam e saltam
Perambulando
Sem preâmbulos
Não arredam!
Enredam traçados
Traços diversos
Versos que calam
E colam na alma.
MANHÃ DE INVERNO
deitado sobre a areia
traquina
sentindo a leve brisa
menina
com as ondas sussurrando
ao meu ouvido
as nuvens esparsas
sorrindo
e a chuva com seu
beijo terno
numa manhã
de inverno.
*** De leve...***
Trocamos olhar... Começamos o toque a distância...
As mãos são o primeiro toque, pego na sua nuca, toco no seu rosto,
Acaricio de forma tranquila que você perceba meu próximo movimento,
Trocando olhares, encosto-me a seu rosto, suave, terno... Apenas pra sentir,
Os lábios são conduzidos carinhosamente um ao outro, dessa forma se tocam,
É devagar, cuidadosamente sereno... Sem interromper o movimento,
Ate que você sente minha língua, procuro a sua e levemente trocamos enlaces,
São movimentos circulares que vão aumentando a intensidade...
E numa troca de caricias das mãos no rosto, cabelos e nuca... A boca não para!
E nesse momento o mundo para! A respiração aumenta, te sinto ofegante...
O que importa mais? Apenas o tempo que iremos viver nosso beijo!
De olhos fechados, de coração acelerado e com os sentimentos a flor da pele!
Faça a sensação de coração leve, ser importante pra você. Prefira perdoar, do que querer estar sempre certo.
Ele ouvia...
Chuva cair sobre o telhado
Ele sentia...
O vendo leve, gelado
Ele queria...
Ver a neve pintando de branco, o verde gramado
Ele sabia...
E como, sonhar acordado
Que o vento leve tudo de impuro, todas as incertezas e tudo que não mais me serve… Que tudo se espalhe pelo ar… E que Deus me conceda a bênção de RECOMEÇAR…