Letras
BANALIDADES DO AMOR
Letras soltas formando uma promessa,
PSVCTA é assim que o amor começa.
Um apelido sussurrado em meu ouvido,
E meu gemido que até parece um rugido.
Tesouros que para muitos são sem valor,
Que para mim prova o seu grande amor.
Coração recortado da vermelha cartolina,
Encontros marcados em uma esquina.
A primeira vez em um restaurante japonês,
Eu tão perdido que me sentia um camponês
No primeiro encontro eu dei cravinas,
Que ela iria seca-las como fazem as meninas.
Abri a porta de meu carro velho para ela,
E minha alma se abriu como uma janela.
Hoje continuo amando-a de maneira extrema
Será que essas banalidades cabem num poema?
O amor é algo que nasceu com a humanidade,
Tão comum que é uma mera banalidade.
Que ao lado da pessoa amada é uma raridade
É diamante, é joia, é a maior preciosidade.
PSVCTA...
As Minhas Letras
As letras são os meus maiores refúgios,
como também as minhas melhores companhias.
Tenho por elas um apreço tão grande,
que não me imagino
sem poder delineá-las em traços,
num papel qualquer,
ainda que se manifestem temerosas,
quentes, invasivas dos amores, rabiscos.
As letras completam em linhas compostas,
o que o meu olhar não consegue dizer;
são calmarias para a minha alma,
lucidez para o meu viver.
As letras, as minhas letras,
são vozes ecoantes que flutuam em brisa
e difundem o meu sentir
em compilados versos espaçados,
que vão além de mim; imaginados.
E de todas as lógicas existentes,
são elas, tão somente,
as minhas únicas e inúmeras letras,
que me entende.
Olha-me.
Tenta desenhar-me.
Descreva-me ocultamente.
Sou mais que sorrisos e letras
Vou além do teu destro pincel.
Não sou obra de arte.
Sou alguém em construção.
Tenta entender...
©Textos de autoria de Aline Hikelme - Direitos reservados conforme artigo (Lei 9610/98)
Pelo retrovisor enxergamos tudo ao contrário
Letras, lados, lestes
O relógio de pulso pula de uma mão para outra
E na verdade nada muda
O menino que me pediu R$0,10
É um homem de idade no meu retrovisor
A menina debruçando favores toda suja
É mãe de filhos que não conhece
Vende-os por açúcar, prendas de quermece
A placa do carro da frente
Se inverte quando passo por ele
E nesse tráfego acelero o que posso
Acho que não ultrapasso
E quando o faço nem noto
Outras flores e carros surgem no meu retrovisor
Retrovisor é passado, é de vem em quando do meu lado
Nunca é na frente
É o segundo mais tarde, próximo, seguinte
É o que passou e muitas vezes ninguém viu
Retrovisor nos mostra o que ficou
O que partiu, o que agora só ficou no pensamento
Retrovisor é mesmice em trânsito lento
Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidas
Mostra as ruas que escolhi
Calçadas e avenidas
Deixa explícito que se for pra frente
Coisas ficarão pra trás
A gente só nunca sabe que coisas são essas
Mãe: substantivo e adjetivo feminino, uma sílaba, três letras, um som e muito movimento.
Mãe: uma palavra pequena, fácil de falar, que expressa tantos significados e que não tem rima.
Mãe: só rima com mãe, porque mãe é única, especial e insubstituível.
Mãe é tudo, é mundo, é vida. Mãe, eu adoro amar você!
Tenha um feliz e maravilhoso Dia das Mães!
O tempo dos versos
(Presentes)
Faço poemas como quem pinta letras em carmim, da cor de sangue..
Faço poemas porque são de poemas os caminhos e os muros da cidade.
Porque é só num verso que escondemos a morte, que declaramos a urgência da poesia, que amamos infinitamente..
Faço versos como quem quer aplacar a vida..
DEUS
Deus! Com tão-somente quatro
Letras, deu-se um nome tão bonito...
Coube a Ele, arquitetar o infinito,
E agrupar tantas belezas num só retrato.
— Bordou cada estrela com refino tato,
E num sopro suave, explícito
Luziu todo o espaço a Ele restrito
Até as fases da lua deu-se quatro.
— Depois das belezas que nos consome,
Descansou no sétimo dia!
— Mas para que bem lembremos seu nome
Sem pecado concebeu a Maria
O filho que morreu de sede, dor, e fome
Para rumar o homem à ortodoxia!
Natalicio Cardoso da Silva
Nas tintas, nas letras
Nos cliques, nas estrofes
É o amor maior tema
Pois de nada adianta
Pintar, contar
Revelar, cantar
Se não for tentar traduzir
De uma forma que forme
O sorriso de quem se ama
E o prazer que ele dá
CHEGA.....
Assim mesmo em letras garrafais.
Morte, não podes chegar a hora que bem entender e levar quem bem quiser,
já usastes a desculpa da doença, da idade, do acidente, que mais faltas inventar ?
E o próximo veraneio, e o almoço do próximo domingo ?
E o plano de parar de fumar ?
Porque acabas a festa sem a ultima dança, sem a ultima musica,
sem a ultima chance ?
CHEGA.....
Assim mesmo em letras garrafais.
Agora alguém vai ter de molhar aquelas plantas
vão ter de mexer nas gavetas, nas fotos, nas roupas e em tudo mais.
Tantas coisas que se tinha pra fazer.
Morte, não sei de onde tiras esta idéia.
A troco do que?
CHEGA.....
Assim mesmo em letras garrafais.
Porque me jogas contra Deus,
Aviso que não conseguiras
que desperdícios insistes em causar
Saibas que nunca iras tirar as lembranças de quem eu amo.
Morte, não te orgulhes, embora te aches poderosa
tu pra mim já estas MORTA.
Assim mesmo em letras garrafais.
Poema de Alexandre Pessoa - 2019
MINHA DONA E SRA DOS VENTOS
POESIA
Sou ser, em formas de letras,
Outras,
Palavras quase exatas.
Sou ser, sobre elementos e termos.
Expressivo entre tuas linhas de inspiração.
Sou ser, diante de teus olhos,
Outras,
Pela á tua áurea que me á.
E num pensamento equidistante,
Sobre ás tuas criações,
Apenas sou,á lógica.
Tu me ditas á teoria,
Tu me enlaças em teus escritos,
Meu ser te descreve,
Como á razão do próprio existir.
Iluminai-me á tua luz,
Dona dos ventos,
Pois nada me á,
Além do que o já está.
Do que me guia,
Do que me leva.
Sou ser, movido á força do teu imaginário,
Ou do tempo que vaga á outro tempo.
Entre á luz de cada luz que me reascendei-a.
Pois trago em mim,
Um mundo viajante,
Outro,
Sonhador, porém,
Amante da vida e dos contos que esse ser poético que á em mim, te expressa.
Minha dona e senhora dos ventos.
Existe aquele que toma
sopinhas de letras
achando que vai ficar sábio,
mas, só cultiva o ódio
e acaba na senzala da ignorância!
***
Eu gostaria que pessoas fossem feitas de letras,
Fossem um livro de poesias,
O favorito de alguém,
Que fosse pra sempre,
Não passageiro,
Dói, depois passa,
As feridas ficam,
Se tornam cascas,
Depois marcas,
Cicatriz.
A poesia viaja para interior da alma.
Leva paz e consola o espírito
É uma salada de letras
levemente temperada
Com essência da flor do jardim
Da brisa do mar
Faz carinho na alma , na mente.
Picham as paredes internas do ser
Belos desenhos abstrato.
Acalma e distrai.
Simples assim ...
“A Flor e o Amor
Flor e amor quatro letras que compõem duas palavras tão pequenas. Palavras pequenas, mas que carregam dentro de si uma imensidão de amor.
E assim como a Flor, o Amor também precisa nascer. Nascer, Desabrochar e Crescer. Crescer em tamanho, detalhes e cor.
Mas assim como a Flor, o amor também precisa Renascer. Renascer em sentido e amor. Amor que dá sentido ao amor, a vida e a flor.
Flor e Amor palavras pequenas, mas que carregam dentro de si uma imensidão de sabor."
Ao mestre com carinho
Este Ser do livro, do saber, do ensinar
Que as nossas primeiras letras vêm formatar
É sábio que divide o que possui
Ao aprendizado contribui
Com amor, dedicação, coração
Sacerdote da verdade, abnegação
Ao pupilo a passagem da experiência
Os degraus da filosofia
As palavras, a escrita, a poesia
Do tempo, dos valores, da graduação
Obstinação incontida
Existência dividida
Com todos repartida
Que em nossa vida traz luz
Em nossa alma... “De truz”
Aqui todo o nosso louvor
Ao amigo, companheiro, professor!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
15/10/2010, 6’00”
Rio de Janeiro, RJ
FACULDADE
Minha faculdade é a rua!
Formei-me em Letras,
História e Geografia.
Fiz letra de samba,
Letra de rap,
Letra de forma,
Letra de mão,
Letra de pixo,
Letra de grafite.
Fiz histórias nas ruas!
Contei histórias da vida,
Histórias de manos e minas,
Histórias do cotidiano…
Histórias de miliano,
Histórias verídicas.
Andei pelos guetos, becos,
Observei os terrenos baldios,
Construí poemas de madeira,
Barracos de papel.
Observei os arranhas céus
Os córregos poluídos.
Minha faculdade é a rua!
Formei-me em Letras,
História e Geografia.
A Rainha das minhas letras.
O seu destino era viver
E o meu foi de admirar sua vida.
Você é o alívio angustiante dos meus tormentos.
É a lágrima que eu não lamento.
É a saudade que eu não aguento.
É o meu sufoco por dentro.
É minha paz.
E a dor que me traz.
É aquela que te faz.
A Rainha das minhas letras.
Você é a inspiração eterna de um louco.
Você é o conflito entre muito e pouco.
Você é meu desejo mais impróprio.
É a brisa de um sóbrio.
É com você que eu sumo.
É com você que eu trouxe ao mundo.
No meu aqui, em minha cabeça.
Todas as noites sem que eu perceba.
Eu abraço forte o travesseiro torcendo porá que você apareça.
Vejo o nosso amor personificado
Sinto sua respiração.
Sinto seus cachos enrolados na minha mão.
E um beijo seco, e cheio de emoção.
A sensação de preenchimento cerca o coração.
Enfim acordo.
A esperança aumenta e corro para o banho logo.
Torcendo, sei lá talvez, não seja impossível na minha cabeça.
Ver mais uma vez.
Só mais uma vez.
Você em meu quarto.
E fazendo com que o mundo eu esqueça.
A angustia se ameniza.
E da saudade tornei minha amiga.
Já que ela é a única que não deixa você ir.
É o mais sincero e inocente que consigo rir.
Eu achava...
Que iria demorar um pouco mais.
Mas não foi tão imprevisível assim
A importância que tomaria em mim.
É você.
Infelizmente ou não.
É você.
Estando aqui ou não
É você.
Perto ou não.
Sempre.
Sempre será você.
A dona do meu único e sincero amor.
E se um dia não for mais você.
É porque talvez eu não seja mais eu.
Porém acredito que até na falta de lucidez.
O meu “te amo” é teu.
Não se sinta triste meu amor.
Apenas admira, esse sonho que você criou.
Romântica ao extremo, apaixonada pelas
letras e pela vida. Adoro chocolate,
ganhar flores, andar na chuva, sino dos
ventos, pessoas inteligentes, boa leitura e dançar.
Não gosto: de mentira, falsidade, levantar
cedo, indiferença, pessoas invejosas, competições,
pois creio que cada ser é único.
Tenho medo: dos meus extremos, pois não
tolero descaso.
Tenho ansiedade: quando me falta doce,
quando me falta você
Perfume: farenheight, batom vermelho, unhas
sem esmalte. Adoro salto alto, acho sensual, halls
de papel verde-escuro, músicas românticas
internacionais e nacionais. Dançar, ah, esqueço
tudo quando danço!
Adoro: Pepperment Licor, deixa o hálito bom e
esquenta o romance, compota de maçã, hum... delícia!
Sem contar Ferrero Rocher.
Não tolero: Energia estagnada, marasmo...sou
cíclica como as estações.
Paixão: dirigir ouvindo músicas românticas, ouvir
de você: quer me ver? Meia luz com você, beijo
na boca, my God!
Penteado
No penteado de um alfabeto,
Busco aquelas letras que me favorecem,
Passo horas com elas meditando,
E quando sincronizo meus dados nelas,
A poesia em mim rejuvenesce,
Juntos,
Voamos ao infinito,
Sem cor e sem dor,
Vou enxergando coisas que nem existem,
Assim eu componho,
Assim eu recomponho-me em uma singela canção ainda em formação,
Como passarinhos sem ninho,
Minha voz canta em busca de um manto,
Na forma de uma ilusão,
O que foi colocado no forno,
Tudo fica irreparável,
Sem chances de voltar o que nem era para ser,
E se transforma tudo em melodia....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O alvorecer das letras
Inspirações ?
Me são plurais, a janela traz...
Carícias: a brisa faz.
Em consonância,
meus versos trovam;
e nas rimas leves,
teus lábios vêm.
E assim, em ti centrado,
me brindo, ansiando beijos,
libando amor, de amor fartando !