Letras
O tempo passa;
A lembrança é esquecida;
As letras se apagam;
As flores murcham;
Somente o amor permanece.
Ventania
Ventos revoam papéis
em asas de pássaros
giram as letras embriagadas
deixando pelo caminho
palavras ébrias de emoção
e quando o torvelinho passa
colhemos aqui e ali
versos e rimas
enlaçados em poesia!
Poetar é...mendigar.
No mundo das letras...
Ler com os olhos a pobreza...a soberba.
Passear pela vida com destreza...ser contundente.
É viajar pela imaginação...além de tudo...
Eu sou feito de versos sem rima
De palavras simples
Eu sou feito se quatro letras
Eu sou feito de amor
Do amor que sinto por você.
Eu sou feito de sorrisos
sorrisos simples
estampado em minha face
o doce sorriso que me traz
Eu sou feito de força
bravura e honra
sou força indomável
sou forte por você.
Sou feito de felicidade
alegrias e amizades
sou o doce som
que nasceu em seu coração.
Sou feito da harmonia
Da paz e companhia
de quando meu coração
se aproxima do teu
Sou feito de amor
O doce e belo amor
que o meu coração
em ti encontrou.
Adeus Nostalgia
"Embora pareça delirante, meu canto é confiante
Entre sons e letras, faço da vida melodia
Não busco aplausos, apenas harmonia
Pois o que canto é o coração que sente
E quem se assemelha, não apenas ouve, entende!
E mesmo que meu canto hoje seja nostalgia
Amanhã é outro dia, faço nova cantoria,
Tantas vezes quanto for necessário, até dizer adeus
a nostalgia"
Palíndromo de Amor
Mesmo que digam que tem quatro,
pra mim Amor tem três letras.
E não é necessário conjugar,
pois já é uma forma perfeita.
Não é uma palavra longa,
tampouco uma palavra estreita.
Da pra ler da direita para esquerda
ou da esquerda para a direita.
E nas idas e vindas das letras,
é que está o palíndromo de amor.
Pois é da minha linda princesa,
a quem amo com tanto fervor.
Ele começa e termina com A,
e só tem mais o ene no meio.
Eu não disse que só tem três letras?
Para eu sempre te amar Ana, você veio.
NEGRAS VESTES
Oh voz poeta dos meus versos
Palavras mortas em letras já nossas
Na troca dum piscar dos teus olhos
Oh dor que rasgas as vestes negras
Oh dor cruel, da minha pobre alma
Beijas-me enquanto brotas sangue
Noites nas lágrimas, no meu lençol
Oh mágoa perdida nas negras vestes
Oh dor que teces um fio num rio
Caminhos sombrios, rumo ao mar
Que nasce do teu talvez desengano
Dores soltas no espaço sem tempo.
Oh noite, que vestes já de negro
Os meus versos de letras mortas
Poesia no dilema feita em prosas
Na troca do sim, pelo talvez não
Onde rasgas as já negras vestes.
Porque todas as folhas falam teu nome
Porque todas as letras tocam tua voz
Porque as palavras são teus retratos
Porque a música embala teus sonhos
Porque os ventos são cúmplices...
Cúmplices de nós.
Letras Tortas
Eu vejo Deus escrevendo certo
Em linhas tortas,
Então vem uma voz lá da alma,
Ecoando no coração
E como um espelho,
Reflete em papel de linhas certas,
Minhas letras tortas.
Beije-me com todas as suas letras
Toque me com todas as suas palavras
Objeto de sabedoria
Levando de geração após geração
Combustível da mente e do coração!
AS FOLHAS DAS LETRAS
As folhas das letras atravessam os carris
Elas desconhecem as linhas do destino
Chegam à estação na vertigem do silêncio.
Viagem atribulada feita na escuridão dos túneis
O poeta escreve nos caminhos mais noturnos
A morte desvenda o mistério de um rosto triste
Os labirintos da alma são a solidão do corpo
Palavras secas no palato da nossa memória
No silêncio descrevo com esta sonolência
Poética onde invento ninhos feitos de ilusões
Palavras por escrever, por dizer tantas vezes
Sussurradas nas páginas brancas do poema
Dor sentida de lamento nas esquecidas letras
Onde atravessam os carris da nossa curta vida
Viagem atribulada esta a nossa, do destino incerto
A morte desvenda o mistério da vida mal vivida!
Encontro os pedaços de letras
Escondidas guardadas no sótão....
Uma palavra
Uma foto
Uma verdade
Um sentimento guardado
De amor que foi e já não é..
Guardei.....
Rabisquei...
Esqueci....
Sofri....
Guardada....
Calada.......
O tempo apagou o que foi já não é..
Lembrança que ficou...
Escrevi...e não apagou
No sótão guardei pedaços......
de letras escritas ao vento.!!!!!.
RECICLAGEM
A musica Brasileira, vem a anos, em decomposição
Letras pornográficas, infectando os ouvidos na nova geração
"Toda unanimidade é burra", já dizia Nelson Rodrigues
E quase que no Brasil, a unanimidade, se instaurou de vez
O brasileiro se mostra romântico e provou ser também, rockeiro
Que venham mais opções musicais para o povo Brasileiro
Não que eu tenha algo contra, funk e sertanejo de qualidade
Mas que tenha conteúdo e não apenas banalidade
De um programa musical, misturando romance e rock, temos o prazer de conhecer, o que nos fazia falta.
Curti e curtirei muito, esta grata surpresa musical, chamada BANDA MALTA.
Sempre gosto mais das músicas do que das letras.
as músicas mexe com os meus sentimentos
as letras com as minhas emoções.
"OUTONO DE LETRAS"
Línguas de outono, arvores despidas folhas no chão
Escrevo palavras em forma de letras
Com o desejo do vento, que quer as folhas no chão
Gravo as palavras nas rotas dum livro, que quero navegar
Dito as cartas de uma cartografia doce da minha alma
Letras engarrafadas de teu amado corpo
Mar de gestos subtis nas ondas de ti em mim
Desejo-te como as raízes secas a pedir chuva no verão
Outono eterno, corpo desmaiado na memória das águas do passado
Eternos namorados nos vendavais das palavras que se cruzam
Nos teus dias e nos meus, onde não existe cegueira
Apenas sussurros, gemidos de desejos
Palavras sobre a língua do vinho fermentado
Suspiros recolhidos com o teu sorriso..
Rosmaninho doce do teu beijo, licores feitos com o nosso amor
Que bebo e de ti resguardo ainda as promessas por abrir..
Outono de línguas em forma de letras escritas no nosso pensamento
Letras engarrafadas que o vento deseja todas as folhas das árvores no chão!
Visionária.
Há letras tortas
Quase tecidas
Pontos em cruz
Vírgulas escondidas.
Há Alfa, Beto e José
E nas Marias esquecidas
Repletas de bem me quer
Exaustas de cicatrizes.
Há ninhos repletos
Cobertura de sapé
Travessas paralelas
Ipês aos pés da serra
Luares e cafuné.
Maria também malditas
Da beira do cais
Dos vinhos baratos
Maria dos canapés.
Vou Desenhar em forma de letras para alguns Idiotas...
Tipo assim...
Não interessa a POHA (com todo respeito, mesmo pq tbm sigo uma) da Religião que vc siga, só faça o Bem sem esperar nada em troca, qdo digo nada é NADA mesmo, nem um obrigado, se vc faz esperando algo em troca, mesmo que isso venha da Espiritualidade, não é Caridade, é interesse e pronto.
Então não me venha encher o SACO, por causa da minha Religião, pq não estou Preocupado com a SUA, eu só quero fazer o Bem !!!
Até que seja pra vc que é contra a Minha Religião !
Ricardo Deric
Só poderia ser o amor
Que me faz escrever com letras infinita
que faz-me tocar o céu sem saber o porquê
me dá motivo para continuar viver
Só poderia ser o amor que por ele
carrego em meu peito a saudade
por ele meu coração bate mais forte
que um motor anseio estar contigo
seja aonde for
por ele que eu me torno sua sombra
a ultima esperança sua melhor lembraça
só poderia ser o amor que meus pés
deixam de tocar ao chão
meus olhos não vêm a direção
e minha boca saem palavras
espressam a emoção
só poderia ser o amor que me faz chegar
até você que por ele o passado me persegue
as lagrimas vêm sem avisar
na loucura de um abraço faz-me voar
só poderia ser o amor
que me dá mais
um minuto para viver uma vida
inteira para amar
um momento para lembrar
sua boca para beijar
teus braços para abraçar
sua pele para navegar
O que mais poderia ser?..
Proseador...
Proseador e narrador confesso
Poeta não sou.
Cascateiro e amante das letras sim
Eterno admirador das guerreiras poetisas,
Talentosas e majestosas escrevinhadoras,
Encantadoras, me cativam sem querer,
Dia e noite acarinhando, escravizando.
Belas, somam vassalos mil,
Eternos garotos
Ardorosos amantes platônicos,
Tímidos transamazônicos.
Antes inseguros astronautas,
Agora arrojados internautas
Agitam reluzentes espadas digitais
Elogios sempre em lautas pautas...
(JM Jardim - Santo André - São Paulo)
Caderninho
A vida é como as letras escritas,
em um caderninho.
As palavras e frases uma após a outra,
sobre as linhas a se gastar.
As vezes escrevemos rápido,
e não a vemos passar.
As vezes as palavras saem tremulas,
Ilegível.Caprichosa, alegres. caçadas.
Mas continuamos a escrever, sem rascunho.
Uma palavra , após a outra.
Floreando verbos. Escondendo substantivos.
Foçando o imperativo.
E pacificando no objetivo.
Logo vem a escrita. Repetida.
Sismada. Inter locutiva.
Mas sempre palavras.
Representando uma imagem,
Que se agrega e se desfaz.
Nesse fazer da Vida.
marcos fereS