Lembrar
é áspero
e cinzento
e eu não aguento
os arranhões
que rasgam meu coração
ao lembrar
que só tenho você:
(SOLIDÃO)
Perdi a memória
no mercado,
não consegui lembrar
o que iria comprar.
fiquei parado
e esqueci quem eu era,
corri no espelho
e não sei quem eu vi.
foi um filme de terror
ter esquecido da vida
corri logo para escrever
na poesia sei quem sou.
Hoje a chuva veio me visitar e lembrar. Eu ouço seu som agradável, é uma linda canção. Mas, é uma chuva de outono, que é um pranto transitório, mas que me emociona intensamente. Esta chuva me trás a lembrança de um triste abril.
Passando para te lembrar do memento mori. Evite que a adoração das pessoas por você e a celebração dos feitos em sua homenagem o faça se sentir elevado. O que você possui ficará na terra.Você não é superior a ninguém. És apenas um relés mortal como eu.
CARRO DE BOIS
A lembrar do amor, nesta tarde invernada
numa longa distância de mim, está você
que faz o poetar vazio, sem te esquecer
no dia cinzento, no cerrado, sem nada
Vindo na estrada, o carro de bois, a ranger
tal plangor em harmoniosa lenta jornada
rangendo suspiros, gritando saraivada
ao coração, que põe a recordação a doer
E nestes uivos gementes, nesta cruzada
meu pesar sente, tua falta no meu viver
na tarde poente, com magoa adornada
O carreiro segui, aqui eu vou permanecer
lamuriando a solidão na saudade sediada
na alma, qual carro de bois, no seu gemer
Luciano Spagnol
07 de julho, 2016
Cerrado goiano
SONETO SOLENE
Memorar. Um ano. Que importa o ano? Talvez
somente para lembrar os suspiros de tua ida
do silêncio invasor na casa após a tua partida
pra morte, igual, desfolho outonal em palidez
Fatal e transitório, a nossa viveza é vencida
pelo sopro funesto, ao sentimento a viuvez.
Julho, agosto, setembro, vai-se mês a mês
ano a ano e outro ano a recordação parida
Da saudade filial, que dói numa dor doída
de renovação amarga e de vil insipidez
que renasce na gelada ausência sofrida
No continuar, o vazio, traz pra alma nudez
chorada na recordação jamais esquecida...
Neste soneto solene: - a bênção outra vez!
Luciano Spagnol
julho, 2016
Cerrado goiano
Um ano de morte de meu pai.
Memorar. Um ano. Que importa o ano? Talvez
somente para lembrar os suspiros de tua ida
do silêncio invasor na casa após a tua partida
pra morte, igual, desfolho outonal em palidez
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Mais que agrado
Como é bom ter satisfação
Tornar a alegria na lembrança
Lembrar dia a dia a emoção
Emocionar com está aliança
Chorar de prazer e paixão
Estar apaixonado nesta usança
Usar como regra está recordação
Recordar no viver está dança
Dançar no ritmo do coração
Amar e ser amado com confiança
Como é bom ter está adição
Mais que agrado. Bonança.
Quando chegamos à fase adulta, as despesas são uma realidade. Mas é importante lembrar que as verdadeiras consequências não estão nos gastos, mas nas escolhas que fazemos.
Se algo te lembrar, e você está encomodado, o problema é seu. por acaso você iria compreender com pessoas doentes? não? então o doente hoje seria você, e ninguém é obrigado a lhe compreender, a se desfazer, de tirar algo que te faz lembrar. responsabilidade, saúde mental é tudo. pessoas doentes adoece outras pessoas.
A saudade é a maneira que o coração tem de lembrar o que a mente tenta esquecer. Ela nos visita em silêncio, trazendo memórias de momentos que nunca deixarão de ser especiais. O amor pode ir, mas a saudade sempre fica.