Lembrar
Por favor, eu te imploro do fundo de meu coração, diga que aceita ficar ao meu lado, que nos dias de solidão você ainda estará me aguardando.
Creio que mesmo depois de todos os casos, acasos, contratempos e quês. Eu me apaixonaria por ele novamente, porque era um amor bom, cheio de períodos compostos pelo amém de Deus escrito a cada página de nossa história.
E sinceramente não imagino parando minha vida por uma segunda vez para não estar incluída em sua estrada como plano principal, seja qual for este plano, eu quero andar ao seu lado.
“Divido as pessoas em: as que preciso lembrar, as que preciso esquecer. Você eu já esqueci, mas prefiro não lembrar.”
Outono me faz lembrar que
mudo as minhas folhas, mas nunca
as minhas raízes.
Que passo por estações,
mas deixo as minhas sementes.
Que o vento que me balança
também espalha o meu perfume.
Eu não vou ouvir algumas músicas quando estiver triste. Porque vou lembrar do que eu quero esquecer. E não quero lembrar ou até mesmo voltar ao passado.
E mesmo se pudesse escolher o que fazer, escolheria nunca ter amado você!
Não sei, mas sinto que é como sonhar, que o esforço pra lembrar é a vontade de esquecer.
A intenção de se afastar de alguém, é fazê-la lembrar que um dia você existiu, ou fazê-la esquecer que você representou algo.
Em tese, somos capazes de nos apaixonar por tantas pessoas quantas sejamos capazes de lembrar, o limite é este, não um ou dois, ou três, ou quatro, ou cinco, ou dezessete, todos esses números são arbitrários, tirânicos e opressores.
Será que você vai lembrar onde é que você vai guardar o rascunho dessa história? Ou vai fazer fogueira pra queimar e ver que não dá pra fechar a biblioteca da memória?
Depois de um tempo, você ainda vai lembrar dessa ferida que rasgou fundo o teu peito. Mas vai saber também, que foi apenas uma página do capítulo passado. E que o capítulo que você está agora. Ah, esse sim é o mais interessante.