Lembranças de Amor
"" Os braços cruzados, além de mim
foram as lembranças do que fui
a sincera descoberta da solidão
não havia meio dela não acontecer
mas levitou, como pluma que o vento carrega
as mãos nunca acenam o adeus
cruzam os dedos esperando tua volta
além do fim que há em tudo
espero renascer...
Não se leva em conta, mas a falta e as lembranças vão doer bem mais que suportar os defeitos e a chatice de daquelas pessoas que amamos.
"Eu guardo muitas lembranças boas, mas há sem-
pre as memórias ruins que ficam. Como tudo na vida:
sempre há dias de sol, dias de tempestades. "
( Maria Antonieta da serra do Ramalho)
Pequenos gestos, algumas lembranças, uma música, coisas que fazem tanta falta.
A gente sempre tem tempo pro amigo, pro grupo, pra discussão, mas pra renovar os votos, falar da importância, demonstrar a importância, nunca se tem tempo, nem criatividade, nem o mesmo ânimo pra se escrever que se tem pra humilhar, pra discutir, pra brigar, achamos que já fazemos demais, que já demonstramos demais e aí vem o mundo e nos mostra que o tempo somos nós quem fazemos e que o que deixamos de fazer outro sempre estará disposto.
É difícil constatar isso, mas é isso que a vida se torna quando não ligamos pra quem está ao nosso lado.
Que bom que nem todo mundo é assim, e para os que são só lamento, estão desperdiçando o bem mais valioso que alguém pode te dar, o seu tempo.
A Mulher sábia costuma colecionar lembranças boas porque aprendeu a viver o presente com Deus...
_____O Passado é o Futuro Vivido_____
❤️
(Sim, temos uma união íntima e vital com Deus, minha Branca...)
As lembranças no papel
podem sofrer contratempo,
amarelam ou se rasgam,
caem no esquecimento,
mas no peito essas memórias
não se apagam da história,
se eternizam pelo tempo.
TURRA
Que desmedidas saudades se formaram
Sob os olhos da lembrança. Imensa hora!
Em que o silêncio surgiu! Funesta aurora!
Que amargas lágrimas na face escoaram
Falta, que o peito rasgado, amortalharam
Que aflitivos suspiram, e a saída implora
Chora, e das tétricas angustias brotaram
Pra abraçar a sofreguidão que vive agora
Depois uma sensação em treva chorando
E o passado em sombras, que não partiu
Morre, nasce, seca, flora. Flagelo infando!
Até quando o sentir no que já separou
És emoção que o flagelo empederniu
Ou turra viva do amor que não acabou?
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/11/2020, 15’15” – Triângulo Mineiro
CHORAR BAIXINHO...
Morreu. Vestiu-se de negro o sentimento
entre as lembranças as muitas, as penosas
dando um aperto do que foi um dia alento
hoje só tristuras nas recordações dolorosas
Má sorte! Como dói o afeto que foi ao vento
ao relento, o olhar afligi agonias silenciosas
ó ilusão, então, me tira deste tal sofrimento
balsama minh’alma com perfumes de rosas
Aliviando, assim, essa fúnebre infelicidade
pense na sensação de ferir-se com espinho
desolado pelos pensamentos de saudade...
Se este amor está morto, sem um carinho
um abraço, o laço, e não mais restou nada
então, deixe meu coração chorar baixinho! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15/03/2021, 14’07” – Araguari, MG
Tua lembrança
Tua lembrança, um sonho deletado
Um e.mail na lixeira do computador
São literárias de um ignoto passado
Apenas memórias dum antigo amor
Tua lembrança, gemidos e soluços
O meu poetar rociado de lágrimas
Lavados dos meus vários embuços
Liras de murmúrios e de lástimas
Cá do cerrado te digo: vai, prossiga
Que mesmo sem teu querido olhar
Teu nome não mais escreve cantiga
E meu versar não mais vai te cantar
Cá do cerrado te digo: vai, e esqueça
Não mais te soletro nas noites de luar
E mesmo que o meu pranto aconteça
É a lembrança na saudade de te amar
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Abril, 2016 - Cerrado goiano
MINHAS SAUDADES
As minhas saudades! A todas elas fio
Na poesia, arrendadas da lembrança
Entre os dedos coando o sofrer vadio
Do falto, eis que me vou nesta dança:
- Não queria ver-me, assim, neste estio
De poética rimando o pesar em aliança
Hora por hora, em um sentimento frio
Sem quem me adore, sem esperança...
Pranto e choro! Ó solidão, triste prece
Um poetar no morto papel de fatuidade
Num aperto, que tudo inda estremece!
Ó inspiração, tu que sopras estas dores
nos poemas onde só queria suavidade?
Assim, só trama saudade dos idos amores!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Maio, 12, 2021, 20’46” – Araguari, MG
ESQUECER-TE NÃO PUDE
Ah, esquecer-te não pude, é que quem diria?
teimosas lembranças evocam a finda paixão
as angústias de uma noite, lágrimas na poesia
relembram na prosa infinda suspirosa sensação
Teu amor! em um tempo a que eu amaria
fez pulsar de amor o meu confiante coração
depois, vieram gestos que eu não conhecia:
- o silêncio, a distância, em um feito vilão...
Dói, mas vivem em um presente passado
pulsando desejos que quer ser apagado
insistindo no dia que me deu aquela flor
Ontem, chorei, sim, e me foi tão cruciante
cada saudade me fazia dum eterno amante
marcante... não pude esquecer desse amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG - 28/07/2021, 18’19” -
A MINHA SAUDADE
A minha saudade tem lembrança tua
Que já não tem a poética como antes
Tem a tristura no peito que não recua
E silêncios tão ruidosos e constantes
Não sei pra onde ir, nem aonde vou
Só sei que dói, corrói o meu coração
Minha emoção, tua sedução roubou
Carregou e me deixou na vã solidão
A minha saudade tem muita saudade
Tem insônia, loucura, é sentimental
A minha saudade ao sossego invade
Saudade, meu aperto, por ser amador
Em um tempo muito, duro e integral
É saudade minha, por ti, ó meu amor!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27/09/2021, 04’55’ – Araguari, MG
NADA
Se penso em fazer voltar-te a rosa dada
Converto em dor os versos de lembrança
Sinto em mim uma sensação angustiada
Percebendo que já não mais é a aliança
Tua citação é mais nada, d’alma retirada
E, no meu cantar não mais a esperança
A outrora melodia, no meu peito, calada
Por ser mais nada, então, nada avança
Como eu posso devolver-te o mais nada
Se nada mais, tenho, nem nada a te dar
O meu versejar me serve como espada
Um escudo, a deter a lágrima a derramar
Pois, um dia se choradas, hoje enxugada
Rasurando os datados versos por te amar!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05 março, 2024, 15’51” – Araguari, MG
Ronda (soneto)
Esta noite com a lua vou confidenciar
As minhas lembranças mais secretas
Numa vigia nas memórias prediletas
Que na vida me fizeram assim sonhar
Nestes eflúvios aos sons de trombetas
Do crepúsculo do cerrado, quero poetar
Nos braços da emoção, então devanear
Em suspiros, delírios em cores violetas
Sim, serão sensações na alma a enlear
De um amar nos jardins das borboletas
Das ilusões, assim, ter vontade de voltar
E aí, então, neste cenário de profetas
Quero nesta ronda poder eternizar
O soneto: em linhas, curvas e retas
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano
Esta noite com a lua vou confidenciar
As minhas lembranças mais secretas
Numa vigia nas memórias prediletas
Que na vida me fizeram assim sonhar
Luciano Spagnol
Cerrado goiano